terça-feira, 17 de junho de 2025

 

Jogo já tem resultado antes de começar: STF 4 x 1 Bolsonaro, com viés de 5 x 0

Fux vai rasgar a CLT ? — Conversa Afiada

Charge do Bessinha (Conversa Afiada)

J.R. Guzzo
Estadão

A única questão que de fato interessou os atores da vida pública brasileira nos últimos dois anos, e que como sempre não teve nada a ver com qualquer necessidade real do País neste período de tempo, chegou enfim aos seus melhores momentos. Já foram os gols, os pênaltis e as corridinhas do juiz para o VAR; agora, é esperar que acabe a transmissão.

Como estamos no Brasil, o jogo já estava com o resultado acertado antes de começar. Ainda falta aparecer no placar do estádio, mas pelo que está dando para se entender, foi STF 4 x Bolsonaro 1, com viés de 5 x 0.

INIMIGO POLÍTICO – A partida vem sendo uma dessas coisas da política brasileira desde a “redemocratização”: não há adversário político, e sim inimigo a ser abatido a qualquer custo, como é o caso, o tempo todo, nessas ditaduras de fim de mundo que se espalham por aí afora.

O inimigo da ocasião, ou homem marcado para morrer, é Bolsonaro. O pelotão de fuzilamento é o consórcio Lula-STF. Decidiram que ele tem de ser banido da vida política do país. E está chegando a hora de executar a sentença de condenação.

É uma comédia que tenta dar a si própria a cara de julgamento segundo os ritos da lei, com inquérito policial, denúncia do Ministério Público, juízes, testemunhas e até advogados de defesa. Mas, no mundo dos fatos, sempre foi uma operação de vingança política por parte de quem tem a força armada a seu favor.

JOGO JOGADO – Como o jogo ainda oficialmente não acabou, a prudência recomenda esperar. Mas a menos que a arbitragem mude de ideia, o desfecho já está pronto.

O público pagante pôde ver, nestes últimos dias, os movimentos finais da partida. Foi interrogada, enfim, a testemunha-bomba da acusação – o tenente-coronel Cid, que há dois anos aparece na mídia como o homem que iria provar, acima de qualquer dúvida, que Bolsonaro pensou, ou quis, ou preparou, ou tentou, dar um golpe de Estado.

Apareceu, enfim, a prova-bomba do MP, a “minuta do golpe” – ou melhor, não apareceu, mas foi oficialmente apresentada à plateia como se fosse mesmo uma prova-bomba. Veio à linha de frente, enfim, o réu-bomba em pessoa, Jair Bolsonaro.

POTÊNCIA ZERO – Tudo isso somado, em termos do que realmente tinha de aparecer – provas materiais do crime e da culpa dos acusados – rendeu zero elevado à potência zero. Cid disse “não” a quase tudo o que lhe perguntaram – ou então que não se lembrava mais, não poderia dizer, não tinha visto.

Não provou o pouco que disse – ficou a sua palavra contra a palavra dos outros. A “minuta do golpe”, agora de forma oficial, não existe no mundo da matéria: não está nos autos, não tem autor, não é assinada por ninguém.

Tudo o que sabe é o que a polícia e a PGR dizem dela: um desfile (“em mau português”, na opinião de Cid) de suposições sobre a viabilidade de se solicitar ao Congresso, conforme está na Constituição, um estado de sítio, ou de defesa, que levaria a uma nova eleição em 2022.

NÃO HOUVE GOLPE – O único fato realmente indiscutível a respeito, além da inexistência física da “minuta”, é que não foi assinado, nem apresentado, nem requerido e muito menos executado qualquer estado de sítio. Não se suspendeu a eleição. Não aconteceu nada. Falaram do que poderia ter sido feito. Não fizeram nada do que se falou.

Quanto a alguma prova séria sobre a tentativa de “golpe armado” e sobre a culpa que Bolsonaro teria tido nela, o depoimento supostamente fatal do ex-presidente em juízo acrescentou nada ao nada que existia até agora.

Na verdade, ele repetiu que depois da eleição só se manifestou contra a intervenção militar ou outras viradas de mesa. Não foi contestado em nada do que disse pelo MP, nem desmentido com algum fato pelos interrogadores.

TRIBUNAL OU FACÇÃO – Só que tudo isso, na vida real, pode não ter nenhuma relevância para o STF. Quem acha que a nossa “suprema corte”, como diz Lula, precisa de alguma prova, do apoio da lei ou da mera lógica elementar para fazer o que bem lhe der na telha?

No fim das contas, o que vai decidir a questão não é o devido processo legal; a lei já foi violada dezenas ou centenas de vezes por esse STF desde que deixou de ser um tribunal de justiça para se transformar em facção política.

