Jornalista do Al Jazeera morre durante cobertura de confronto na Cisjordânia
Segudo o jornal, Shireen Abu Akleh foi baleada por forças de Israel na cidade de Jenin
A jornalista Shireen Abu Akleh, do Al Jazeera, morreu nesta quarta-feira (11) após ser baleada em confronto na Cisjordânia. A informação foi divulgada pelo Ministério de Saúde da Palestina e confirmada pelo jornal.
Segundo outros jornalistas do Al Jazeera, Shireen foi atingida na cabeça por forças de Israel, que atacavam Jenin, a terceira maior cidade da Cisjordânia. A repórter foi levada ao hospital em condição crítica e não sobreviveu aos ferimentos.
“Shireen Abu Akleh estava cobrindo os eventos em Jenin, especificamente uma invasão de Israel na cidade, no norte da Cisjordânia, quando foi atingida por uma bala na cabeça”, disse o jornalista do Al Jazeera Nida Ibrahim. “Como podem imaginar, esse é um choque para os jornalistas que trabalhavam com ela”.
Emocionado, Ibrahim disse que Shireen era uma “jornalista muito respeitada”, que trabalhava no jornal desde a Segunda Intifada palestina, em 2000.
Um outro jornalista, Ali Samoudi, que trabalha para o jornal palestino Quds, também foi baleado, mas encontra-se em condição estável, informou o Ministério de Saúde da Palestina.
“Nas últimas horas, IDF (Forças de Defesa de Israel) e forças de segurança israelenses conduziram uma atividade contra-terrorrista para deter suspeitos terroristas no Campo de Refugiados de Jenin”, informaram as Forças de Defesa de Israel nas redes sociais.
“Durante a atividade, dezenas de atiradores palestinos atiraram e lançaram artefatos explosivos contra os soldados, que responderam com tiros na direção dos atiradores. IDF está investigando o evento e a possibilidade de jornalistas terem sido atingidos pelos atiradores palestinos”, escreveram as Forças israelenses.
O chefe do escritório do AL Jazeera em Ramallah, Walid al-Omary, afirmou que não houve disparos por palestinos.
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