Xi adverte Biden para 'não brincar com fogo' sobre Taiwan
(ANSA) - Os presidentes da China, Xi Jinping, e dos Estados Unidos, Joe Biden, tiveram uma "comunicação e trocas aprofundadas sobre as relações sino-americanas e sobre questões de interesse recíproco" durante a conversa por vídeo nesta quinta-feira (28) e o chinês advertiu Washington "a não brincar com fogo", informou a emissora estatal chinesa "CCTV".
A quinta conversa formal entre os líderes durou duas horas e 17 minutos e os dois debateram temas que estão provocando bastante tensão entre os países.
Entre os temas abordados, estão assuntos referentes a Taiwan, território chinês que tem uma intensa relação com os norte-americanos em questões militares, e a questão da guerra de impostos dos produtos de ambas as nações.
Sobre Taiwan, inclusive, a conversa também ocorre em um momento em que a presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, pretende fazer uma viagem ao território - o que irritou profundamente Pequim.
A questão sobre Taiwan "foi clara" dado que "ambos os lados do estreito de Taiwan pertencem a uma única China", informou ainda a "CCTV". Por isso, Xi expressou "uma firme oposição ao separatismo da ilha e à interferência de forças externas".
"Nunca deixaremos espaço para os grupos independentistas. A posição do governo e do povo é coerente e é firme sobre a vontade de 1,4 bilhão de chineses de proteger a soberania nacional e a integridade territorial. [...] Quem brinca com fogo, se incendeia", acrescentou ainda a estatal chinesa.
Xi ainda lembrou que as relações sino-americanas se baseiam em comunicados históricos conjuntos: "que são os compromissos políticos de ambas as partes [...], e sobre o princípio da 'única China', segundo o qual há uma China apenas com Taiwan, o que é uma parte inalienável".
A matéria da "CCTV" não mencionou a visita de Pelosi, mas ressaltou que o presidente norte-americano teria afirmado que o respeito "à política da 'Única China' não mudou e não mudará" e que os EUA "não apoiam a independência de Taiwan".
A Casa Branca ainda não se manifestou oficialmente sobre a conversa. (ANSA).
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