Japão pagará "preço doloroso" se agir sobre Taiwan, diz Exército da China
Declaração ocorre em resposta ao plano japonês de instalar mísseis em ilha perto da
costa taiwanesa
Questionado sobre o destacamento, que já foi criticado pelo Ministério das Relações Exteriores da China, o Ministério da Defesa chinês declarou que a "solução da questão de Taiwan" é um assunto interno da China e não diz respeito ao Japão, que controlou Taiwan de 1895 até o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945.
"O Japão não só deixou de refletir profundamente sobre seus graves crimes de agressão e domínio colonial em Taiwan, como, ao contrário, desafiando a opinião mundial, alimentou a ilusão de uma intervenção militar no Estreito de Taiwan", declarou o porta-voz Jiang Bin em uma coletiva de imprensa regular.
Bin continuou acrescentando que, "o Exército de Libertação Popular possui capacidades poderosas e meios confiáveis para derrotar qualquer inimigo invasor. Se o lado japonês ousar cruzar a linha, mesmo que minimamente, e atrair problemas para si, inevitavelmente pagará um preço doloroso".
O governo democraticamente eleito de Taiwan rejeita as reivindicações territoriais de Pequim, afirmando que somente o povo da ilha pode decidir seu futuro.
O presidente de Taiwan, Lai Ching-te, revelou esta semana planos para gastar US$ 40 bilhões adicionais em defesa nos próximos oito anos, o que a China criticou como um desperdício de dinheiro que só levaria Taipé ao desastre.
Questionado sobre essa crítica, o porta-voz do Conselho de Assuntos Continentais de Taiwan, Liang Wen-chieh, disse nesta quinta-feira (27) que os gastos com defesa da China são muito maiores do que os de Taiwan.
"Se eles dessem importância à paz entre os dois lados do Estreito, esse dinheiro também poderia ser usado para melhorar a economia da China continental e a qualidade de vida da população", afirmou ele.
"Os dois lados do Estreito não estariam mais nessa situação de hostilidade; isso seria bom para todos."
As forças armadas chinesas operam quase diariamente nas águas e no espaço aéreo ao redor de Taiwan, em uma ação que o governo taiwanês considera parte da campanha de assédio e pressão de Pequim contra o país.




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