Pacheco passa de rival a ‘voto de minerva’ na indicação de Jorge Messias para o STF
Terceiro indicado de Lula (PT) ao Supremo Tribunal Federal (STF) no atual mandato, Jorge Messias terá vida difícil já na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A oposição diz já contar na comissão com 13 votos contra o chefe da AGU, enquanto o governo alega ter outros 13, incluindo o lulista Otto Alencar (PSD-BA), que preside a comissão. O 27º membro, “voto de minerva”, é Rodrigo Pacheco (PSD-MG), preterido por Lula para assumir a vaga no STF.
Votos certos
Sergio Moro (União-PR) e Eduardo Girão (Novo-CE) são considerados votos certos contra a indicação de Messias para o STF.
É o mínimo
Estão na conta da oposição cinco do PL; Bittar (AC), Portinho (RJ), Magno Malta (ES), Marcos Rogério (RO) e Rogério Marinho (RN).
Resto da conta
Também deve votar contra Ciro (PI) e Espiridião (SC) do PP, Mecias (RR) e Rick (AC) do Republicanos, Vanderlan (GO) e Oriovisto (PR) do PSDB.
Outro lado
A favor do governo são três senadores do PT, quatro do MDB, três do PSD, um do PDT (o relator), um do PSB e uma do Podemos.

Sabatina de Messias liga o alerta no Planalto
A escolha de Weverton Rocha (PDT-MA) como relator da indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal (STF) não animou governistas, que insistiram até a última hora em um nome mais “confiável”. Fora da esquerda, o governo via mais chances de atrair votos de centro e até da direita para aprovar o advogado-geral de Lula, que sofre resistência no Senado desde que o petista preteriu Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e arrumou briga com Davi Alcolumbre (União-AP).
Juntos contra CPMI
Weverton tem forte ligação a Alcolumbre e, como ele, precisa dos votos governistas na CPMI do INSS para seguir blindado das investigações.
Mensagem cifrada
Desde o “no momento oportuno”, dito por Alcolumbre sobre a data da sabatina, o governo esperava chumbo grosso do presidente do Senado.
Aliado humilhado
Alcolumbre queria definição de Pacheco e o fez ir à luta, em “campanha”, com Lula dando corda. Acabou exposto e sem a cadeira.
Poder sem Pudor

Mão na cumbuca
Em plena crise provocada pelas denúncias de corrupção do Ministério dos Transportes, o senador Blairo Maggi (PR-MT), maior produtor de soja do planeta, dirigiu-se ao caixa logo após almoçar no restaurante do Senado. Muito à vontade, mergulhou a mão direita no baleiro sobre o balcão, enchendo-a de caramelos e balinhas: “Tenho que me abastecer para o resto da tarde...” Não faltou quem comentasse, observando a cena, que bilionários não por acaso ficam bilionários.
Explica aí
O presidente da CPMI do INSS, Carlos Viana (Pode-MG), vota amanhã (27) a convocação de Jorge Messias, acusado de ignorar alerta da AGU que dirige sobre sindicatos, como do irmão de Lula, roubando inativos.
Tudo em casa
Relator da indicação de Jorge Messias, o senador Weverton Rocha (PDT-MA) também relatou a segunda indicação de Lula para o STF, no atual mandato: o ministro Flávio Dino, seu aliado no Maranhão.
Outro tratamento
Alcolumbre já não é mais aquele: quando Jair Bolsonaro indicou André Mendonça ao STF, o atual presidente do Senado, por motivos idênticos (nomeações frustradas de apaniguados) segurou o processo por quase 5 meses. E ainda escolheu relatora uma senadora raivosa de oposição.
Ouvidos moucos
José Medeiros (PL-MT) cobrou do presidente da Câmara a cassação de Glauber Braga (Psol-RJ), que expulsou cidadão da Câmara a pontapés. O Conselho de Ética já o condenou. Hugo Motta nem respondeu.
Frase do dia:“Não é mais possível resolver os problemas dos Correios”
Heglehyschynton Valério, ex-presidente interino da estatal, prevendo seu fechamento
Como é
As salas onde os generais Paulo Sérgio Nogueira e Augusto Heleno vão cumprir pena são semelhantes à de Jair Bolsonaro, têm 12m², TV, mesa, frigobar, ar-condicionado, cama de solteiro, guarda-roupa e armários.
Dor de cotovelo
A mágoa de Davi Alcolumbre (União-AP) contra Jaques Wagner (PT-BA) pouco tem a ver com o senador. Na verdade, o ressentimento é com Lula, que ignorou solenemente sua pressão por Rodrigo Pacheco.
Compromisso
Presidente da União Progressista, Ciro Nogueira (PI), diz que o primeiro critério para a federação apoiar candidato a presidente é o compromisso com indulto e perdão a Bolsonaro e demais presos políticos.
Petista não confirma
Três governadores são esperados para falar à Comissão do projeto da Segurança Pública: Cláudio Castro (Rio de Janeiro) e Clésio Luís (Amapá) já confirmaram. Ainda falta o baiano Jerônimo Rodrigues (PT).
Pergunta na escola
Se não tem lei que proíba, há crime? Em plena crise provocada pelas denúncias de corrupção do Ministério dos Transportes, o senador Blairo Maggi (PR-MT), maior produtor de soja do planeta, dirigiu-se ao caixa logo após almoçar no restaurante do Senado. Muito à vontade, mergulhou a mão direita no baleiro sobre o balcão, enchendo-a de caramelos e balinhas: “Tenho que me abastecer para o resto da tarde...” Não faltou quem comentasse, observando a cena, que bilionários não por acaso ficam bilionários.

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