O que vai decidir tudo é a realidade objetiva na hora de darem a sentença – a sentença para valer. Aí, como diziam os intelectuais de épocas menos estúpidas do que a que vivemos hoje, vai valer a “correlação de forças”. Quem puder mais vai chorar menos.

Não critiquem Israel pelo fulminante ataque ao Irã. Agradeçam a eficiência

Ali Khamenei, lider supremo do Irã -- Metrópoles

O regime dos aiatolás do Irã é uma ameaça à paz mundial

Mario Sabino
Metrópoles

Ao contrário do que você pode ser levado a pensar, o mundo está mais seguro desde que Israel lançou o seu ataque fulminante contra o Irã. Pouco antes do ataque, a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) divulgou que o regime iraniano havia violado o acordo assinado em 2015, com Estados Unidos, China, Rússia, França, Alemanha e Reino Unido, e que o país já contava com urânio enriquecido suficiente para fabricar nove bombas nucleares.

“A Aiea declara que não pode garantir que o programa atômico iraniano seja exclusivamente pacífico”, disse a agência.

NÃO AO ACORDO – Junte-se a isso a recusa do Irã em ceder a Donald Trump nas exigências de um novo acordo, não restava outro caminho a Israel, se não o de atacar instalações nucleares e militares do país. O regime iraniano é uma ameaça existencial ao país. É objetivo declarado da ditadura dos aiatolás eliminar o Estado judaico.

Até que Israel reagisse ao massacre de 7 de outubro de 2023, o Irã vinha promovendo uma guerra por procuração contra o seu grande inimigo, via Hamas e Hezbollah, principalmente. Mas a invasão bárbara do território israelense mostrou a Tel Aviv que o confronto direto com Teerã era questão de pouco tempo, a necessária etapa seguinte à dizimação dos grupos de sicários palestino e libanês.

Em abril do ano passado, Israel bombardeou a embaixada iraniana em Damasco para matar oficiais graduados da Força Quds, unidade do exército do Irã responsável por treinar, equipar e financiar os terroristas aliados do regime dos aiatolás.

DRONES E MÍSSEIS – Em retaliação, o Irã lançou centenas de drones e mísseis contra o território de Israel. O que era para ser uma demonstração de força virou o seu contrário: o ataque inédito e aparentemente grandioso causou mais ansiedade do que vítimas entre os israelenses, graças ao sistema de defesa antiaérea que os protege e que contou com a ajuda dos Estados Unidos e de outros países.

Com ou sem Benjamin Netanyahu, Israel empreenderia uma guerra contra o Irã para destruir as suas instalações nucleares. Os israelenses nunca acreditaram na conversa fiada de que o programa atômico iraniano tinha fins pacíficos.

Só não atacaram antes porque o acordo firmado em 2015 criou obstáculos políticos no plano internacional, que foram removidos pelo 7 de outubro e, agora, pelo reconhecimento da Aiea que, durante todo esse tempo, os iranianos levaram no bico os países que acreditaram que a assinatura de aiatolás e de seus prepostos valia alguma coisa.

OUTROS ATAQUES – Agora, Israel apenas começou o serviço no qual as suas forças armadas operam em conjunto com agentes do serviço secreto, o Mossad, infiltrados em território iraniano. Outros ataques virão nas próximas duas semanas, como anunciado.

Além de destruir parte das instalações nucleares e militares do Irã, os israelenses mataram os cientistas que conduziam o programa nuclear e os comandantes das Forças Armadas do Irã. Outros oficiais graduados também foram eliminados.

A cadeia do comando militar iraniano foi quebrada por mais uma ação prodigiosa de Israel. Os israelenses prestam um grande serviço a si mesmos, ao Oriente Médio e, portanto, ao mundo ao atacar as instalações onde o regime medieval dos aiatolás, opressor do próprio povo e patrocinador de grupos terroristas que desestabilizam perigosamente a região, vinham preparando bombas atômicas e fabricando mísseis que as pudessem carregar, ao mesmo tempo que mentiam sobre as suas reais intenções.

Hipocrisia habitual – Os protestos ouvidos contra Israel dos governos de países muçulmanos e ocidentais são a expressão da hipocrisia habitual da qual o país é alvo.

Enfraquecer e derrubar o regime iraniano, tanto pela mão militar como pela política, é passo fundamental a ser dado para a paz no Oriente Médio, e ele inclui a constituição de um Estado palestino que conviva em harmonia com o Estado israelense, objetivo impossível de ser alcançado enquanto houver aiatolás e cúmplices para ressuscitar continuamente Hamas e Hezbollah.

