Presidente e relatora nem sequer assinaram instalação da CPMI do dia 8
A cúpula da CPI Mista dos Atos de 8 de Janeiro não queria investigar a invasão que depredou as sedes dos Três Poderes. O deputado Arthur Maia (PP-BA), escolhido presidente da CPMI, e a relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), fugiram como o diabo da cruz dos pedidos para assinar o requerimento de criação da comissão, mas as manobras malandras de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado deram o comando das investigações exatamente aos senadores que não a queriam.
Desconfiança
As intenções da cúpula são vistas com desconfiança. Também o 1º vice-presidente Cid Gomes (PDT-CE) não apoiou a criação da CPMI.
Raro flagrante
A ordem inicial do governo era para lulistas se oporem à criação da CPI, mas o vazamento de imagens internas do Planalto impossibilitou a ideia.
Único caso
De toda a cúpula da CPMI, apenas o 2º-vice-presidente da CPMI, Magno Malta (PL-ES), apoiou desde o início a criação da comissão.
Relatora protege
Considerado pelos autores da CPMI como um alvo, o ministro Flávio Dino (Justiça) impôs a escolha da relatora, garantindo sua blindagem.
CPI irá investigar ONGs que mentem sobre o Brasil
A CPI das ONGs, instalada no Senado, definiu seu plano de trabalho nesta terça-feira (20) no qual ficou claro o objetivo dessas “organizações não-governamentais” que baseiam sua atuação, sobretudo na Amazônia, ganhando dinheiro para difundir mentiras sobre o Brasil. É a expectativa do líder do Republicanos no Senado, Mecias de Jesus, que representa Roraima. Ele promete também investigar pessoas que vivem às custas de ONGs e questionou qual serviço que afinal prestariam ao País.
Marina na mira
A CPI decidiu convocar autoridades que atuam sob influência de ONGs, inclusive estrangeiras, como a ministra Marina Silva (Meio Ambiente).
Pedala na Abin
O diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa, também srá interrogado pelos senadores da CPI.
Consórcio do mal
Mecias destacou que muitos desconhecem a Amazônia e ficam à mercê de notícias falsas, na imprensa, que favorecem ONGs mal-intencionadas.
Poder sem Pudor
Show frustrado
Ao final da solenidade de posse do ministro Luiz Marinho (Trabalho), no Lula 1, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) confessou sua frustração com uma entrevista ao programa de Jô Soares, na véspera: “Eu estava preparado para cantar...” Antes de ir para a TV, ele ensaiou exaustivamente, até no avião, “Father and son”, celebrizada por Cat Stevens, para repetir o sucesso de Roberto Jefferson, que cantou no programa “Nervos de aço”, de Lupicínio Rodrigues. Os telespectadores foram poupados.
Melhor longe
O presidente em exercício Geraldo Alckmin recebeu um raro elogio do senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP, por não atacar o agro, não elogiar a Rússia e nem brigar com os EUA. “Viaja mais, Lula!”, ironizou.
Grazie, Giorgia
A premiê Giorgia Meloni foi gentil com o Brasil, que ela adora, aceitando receber o visitante mal-educado que não queria o encontro e recuou. Ela valoriza as relações entre os dois países e não pensa com o fígado.
Fala, Stédile
A CPI do MST aprovou ontem (20) a convocação do líder do MST, João Pedro Stédile, que foi membro da comitiva do presidente Lula (PT) e cia. à China de Xi Jinping, com direito a salamaleques e foto oficial.
Gritos, gritos
A gritaria da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), relatora da CPMI dos Atos de Janeiro, fez lembrar sua atuação tão estridente quanto inútil na CPI da Covid, aquela criada para garantir holofotes em ano eleitoral.
Frase do dia
Hoje entram à revelia. Ninguém sabe de nada
Senador Plínio Valério (PSDB-AM) sobre os milhões de ONGs estrangeiras no Brasil
Nu rateando
Se não está com problemas, o Nubank precisa ser mais convincente em seus esclarecimentos e o Banco Central deveria estar mais vigilante: clientes reclamam de dificuldades diárias de acessar suas contas.
Que horror
Se magistrados de todos os níveis poderão julgar processos de interesse de escritórios de advocacia de familiares ou dos quais tenha sido sócio, nada impedirá ex-advogado de julgar ações em que o ex-cliente é réu.
Banditismo seletivo
O filho vigarista do presidente dos EUA se declarou culpado por sonegar US$2 milhões em impostos e haver mentido quando, ao comprar arma, declarou não fazer uso de drogas. É usuário de crack. Mas não vai preso. Se fosse o filho de Donald Trump...
E o conselho?
O presidente da CVM, João Pedro Barroso, disse na CPI das Americanas que não há dúvida de fraude na empresa. Mas, assim como a própria loja, não mencionou responsabilidade dos bilionários controladores.
Pensando bem...
...no Brasil ou nos EUA, o importante mesmo é ter ligações com o presidente certo.
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