PF considera irrelevante o pen drive encontrado no banheiro de Bolsonaro
Aguirre Talento
Estadão
A Polícia Federal (PF) realizou uma análise preliminar no pen drive encontrado no banheiro da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante busca e apreensão na última sexta-feira, 18, e considerou seu conteúdo irrelevante para as investigações.
Ainda não foi produzido um relatório apresentando os detalhes do conteúdo do aparelho, mas essa análise inicial feita pelos investigadores descartou a importância do item para a investigação.
Bolsonaro havia dito, em entrevista após a ação da PF, desconhecer o pen drive e chegou a insinuar que o item poderia ter sido plantado pelos agentes da Polícia Federal. O cumprimento das buscas, entretanto, foi filmado por câmeras corporais dos agentes.
FALTA O CELULAR – Agora a PF deve analisar com mais profundidade o conteúdo do aparelho celular do ex-presidente, que também foi apreendido na ação.
Um dos focos vai ser analisar os diálogos dele com seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), para verificar se houve alguma orientação do ex-presidente em relação às ações nos Estados Unidos para pressionar o governo de Donald Trump a impor sanções ao Brasil por causa do julgamento da ação da tentativa de golpe.
Não há prazo, porém, para que essa análise seja concluída.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Moraes usa a Polícia Federal como se a corporação não tivesse mais a fazer do que servi-lo em plantão de 24 horas, com exclusividade. O ministro deveria cair na real e admitir que está prejudicando demais as relações com os Estados Unidos, desde que passou a perseguir as chamadas big techs aqui e no exterior, vejam a que ponto chega a pretensão desse simulacro de jurista. (C.N.)
As investidas de Trump e a erosão da imagem dos EUA no mundo

Charge do Amarildo (amarildocharge.wordpress.com)
Pedro do Coutto
A política externa do presidente Donald Trump tem consolidado uma prática que vai muito além das fronteiras da diplomacia convencional: a sistemática violação dos princípios da soberania e do direito internacional. Com ações unilaterais, retóricas beligerantes e imposições políticas disfarçadas de sanções, Trump retoma uma lógica imperial que coloca os Estados Unidos na contramão do multilateralismo e da convivência pacífica entre nações.
As recentes investidas contra o Brasil são prova inequívoca disso. Ao interferir em questões internas do país, como decisões do Supremo Tribunal Federal — chegando ao ponto de suspender vistos de ministros da Corte —, o presidente norte-americano ultrapassa os limites da razoabilidade e resvala na intimidação institucional. É uma prática que se afasta da diplomacia e se aproxima da coerção, colocando em risco não apenas as relações bilaterais com o Brasil, mas também a credibilidade dos EUA no cenário internacional.
DEFESA DA LIBERDADE – Historicamente, os Estados Unidos exerceram uma liderança mundial baseada, ao menos no discurso, na defesa da liberdade, da democracia e dos direitos humanos. Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, com a criação da ONU, da OTAN e de outras instituições multilaterais, os americanos se posicionaram como pilares da ordem liberal internacional. A Carta das Nações Unidas, assinada em 1945, é clara ao estabelecer que nenhum Estado pode intervir nos assuntos internos de outro. Esse princípio, essencial para a paz entre nações, vem sendo sistematicamente ignorado por Trump.
No plano diplomático, a insistência de Trump em adotar posturas unilaterais, como as tarifas econômicas impostas ao Brasil e outras economias emergentes, não contribui para resolver conflitos — ao contrário, aprofunda tensões e fomenta o ressentimento. Em nome de uma suposta defesa dos interesses nacionais, Trump agride parceiros comerciais, pune decisões soberanas e tenta remodelar a política externa à imagem e semelhança de sua visão de mundo simplista e belicosa.
A retórica agressiva do presidente norte-americano encontrou ecos preocupantes em setores da política brasileira. Ao pressionar por decisões que atendam seus interesses pessoais ou eleitorais, Trump desrespeita a independência dos Poderes no Brasil e transforma o país em peça de um tabuleiro que não lhe pertence. Decisões judiciais proferidas por um Supremo Tribunal são expressão da autonomia e da legalidade de um Estado democrático. Contestá-las, de fora para dentro, é mais que uma imprudência: é uma afronta direta à soberania nacional.
