terça-feira, 19 de abril de 2022

 

“Um rouba mas faz, o outro rouba sem fazer”, diz novo filme da campanha de Ciro Gomes

Bahia.ba | Em novo jingle, Ciro ataca: 'um rouba mas faz. E o outro, esse  rouba sem fazer'

Novo jingle da campanha de Ciro é um pagode da pesada

Gérson Camarotti
G1 Brasília

 O ex-governador do Ceará Ciro Gomes, pré-candidato do PDT à Presidência da República, iniciará nesta semana a terceira etapa da estratégia de comunicação na internet. Ciro lançará um clipe para se colocar como alternativa à polarização entre o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL).

A coordenação da campanha de Ciro aposta que, se o pré-candidato conseguir se consolidar no terceiro lugar nas intenções de voto, com mais dois dígitos, poderá atrair a atenção do eleitorado insatisfeito com o cenário atual.

PAGODE DO CIRO – O slogan “Tá na hora de você olhar pro Ciro” foi criado pela equipe do marqueteiro João Santana, contratada pelo PDT.

Na música do novo vídeo, gravado em ritmo de pagode, a letra faz duras críticas a Lula e a Bolsonaro. ““Tá cansado dos mesmos de sempre, de seguir no mesmo giro? Saber que um rouba mas faz. E o outro, esse rouba sem fazer. Isso você não vai querer. No pé dar um tremendo tiro”, diz o samba-jingle.

Nos primeiros vídeos lançados por Ciro, havia um tom de ataque a Lula e a Bolsonaro. Nesta nova fase, a estratégia é tentar chamar a atenção do eleitor para o próprio Ciro Gomes e suas propostas. E Ciro aparece visitando comunidades mais carentes.

BASE EM PESQUISAS – Segundo um integrante da campanha, a ação “Tá na hora de você olhar pro Ciro” foi criada com base em pesquisas qualitativas de demonstram que há uma crescente dúvida, em amplos setores do eleitorado, agora que as eleições estão ficando mais próximas.

Segundo a pesquisa Datafolha divulgada em 24 de março, quando o ex-juiz Sergio Moro ainda estava filiado ao Podemos e se apresentava como pré-candidato à Presidência, Lula aparecia em primeiro lugar com 43% das intenções de voto; Bolsonaro aparecia em segundo, com 26%; Moro em terceiro, com 8%; e Ciro em quarto lugar, com 6%.     

Famílias dos torturados e mortos podem pedir revisão dos processos arquivados no STM

Charge questionando o tema Direitos Humanos - Frank 14/01/10

Charge do Frank (Arquivo Google)

Jorge Béja

Uma das consequências das gravações, agora reveladas e tornadas públicas – e que ninguém ainda se deu conta – é a possibilidade da abertura, no Superior Tribunal Militar, de processos de revisão dos julgamentos que as gravações trataram.

Mesmo passados 50, 60…anos, ou seja, “a qualquer tempo” como diz a lei, a revisão criminal é admitida, pelo Código de Processo Penal (artigo 621 em diante) e pelo Código de Processo Penal Militar (artigo 550 em diante).

NA FORMA DA LEI – Diz o artigo 554 do CPPM: “A revisão será processada e julgada pelo Superior Tribunal Militar nos processos julgados na Justiça Militar”.

E quem pode pedir a revisão é o próprio réu e no caso de sua morte, pelo cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. No caso da tortura que as gravações revelaram agora, em 2021, certamente haverá descendente para propor a revisional.

Outra consequência é renascimento do direito de pedir indenização à União. Renascimento porque a prescrição estava consumada enquanto se desconheciam as gravações.

PRAZO É ESTENDIDO – E desde que os áudios se tornaram públicos neste final de semana, daí em diante o prazo prescricional recomeça a ser recontado, agora em razão dessas gravações de sessões de julgamento no Superior Tribunal Militar.

Serão ações procedentes. E as condenações pecuniárias serão de grande expressão financeira, face à gravidade dos fatos e de tantos anos de silêncio e encobertamento.

Meta da campanha de Bolsonaro é reduzir índice de rejeição abaixo de 40% até julho

Folha de S.Paulo on Twitter: "Esta é a charge de @Benett_ publicada em  todas as plataformas da Folha. Quer ver mais charges no jornal? |📱Assine a  Folha, um jornal a serviço da

Charge do Benett (Folha)

Deu na Folha
Coluna Painel

O QG da campanha do presidente Jair Bolsonaro à reeleição estabeleceu como meta reduzir sua rejeição a menos de 40% até julho. Com isso, pretende diminuir a distância entre ele e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva até outubro e, se possível, ultrapassar o petista nas eleições. Segundo o último Datafolha, em março, 55% dos brasileiros não votarão no presidente de jeito nenhum, e 37% não votarão em Lula.

