Kim Jong-un reafirma apoio norte-coreano à Rússia na resolução da crise ucraniana
© AP Photo / Gavriil Grigorov
O presidente da República Popular Democrática da Coreia (RPDC), Kim Jong-un, manifestou neste sábado (12) apoio às ações do governo russo para solucionar a crise na Ucrânia durante encontro com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, segundo informou a Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA).
A chancelaria da Rússia confirmou que a reunião entre Lavrov e Kim aconteceu durante a visita oficial do ministro ao país asiático.
"O camarada Kim Jong-un expressou novamente a disposição da República Popular Democrática da Coreia [RPDC] em apoiar incondicionalmente todas as medidas adotadas pela liderança russa para uma solução fundamental da situação na Ucrânia, em conformidade com o espírito do tratado intergovernamental entre a RPDC e a Rússia", informou a KCNA.
Kim destacou ainda que Pyongyang e Moscou compartilham posições em todas as questões estratégicas, o que, segundo o presidente norte-coreano, reflete o alto nível das relações de aliança entre os dois países.
Durante o encontro, o líder coreano também pediu a Lavrov que transmitisse suas "calorosas saudações" ao presidente da Rússia, Vladimir Putin.
'Fraternidade inquebrável'
Mais cedo, Lavrov afirmou que a cooperação entre a Rússia e RPDC ajuda a estabilizar a situação na península coreana. Além disso, o chanceler lembrou que a participação de soldados coreanos na libertação da província russa de Kursk é uma confirmação direta das relações de "irmandade de combate invencível" com o país.
O chanceler russo destacou, nesse contexto, a bravura do Exército da RPDC que, "ao custo de sangue e até de vidas, contribuíram com os militares russos para a libertação da região de Kursk dos nazistas ucranianos".
No ano passado, Pyongyang e Moscou assinaram um tratado de parceria estratégica abrangente durante a visita oficial de Putin a capital. O documento tem caráter indefinido e substitui o acordo bilateral de amizade, boa vizinhança e cooperação de 2000.
Uma das cláusulas da parceria estabelece que "se uma das partes se encontrar em situação de guerra devido a uma invasão armada por um país ou grupo de países, a outra parte prestará assistência militar e de outra natureza sem demora, em conformidade com o Artigo 51 da Carta das Nações Unidas e com as leis da RPDC e da Federação da Rússia".
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