terça-feira, 19 de julho de 2022

 

PT anuncia o ‘Time do Lula’ para enfrentar apoiadores de Bolsonaro nas redes sociais

Charge do Kleber Sales (Estadão)

Mariana Carneiro, Julia Lindner e Gustavo Côrtes
Coluna do Estadão

A campanha de Lula reuniu mais de 150 pessoas quinta-feira, em Brasília, para alinhar a estratégia de comunicação com partidos aliados, como PSB, PCdoB, PV e Solidariedade. Para enfrentar Jair Bolsonaro nas redes sociais, ambiente onde o presidente tem vantagem, os petistas vão criar o que batizaram de “Time do Lula”.

A ideia é que as campanhas de todos os candidatos do PT e dos partidos aliados trabalhem de maneira coordenada para ajudar no espraiamento da propaganda petista, compartilhando conteúdos de forma simultânea e massificando a mensagem de Lula.

GUERRA É GUERRA – O esforço visa a fazer frente ao exército bolsonarista que já atua com desenvoltura na redes e faz com que o presidente dite o que é discutido na internet.

Os petistas recomendaram ainda que os candidatos impulsionem publicações nas redes. O marqueteiro Sidônio Palmeira pediu agilidade nas postagens e citou que, apesar da vantagem obtida com o post de Anitta em apoio a Lula, a campanha de Bolsonaro foi mais ágil em reproduzir críticas à cantora.

A marca “Time do Lula” foi apresentada em diferentes cores: vermelha, símbolo do PT, mas também azul, verde e amarela.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Esse negócio de mudar a cor das marcas do partido costuma dar uma tremenda urucubaca, como se dizia antigamente. (C.N.)

Mesmo sem dúvidas sobre urnas, embaixadores vão a encontro de Bolsonaro, bem constrangidos

Tossindo, Bolsonaro faz live nas redes sociais gripado: "Complicado"

Gripado e com febre, Jair Bolsonaro confirmou essa reunião

Felipe Frazão
Estadão

Embaixadores estrangeiros convidados pelo presidente Jair Bolsonaro para uma apresentação sobre supostas fraudes em eleições brasileiras, nunca comprovadas, relatam constrangimento em faltar ao encontro nesta segunda-feira, 18, no Palácio da Alvorada.

A convocação foi enviada a cerca de 50 embaixadores, segundo o próprio presidente, mas os critérios de escolha não foram divulgados por Bolsonaro, tampouco pela Presidência da República. No encontro preparatório, Bolsonaro atacou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Supremo Tribunal Federal (STF) e urnas eletrônicas sem provas

NUMA SAIA-JUSTA – Dois chefes de missões diplomáticas europeias, que não relatam dúvida sobre a confiabilidade do sistema eleitoral do Brasil e defendem publicamente respeito às instituições democráticas, disseram que se veem numa saia-justa com o convite de Bolsonaro.

Isso porque, em maio, atenderam a uma convocação similar do ministro Edson Fachin, presidente do TSE, para falar sobre a segurança e a transparência do sistema de urnas eletrônicas. Fachin reuniu na ocasião 68 embaixadores.

Seria no entendimento de alguns diplomatas uma descortesia se ausentar propositadamente da reunião de Bolsonaro, que lhes será útil para entender e poder relatar ao exterior alguns dos argumentos do presidente e seus planos, apresentados em slides de power-point.

FALTOU CONVITE – Por isso, mesmo países que adotaram discrição sobre o tema resolveram comparecer, como Estados Unidos, França, Portugal e Bélgica. Algumas embaixadas cujo embaixador não está em Brasília vão enviar o número dois, como é o caso da União Europeia. Itália e Índia também confirmaram presença.

Dos membros do conselho de Segurança das Nações Unidas, só a China não se manifestou, por não ter sido convidada, segundo fontes diplomáticas. O Reino Unido também não enviará representante, por falta de convite.

O mesmo ocorreu com representantes de países sul-americanos governados pela esquerda, como Chile e Argentina, que disseram não ter recebido convite. Já Colômbia e Equador, cujos atuais presidentes são alinhados a Bolsonaro, pretendem comparecer.

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nota da redação do blog
 – Não dá para entender os critérios do Planalto. Por que não convidar o embaixador da China, nosso grande parceiro comercial. E o Reino Unido, qual será a justificativa? É lamentável esse tipo de diplomacia, se é que pode ser chamado assim. (C.N.)

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