DECLÍNIO – Segundo análises recentes, a imagem internacional dos Estados Unidos sofreu um declínio acentuado desde a reeleição de Trump. Relatórios revelam que, em diversas partes do mundo, a confiança na liderança americana despencou, sobretudo entre aliados históricos como Alemanha, França, Canadá e Japão. O que antes era visto como liderança inspiradora passou a ser encarado como hegemonia opressiva.
Além disso, a diplomacia coercitiva adotada por Trump intensifica a polarização política global. Ao tratar adversários como inimigos e aliados como vassalos, o presidente norte-americano contribui para o enfraquecimento da cooperação internacional em temas urgentes, como a crise climática, a regulação das novas tecnologias e a recuperação econômica global. Em um mundo cada vez mais interdependente, a lógica de “America First” representa, paradoxalmente, um profundo isolamento.
AMEAÇA – Para o Brasil, ceder a pressões desse tipo é mais do que um erro estratégico — é uma ameaça à autonomia de nossas instituições e ao próprio pacto constitucional que sustenta a República. Nenhum país digno pode tolerar que agentes externos determinem os rumos de suas decisões judiciais ou de sua política interna. A defesa da soberania não é um ato de confronto, mas de dignidade nacional.
As atitudes de Donald Trump não apenas corroem a imagem dos Estados Unidos, mas também acendem um sinal de alerta para todos os países que valorizam a soberania e o equilíbrio entre as nações. O momento exige firmeza, responsabilidade e resistência a qualquer tentativa de subjugação.
O Brasil não pode — e não deve — se curvar diante de quem trata a diplomacia como instrumento de intimidação. A autodeterminação dos povos, consagrada no direito internacional, continua sendo um princípio irrenunciável. E é nele que devemos nos apoiar.
PL quer prorrogar licença e manter o mandato de Eduardo Bolsonaro

Se continuar morando nos EUA, Eduardo será cassado
Jussara Soares
da CNN
O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), quer mudar o regimento interno da Casa para permitir a renovação da licença parlamentar de 120 dias para tratar de assuntos particulares. A proposta busca manter o mandato do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que desde março está nos Estados Unidos.
A licença parlamentar de 120 dias de Eduardo termina neste domingo (20). Com isso, ele começará a tomar faltas não justificadas se não retornar ao Brasil. Caso se ausente por mais de um terço das sessões do plenário da Câmara, o parlamentar poderá perder o mandato.
APÓS O RECESSO – “Vamos trabalhar para o Eduardo manter o mandato após a volta do recesso”, disse Sóstenes à CNN. Nesta semana, o Congresso Nacional está em recesso, e as atividades legislativas serão retomadas no dia 4 de agosto.
O Projeto de Resolução da Câmara dos Deputados, apresentado pelo líder do PL, propõe uma alteração no Regimento Interno da Câmara para permitir a prorrogação, uma única vez por sessão legislativa, da licença não remunerada para tratar de interesse particular. Se aprovado, um deputado poderia ficar até 240 dias afastado do cargo.
Sóstenes justifica a proposta argumentando que no serviço público licença não-remunerada pode ser concedida por até três anos e afirma que a alteração busca equidade para os parlamentares.
OUTRO PROJETO – O deputado Evair de Melo (PP-ES) também apresentou um projeto para mudar o regimento da Câmara na tentativa de beneficiar Eduardo Bolsonaro. A proposta quer permitir que o parlamentar exerça o mandato mesmo estando no exterior. Protocolado em junho, o texto não avançou.
Em março deste ano, Eduardo solicitou afastamento do cargo por 120 dias por “interesses pessoais” e outros dois dias para “tratamento de saúde”.
Na ocasião, ele publicou um vídeo dizendo que permaneceria nos Estados Unidos para articulação política. Alegou ainda que, no país norte-americano, iria “buscar as devidas sanções aos violadores de direitos humanos”.
NO SUPREMO – Em maio, o deputado se tornou alvo de um inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal), a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), por atuar contra o Judiciário brasileiro nos Estados Unidos.
No pedido, o Ministério Público Federal cita coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Segundo o procurador-geral, Paulo Gonet, o parlamentar tem utilizado um “tom intimidatório” para tentar atrapalhar o julgamento técnico da ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela tentativa de golpe de Estado.
