Gazeta do Povo

 

A verdade sobre os gastos da Lava Jato

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Olá, tudo bem? Enquanto o país vai sendo sugado pela campanha eleitoral, a destruição da Operação Lava Jato segue firme.  Depois das duas primeiras fases desse processo – a reversão dos resultados da operação, que inclusive está permitindo a Lula concorrer ao Planalto, e a aprovação de leis que dificultem operações futuras de combate à corrupção –, os inimigos da Lava Jato passaram à fase final, aquela em que os responsáveis por investigar e julgar corruptos passam a ser os perseguidos da vez.  Um dos alvos preferenciais tem sido o ex-procurador Deltan Dallagnol, de quem o Tribunal de Contas da União resolveu pedir R$ 2,8 milhões como ressarcimento por passagens e diárias supostamente irregulares de membros da força-tarefa.

Você certamente não viu nenhum outro veículo de imprensa tão atento a esse episódio quanto a Gazeta do Povo. Não apenas temos mantido nosso leitor informado sobre cada passo desse absurdo, como também temos nos posicionado de maneira firme contra esse desmando por meio de nossos editoriais.  Explicamos a nossos leitores por que a cobrança é completamente descabida, por que aqueles que estão julgando Dallagnol no TCU não têm a menor qualificação moral para fazê-lo, e mostramos que o relator do caso está atropelando o devido processo legal e até mesmo os pareceres da área técnica do próprio TCU. Tudo isso com o aval de um tribunal superior, o STJ. Em 2 de junho, afirmamos:

“Os enormes resultados da Lava Jato, inclusive os financeiros, em termos de dinheiro devolvido aos cofres públicos, não justificam gastos exorbitantes; o poder público pode e deve zelar pelo bom uso do dinheiro do contribuinte. Mas é preciso deixar bem claro que, no combate ao crime, os órgãos dele encarregados precisam fazer as escolhas mais eficientes, ainda que não necessariamente sejam as mais baratas. O modelo de força-tarefa escolhido pela PGR para a Lava Jato se mostrou acertadíssimo.”

Voltamos ao tema em 29 de junho:

“Esta fase da desconstrução da Lava Jato – aquela em que é preciso desmoralizar os agentes públicos que a conduziram, investigando e condenando os corruptos – tem sido marcada pelo completo vale-tudo, desde o uso de evidência ilegal contra procuradores e juízes até a imputação de irregularidades inexistentes a quem nem sequer poderia ter sido responsável por elas, caso tivessem sido reais.”

E, por fim, comentamos em 20 de julho o novo e completíssimo parecer da área técnica do TCU segundo o qual não houve nem desperdício, nem irregularidade nos pagamentos:

“Se ainda restar um fiapo de decência a todos os que promoveram ou deram seu aval à perseguição a Dallagnol e seus ex-colegas de MPF, a lata do lixo é o destino óbvio deste processo.”