Observador revela cenário de 'derrota dos EUA' em conflito com seus principais adversários
© AP Photo / Michael Probst
Os EUA podem sofrer uma derrota em eventuais confrontos com a Rússia, o Irã e a China se estes conflitos ocorrerem quase simultaneamente, escreve Hal Brands em artigo de opinião na Bloomberg.
"Imagine um cenário em que em um ano, dois ou três o mundo seja abalado por guerras da Europa ao Pacífico. A ideia não é tão absurda quanto você pensa. Nunca antes os EUA enfrentaram tal perspectiva de um confronto militar a curto prazo em vários teatros de operações separados", observa o autor.
Segundo afirma Brands, o governo dos EUA, sobrecarregado com problemas dessa magnitude, não será capaz de responder a um problema sem considerar seu impacto na capacidade de Washington de abordar os outros.
O confronto na Ucrânia se transformou no maior conflito da Europa em gerações, provocando uma guerra por procuração. Na Ásia Oriental, as possibilidades de também haver uma guerra estão aumentando. As tensões entre Pequim e EUA se agravaram após a viagem a Taiwan da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, em agosto passado. No Oriente Médio, a situação com o Irã também está complicada.
"Junte essas crises e você terá os ingredientes de uma conflagração eurasiana", explica o autor.
Anteriormente, David T. Pyne, ex-oficial do Departamento de Defesa dos EUA, disse que a nova Estratégia de Segurança Nacional (NSS, na sigla em inglês) da Casa Branca considera a Rússia e China as principais "ameaças" ao país, ao mesmo tempo em que afirma que não busca um conflito armado.
Segundo Pyne, Washington teve oportunidade de ajudar a construir a segurança europeia e retomar uma relação previsível e estável com a Rússia, observou o especialista, referindo-se aos projetos de acordos de segurança entregues pela Rússia aos EUA e à OTAN em dezembro de 2021.
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