GONET ACUSA – “A busca por sanções internacionais a membros do Poder Judiciário visa interferir sobre o andamento regular dos procedimentos de ordem criminal, inclusive ação penal em curso contra o sr. Jair Bolsonaro”, afirma Gonet na petição.
Foi dentro desse inquérito que foram aplicadas medidas cautelares contra Jair Bolsonaro na sexta-feira (18), por decisão do ministro Alexandre de Moraes (STF).
O ex-presidente está monitorado por tornozeleira eletrônica, tem horário restrito para sair de casa e está proibido de usar as redes sociais. Além disso, está impedido de manter contato com o filho Eduardo e com réus por tentativa de golpe de Estado, além de não poder se aproximar de embaixadas nem falar com embaixadores. O descumprimento dessas medidas pode levar o ex-presidente à prisão, de acordo com a decisão de Moraes.
Lula errou feio ao acreditar que China e Rússia apoiariam o Brasil contra Trump
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BRICS deixou Lula falando sozinho contra Trump
Roberto Nascimento
Para fazer a América Grande novamente, Trump precisa apequenar os países concorrentes dos EUA, como a União Europeia, a China, a Rússia, o Brasil e a Índia, não exatamente nesta ordem de importância comercial e estratégica.
Primeiro, tentou a tática de escalar, aumentando as tarifas dos produtos da China em 150 por cento. Pressionado pelos empresários americanos, que iriam perder muito dinheiro e com risco de falência, Trump recuou e ficou no zero a zero com Xi Jinping, o líder chinês.
EFEITO DÓLAR – Trump escalou contra o Brasil, por causa dos BRICS. O mafioso americano não gostou da última reunião no Rio de Janeiro, quando lançaram a ideia da moeda própris para as transações do grupo, fora das amarras do dolar. Foi a gota de água transbordada do copo. Realmente, Lula não foi pragmático nem cauteloso ao citar a possibilidade de uma moeda nas transações comerciais somente entre os membros do BRICS. Ponto.
Outra coisa errada é o Brasil acreditar no apoio incondicional da China e da Rússia. Talvez, isso sirva de lição para Lula. O Embaixador russo, que representou Putin no Rio de Janeiro, se apressou em dizer que foi ideia de Lula a moeda entre os países do BRICs.
Essa discussão da moeda universal, remonta ao passado, quando o Lord John Maynard Keynes propôs o padrão ouro, mas voltou atrás pela pressão americana para manter o dólar como moeda universal nas transações comerciais. Ninguém mais ousou tocar nesse assunto, até Muamar Kadafi, presidente da Líbia e Saddam Hussein, presidente do Iraque, tocarem nesse assunto, propondo a moeda russa nas transações da venda de petróleo de seus países.
GUERRAS E EXECUÇÕES – Resultado: os dois países foram invadidos e seus liwderes assassinados. Kadafi esquartejado a caminho do Sudão, fugindo do bombardeio que destruiu o palácio onde vivia em Tripoli, a capital. Saddam foi encontrado em um buraco, retirado de lá, em estado de mendicância e quase moribundo e depois enforcado em praça pública.
Lembrando a guerra fria e o secretário de Estado John Foster Dullers, países não têm amigos, apenas interesses. Nada mais do que isso. Assim, é preciso cautela na política internacional. Negociar ao invés de escalar.
Com Trump, não adianta partir para o confronto e a China sabe muito bem disso. Usou a reciprocidade na questão tarifária, mas, depois negociou com Trump, porque os dois países sairiam perdendo, se as tarifas recíprocas passassem a valer.
SEM SOFRIMENTO – Tem uma coisa, que até Trump sabe: Suas ações não podem causar sofrimento ao povo, como inflação, juros altos e desemprego.
As ações de Eduardo Bolsonaro, junto a Trump e deputados republicanos, para prejudicar o Brasil, resultaram nas sanções atuais sobre a Economia brasileira. Tudo para salvar o pai, no processo do Golpe de Estado.
O Brasil vai sangrar, com as tarifas de 50 por cento. O povo vai pagar por causa dessa ação impatriótica do clã Bolsonaro. O desemprego e a inflação atingem preferencialmente os pobres e a classe média
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