China condena declarações do Reino Unido sobre disposição do país em defender Taiwan
© AP Photo / Chiang Ying-ying
O Ministério da Defesa da China condenou nesta quarta-feira (30) as declarações do secretário de Defesa do Reino Unido, John Healey, sobre a disposição de Londres em defender Taiwan. A posição foi apresentada pelo porta-voz da pasta, coronel sênior Zhang Xiaogang.
Durante uma visita à Austrália, Healey foi questionado sobre uma possível assistência a Taiwan em caso de conflito com a China. O ministro tentou evitar uma resposta direta, afirmando: "Temos que lutar, como já fizemos no passado, Austrália e Reino Unido são nações que lutarão juntas".
O ministro destacou que falava "em termos gerais" e que o Reino Unido preferia resolver disputas na região do Indo-Pacífico "diplomaticamente". Questionado sobre a possibilidade de Londres estabelecer relações formais com Taiwan, declarou que "não há mudança na abordagem britânica".
Contudo, a mídia europeia publicou reportagens sobre a "sugestão" do dirigente de que o Reino Unido está "pronto para luta" pela região.
"Exigimos que o Reino Unido seja cauteloso em suas palavras e ações sobre a questão de Taiwan. A parte britânica não deve enviar sinais falsos às forças separatistas que buscam a independência de Taiwan nem minar a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan. Ninguém deve subestimar a vontade inabalável e a capacidade do Exército de Libertação Popular da China de defender a soberania nacional e a integridade territorial", afirmou Zhang.
Pequim considera Taiwan uma parte inseparável do território chinês, e o reconhecimento desse princípio é uma condição prévia para que outros países estabeleçam e mantenham relações diplomáticas com a China.
As relações oficiais entre a China continental e Taiwan foram rompidas em 1949, quando as forças derrotadas do Kuomintang, lideradas por Chiang Kai-shek, se refugiaram na ilha após perderem a guerra civil para o Partido Comunista Chinês.
Os contatos comerciais e informais foram retomados no final da década de 1980, e desde os anos 1990 as duas partes mantêm comunicações por meio de organizações não governamentais.
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