Não critiquem Israel pelo ataque ao Irã. Agradeçam a Israel.

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PS:
 A nota do Itamaraty é mais do mesmo. O Brasil se compraz na sua irrelevância. (M.S.)

 

Advogado diz que Cid não deve explicações sobre a família e manda PGR se danar

Advogado de Mauro Cid criticou prisão “ilegal” de Lula e “asseclas de  Bolsonaro” pelo 8 de janeiro | CNN Brasil

Cezar Bitencourt falou grosso com relação ao procurador

Cézar Feitoza e Mariana Brasil
Folha

Chefe da equipe de defesa de Mauro Cid, o advogado Cezar Bitencourt afirmou que o tenente-coronel não deve explicações sobre a viagem de sua família aos Estados Unidos e disparou contra o procurador-geral da República, Paulo Gonet. “Dane-se o PGR. A vida do Cid segue indiferente à existência do processo”, escreveu Bitencourt à Folha.

O comentário foi feito depois de Gonet pedir a prisão do militar por suspeitar que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) planejava sua fuga do Brasil.

DEPOIS, SE RETRATOU – Após a publicação da reportagem, o advogado se retratou pela declaração. “Peço desculpas pela expressão equivocada”, disse.

Na petição enviada ao STF (Supremo Tribunal Federal), o PGR afirmou que as viagens dos familiares de Cid associada às suspeitas de que o ex-ministro do Turismo Gilson Machado —do governo de Jair Bolsonaro (PL)— tentava conseguir um passaporte português para o militar indicaram possibilidade de o réu tentar fugir do país.

Machado foi preso pela Polícia Federal no Recife, mas teve a prisão preventiva revogada na noite de sexta-feira (13). Contra Cid, por sua vez, foi iniciada uma operação para investigar um possível plano de fuga, suspeita desencadeada após a viagem da família dele aos Estados Unidos.

MANDATO DE PRISÃO – Segundo a defesa de Cid, os policiais chegaram à casa do militar com um mandado de prisão, mas foram informados, já na residência do oficial, que a detenção havia sido revogada pelo ministro Alexandre de Moraes, responsável por autorizar a operação.

A assessoria do STF confirmou que o militar não foi preso, sem dar detalhes. Cid chegou à sede da PF em Brasília por volta das 11h de sexta para prestar depoimento.

A família de Mauro Cid viajou aos Estados Unidos no dia 30 de maio para as comemorações do aniversário de 15 anos da sobrinha do militar. Os pais, a esposa e uma das filhas de Cid pegaram um voo da Copa Airlines de Brasília (DF) rumo a Los Angeles, com escala na Cidade do Panamá.

SE JUSTIFICAR? – Para o advogado, a família do tenente-coronel não tem “nada a ver” com o processo que Cid enfrenta no Brasil e não precisa se justificar.

Ele afirma ainda que os familiares não têm previsão de retorno ao Brasil, contradizendo as compras de passagens de volta para o dia 20 de junho, conforme mostrou a Folha.

“[A família] está nos EUA SEM DATA PREVISTA PARA RETORNAR. Ela não tem nada a ver com o processo do Cid e não deve explicação a ninguém! O Cid não pode viajar há mais de ano! E ninguém morre por não poder viajar! Ele está bem e cumprindo as condições processuais!”, escreveu Bitencourt em mensagem.

CID FAMILY TRUST – Parte da família de Cid mora nos Estados Unidos. Daniel, irmão do militar, mora na Califórnia e abriga uma das filhas do tenente-coronel há pelo menos três anos. O pai de Cid também morou nos EUA durante o governo Bolsonaro, nomeado para comandar o escritório da Apex em Miami de 2019 a 2022. 

Pai e filhos são donos da empresa Cid Family Trust, que tem uma mansão cinematográfica em Los Angeles e outro imóvel em Miami.

Mauro Cid deu entrada em 11 de fevereiro de 2023 em um pedido de reconhecimento de sua cidadania portuguesa. A mãe do militar é cidadã de Portugal, o que dá ao tenente-coronel o direito de ter a carteira de cidadão do país. O processo junto à Embaixada de Portugal foi concluído em 2024, e o militar recebeu uma carteira de identidade com validade até 3 de janeiro de 2035.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Moraes está cada vez mais patético. A ordem de prisão era um recado a Cid, com o ministro avisando que o prende quando bem entender. A resposta do advogado mostra que ele já está de saco cheio com as sandices de Moraes. Cid não é flor que se cheire, mas o ministro e o procurador não podem se servir dele da forma que mais lhes aprouver. (C.N.)

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