Sabendo da dificuldade da tarefa, o plano é usar todas as armas disponíveis. As inserções partidárias nacionais de rádio e televisão se dedicarão inteiramente a mostrar o presidente e as ações de seu governo.

ELEITORADO FEMININO – Parte das inserções estaduais cumprirá o mesmo fim e mesmo aquelas reservadas a estimular a participação feminina na política aproveitarão para reduzir sua rejeição em um eleitorado que é um calo da campanha: as mulheres.

A agenda do chefe do Executivo será fechada cuidadosamente e priorizará eventos capazes de reunir número grande de pessoas. Na última sexta-feira (15), por exemplo, ele participou de uma motociata em São Paulo.

Outra frente dessa estratégia é resgatar vídeos e falas de novos aliados de Lula e tentar criar uma imagem de incoerência e hipocrisia da ampla frente democrática que o petista pretende construir.

RECORDAR É VIVER – Pesquisas qualitativas às quais bolsonaristas tiveram acesso mostram que o eleitor tende a repensar o voto no PT quando confrontando com informações relacionadas aos escândalos de corrupção ligados ao partido.

Na quinta-feira (14), o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), publicou em sua rede social um vídeo com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB-SP) diz que Lula quebrou o país e o associa ao caos e à corrupção.

Neste caso, a escolha de Alckmin ainda tem o objetivo de reter o eleitorado conservador com Bolsonaro e evitar que acompanhem o ex-governador de São Paulo na chapa com o PT.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Nada como cair na real, pelo menos de vez em quando. Ao contrário do que se apregoa, tanto Bolsonaro quanto Lula terão de se virar para vencer esta eleição. Rejeição alta é a maior ameaça. Quanto ao índice de Lula, dizem (?) que seria menor do que a rejeição de Bolsonaro, mas pode aumentar a qualquer momento, devido ao grande número de idiotices que o petista tem afirmado em discursos e entrevistas. Lula é molusco, mas se comporta como peixe e pode acabar morrendo pela boca. (C.N.),

Advogados das empreiteiras corruptas vão processar Moro por prejudicar as empresas

Charges: Vai construir ou reformar, contrate uma empreiteira!!!

Charge do Genildo (Arquivo Google)

Lucas Marchesini
Metrópoles

O grupo de advogados Prerrogativas, que é crítico à Lava Jato e organizou o jantar no qual Alckmin e Lula fizeram a primeira aparição pública juntos depois de selarem a aliança, prepara uma nova ação para atingir o bolso de Sergio Moro.

Segundo o advogado Fabiano Silva, que integra o grupo, o Prerrogativas entrará com uma ação popular contra o ex-juiz pedindo que ele responda pelos “prejuízos que causou por conta de sua atuação parcial e suspeita”.

PERDA DE EMPREGOS – O pedido vai se basear no estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que calculou em 4,4 milhões a perda de empregos causada pela Lava Jato. O Dieese também estimou em R$ 47,7 bilhões o impacto que a operação teve na arrecadação de impostos.

O estudo ressalva que defende o combate à corrupção, porque “desvios de recursos públicos significam menor capacidade de atuação do Estado”. Na visão do instituto, porém, esse combate “deve preservar a estrutura produtiva e punir os culpados”.

Para resolver essa equação, prossegue, “são necessários mecanismos eficientes de combate à corrupção, com a preservação dos empregos, como ocorre em outros países”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – É impressionante a desfaçatez dessa gente, que busca as mais ardilosas maneiras de inviabilizar o combate à corrupção. E ainda se dizem “advogados”, mas s
ão element0s que só pensam em dinheiro e demonstram não ter o menor pingo de caráter. Agora, só falta alegarem que a corrupção é benéfica e distribui renda, porque os corruptos enriquecem e passam a consumir muito mais, compram mansões e veículos de luxo, contratam empregados e seguranças, e tudo isso faz o dinheiro circular, desenvolvendo a economia como um todo. Este exemplo, é claro, cabe para traficantes e criminosos de toda sorte. (C.N.)

Mourão debocha da confirmação sobre as torturas: “Vai trazer os caras do túmulo?”

