domingo, 17 de novembro de 2024

JCO

 

Moro deixa claro de quem é a culpa pelo avanço do crime organizado no país


O senador Sergio Moro (União-PR) alertou para o aumento da atuação do crime organizado no Brasil. Ele citou como exemplo o assassinato de Vinicius Gritzbach, informante do Ministério Público de São Paulo junto ao Primeiro Comando da Capital (PCC). O crime ocorreu na última sexta-feira (8), em frente ao aeroporto de Guarulhos (SP).

Além de informar sobre o PCC, Gritzbach havia delatado policiais civis do estado por corrupção. Para Moro, o episódio reflete o fortalecimento de grupos criminosos e impõe a necessidade de políticas de segurança pública mais eficientes por parte do governo Lula.

"O que nós precisávamos aqui era de um novo pacote anticrime, de projetos do governo federal que endurecessem a legislação penal e a legislação processual penal contra a criminalidade. Do contrário, vamos ver um avanço cada vez maior dessas organizações. Em vez disso, o governo federal nos brindou, infelizmente, com a proposta de uma PEC da segurança que, no fundo, não resolve nenhum problema", disse.

O senador também criticou o Ministério da Justiça por adotar políticas de desencarceramento, ação que, em sua avaliação, “compromete a segurança pública”. Para Moro, existe "resistência" do governo a medidas para o endurecimento da legislação contra o crime. Ele mencionou o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à proibição da saída temporária de presos em feriados (dispositivo do PL 2.253/2022).

"Essa escalada é um sinal da ausência de uma política de segurança pública robusta e real pelo atual governo federal. O governo Lula tem um problema de essência, que é a crença, em última análise, de que o criminoso é uma vítima da sociedade, e não o contrário", enfatizou.

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