Lula sonhou em brilhar no G20, mas Janja acabou destruindo tudo
Carlos Newton
Lula é ignorante, mas isso não significa que seja estúpido. Pelo contrário, em muitas ocasiões já mostrou que é muito inteligente, um verdadeiro fenômeno. Será muito difícil que algum outro homem como ele, que jamais tenha lido um livro, consiga chegar tão longe quanto o famoso e admirado presidente brasileiro.
Ele sempre se orgulhou dessa ojeriza à leitura. Até que, há alguns anos, quando fez grande sucesso uma nova biografia de Abraham Lincoln, Lula foi convencido a dar declarações de que havia lido a obra de Doris Kearns Goodwin (“Team of Rivals: The Political Genius of Abraham Lincoln”). Mas era mentira; ele nunca leu nada e acabou sendo desmentido.
A CENA ERRADA – Entrevistado a respeito, não somente confirmou “ter lido” a biografia, como até contou ao repórter a parte que mais o tinha impressionado, que era a dificuldade de comunicação com a Casa Branca na época de Lincoln.
Narrou então a cena em que o presidente americano teve de ir a um posto numa ferrovia para “passar um telex” (nas palavras de Lula, que não sabia a diferença entre “telex” e telégrafo”).
Porém, era mais uma mentira. Com tantas coisas para comentar, Lula foi escolher justamente uma cena que não existe na biografia e aparece apenas no filme, criada pelo roteirista Tony Kushner, que fez a adaptação da biografia. Ou seja, Lula mentiu ao dizer que tinha lido o livro, pois tinha apenas assistiu ao filme de Spielberg.
“GRAND FINALE” – Envelhecido e envilecido, como dizia Rubem Braga, Lula agora vê sua cinematográfica carreira se eclipsar, sonhando com um grand finale. Quer o Nobel da Paz ou da Economia, qualquer um serve, dá pitaco em tudo na política internacional, julga ser um superstar mundial, e realmente é.
Assim, quer apagar muitos fatos da História, como sua atuação de agente do regime militar, quando traia e entregava os próprios companheiros sindicalistas. Seus admiradores atuais o absolvem, por achar que ele mudou e hoje até seria de esquerda. Mas na verdade Lula não muda e jamais deixará de ser “o amigo do amigo”.
Agora, pensava usar a reunião do G20 para se projetar como a grande atração do evento. Mas não contava com a concorrência da própria primeira-dama, cuja ânsia de se tornar celebridade é ainda maior do que a dele e chega a ser constrangedora.
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P.S. 1 – Quando Lula da Silva é citado junto a um político de verdade, como Abraham Lincoln, nota-se que a distância entre os dois é abissal; e não é questão de ideologia, mas apenas de caráter.
P.S. 2 – Quem pensa que dona Janja vai parar por aqui está redondamente enganado. Ela jamais apreenderá a lição e vai dar muito trabalho ao maridão. (C.N.)
Lula não precisaria cortar gastos se tivesse mantido teto, diz Meirelles
Andreza Matais
do UOL
Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda, disse à coluna que, se o governo Lula tivesse mantido o teto de gastos, não estaria na iminência de uma crise fiscal, com a necessidade de medidas para controle de gastos. … – Meirelles está em Lisboa, participando de um evento econômico da Lide e do UOL.
A regra foi criada no governo Michel Temer e substituída no governo Lula pelo arcabouço fiscal. Os petistas diziam que o teto de gastos limitava a capacidade do Estado de investir em áreas essenciais, como saúde, educação e infraestrutura.
REGRAS RÍGIDAS -O teto estabelecia regras mais rígidas para o controle das despesas públicas, que não podiam crescer acima da inflação do ano anterior. O arcabouço é mais flexível e atrela o aumento de despesa ao da arrecadação.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem alertado o governo de que, sem um pacote de medidas para conter os gastos, o país pode comprometer a sustentabilidade das finanças públicas.
Haddad repete o discurso há três semanas, sem apresentar as medidas. O PT divulgou nota criticando um pacote que ainda não existe. Toda essa especulação tem afetado a economia, com o dólar chegando a R$ 6,00.
ECONOMIA PIORA – A discussão pública dentro do governo é alvo de crítica entre empresários e políticos. “A economia está bem, mas quando o governo fala ela piora”, observou o ex-senador e ex-ministro Romero Jucá.
O presidente da Febraban, Isaac Sidney, disse no evento do Lide/UOL que “há uma trajetória fiscal que não é sustentável” celeridade nessa discussão.
“O Brasil vivencia um paradoxo. A gente tem dados correntes da economia excelentes, como PIB, varejo e consumo, mas, por outro lado, temos questões estruturais no campo das finanças públicas, sem as quais é difícil alcançar o crescimento. Há uma trajetória fiscal que não é sustentável. É preciso um bom ambiente de negócios, que depende de um ambiente macroeconômico estável. A direção do Brasil está correta, mas precisamos imprimir um ritmo mais forte na contenção dos gastos públicos”, avaliou, no debate em Lisboa.
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