Mourão ri da possibilidade de investigar militares por tortura na ditadura:  'Vai trazer os caras do túmulo de volta?' | Política | G1

Mourão ri da possibilidade de punir militares por tortura

Daniel Gullino
O Globo

O vice-presidente Hamilton Mourão ironizou nesta segunda-feira a possibilidade de uma investigação sobre os áudios de sessões do Superior Tribunal Militar (STM) em que ministros da Corte admitem a prática de tortura. Mourão disse que “os caras já morreram tudo” e questionou se iriam “trazer os caras do túmulo de volta”.

— Apurar o que? Os caras já morreram tudo, pô. Vai trazer os caras do túmulo de volta? — disse Mourão, rindo, ao chegar no Palácio do Planalto.

CASOS DE TORTURAS – Parte das gravações foi divulgada pela colunista Miriam Leitão, que teve acesso ao material que vem sendo estudado pelo historiador da UFRJ Carlos Fico. Nas sessões, abertas e secretas, os ministros militares e civis tecem comentários sobre casos de tortura que ocorreram durante a ditadura. O historiador teve acesso aos áudios de sessões do STM entre 1975 e 1985.

Mourão, que é general da reserva do Exército, afirmou que esse assunto é “passado”.

— Isso já passou. É a mesma coisa que a gente voltar para a ditadura do Getúlio. São assuntos já escritos em livros, debatidos. É passado, faz parte da História do país.

O vice-presidente já defendeu em diversas oportunidades o golpe militar de 1964 e a ditadura militar que durou os 21 anos seguintes.

DOIS LADOS – Nesta segunda, ele afirmou que a História “tem dois lados” e que nesse caso houve uma “luta” contra o governo por parte de “organizações que queriam implantar a ditadura do proletariado”, e disse que “houve excesso de parte a parte”.

— É lógico, você tem que conhecer a História. A História, ela sempre tem dois lados ao ser contada. Então vamos lembrar: aqui houve uma luta, dentro do país, contra o Estado brasileiro, por organizações que queriam implantar a ditadura do proletariado aqui. Era um regime que na época atraía, vamos dizer assim, uma quantidade grande da juventude brasileira e também parcela aí da sociedade, mas que perderam essa luta. Ah, houve excessos? Houve excesso de parte a parte.

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MOURÃO É COERENTE COM A DEFESA QUE FAZ DO USTRA
Míriam Leitão

O vice-presidente Hamilton Mourão reagiu com ironia à cobrança de posição sobre os áudios do Superior Tribunal Militar. “Vai trazer os caras do túmulo de volta?”, disse, rindo aos jornalistas.

Mostra mais uma vez o motivo desses áudios serem tão importantes. As autoridades desse governo ou negam ou debocham de coisa séria, que é a reconstituição de um período doloroso da nossa história.

UM HERÓI – O general Hamilton Mourão já declarou que um dos seus heróis é o coronel Brilhante Ustra, que era chefe do DOI-CODI quando morreram mais de 40 pessoas sob tortura. O presidente Bolsonaro também fez a mesma declaração.

O que o historiador Carlos Fico está fazendo, com sua equipe, é trazer as vozes de volta e elas têm muitas revelações a fazer, para jogar luz sobre um tempo cuja investigação foi em muitos casos impedida pelos próprios militares. E que até hoje pessoas como Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão defendem.

É importante contextualizar os áudios. Estávamos nos anos de chumbo, com o AI-5. Não havia direito nem garantia individual.  As pessoas, em sua maioria jovens, eram levadas para o Dops ou para o quartel das Forças Armadas. E lá eram submetidos a interrogatórios sem ter direito a advogados. Depois disso, começava o processo na auditoria militar.

NOS ÁUDIOS – Na audioria militar, havia um único momento em que o réu poderia falar. E, apesar do clima de intimidação, milhares de pessoas denunciaram tortura aos próprios tribunais militares. E isso foi registrado nos áudios.

Quando chegam no STM, já é na fase de recurso.  As pessoas que foram e disseram o que tinha acontecido nos seus interrogatórios produziram a prova mais robusta de tortura durante a ditadura brasileira.

Nos áudios, ouvimos o caso da Nádia Nascimento, que foi torturada de forma tão violenta que perdeu seu filho. Foram inúmeros casos de aborto de presas grávidas. Isso é importante de ser contado para que fique registrado na história e não aconteça mais. Nos áudios, podemos ouvir a discussão entre os ministros. Uns querem provas. Alguns, mesmo defendendo a ditadura, dizem que aquilo não pode mais acontecer.

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