Reportagem sinaliza que O Globo apoia Lula de uma maneira altamente antiética
Deu em O Globo
As declarações públicas de apoio de Sergio Moro e Deltan Dallagnol à reeleição de Jair Bolsonaro provocaram revolta no Ministério Público e incendiaram um grupo de WhatsApp em que estão mais de 200 procuradores da República, todos da área criminal e ligados ao combate à corrupção.
Moro, eleito senador pelo União Brasil do Paraná, e Deltan, eleito deputado pelo Podemos, declararam apoio a Bolsonaro pelas redes sociais na terça-feira,. Rosangela Moro, mulher do ex-juiz eleita deputada federal por São Paulo, não se manifestou publicamente.
NOTA DE ONG – A discussão no grupo de procuradores começou depois que alguns compartilharam uma nota pública da ONG Transparência Internacional publicada na quinta-feira (5), repudiando o fato de Moro e Dallagnol terem “evocado a luta contra a corrupção para expressar seu apoio a Jair Bolsonaro”.
A Transparência afirma no documento que “associar luta contra a corrupção ao apoio a Bolsonaro é “prestar um desserviço à causa e desvirtuar o que ela fundamentalmente representa”
O texto recebeu uma série de mensagens de apoio e de indignação com Deltan e Moro. Nas mensagens, os procuradores acusaram de incoerência os ex-colegas, por dizerem que são contra a corrupção e aderirem a “um governo que tem orçamento secreto, Ciro Nogueira, Fernando Collor e Valdemar da Costa Neto”.
JOGA NO LIXO – Para alguns procuradores, a adesão “joga no lixo” todo o trabalho que da operação e “queima” a instituição do Ministério Público. Em resposta, um procurador que atuou na Lava Jato escreveu que, por terem impulsionado suas carreiras políticas a partir da operação, os dois tinham o dever de respeitar esse legado, assim como os colegas que continuam tocando os processos.
Uma procuradora concordou, dizendo que ambos tinham que ter no mínimo ficado quietos – algo que, nas palavras dela, nunca conseguiram fazer.
Já uma outra integrante do grupo, que assumiu parte do acervo da Lava Jato, reclamou que a atitude dos ex-colegas faz com que os atuais procuradores da operação fiquem parecendo membros de campanha, por terem que defender um trabalho que está sendo queimado como algo político-partidário.
VOTO DE CONFIANÇA – Em meio à discussão, um integrante do grupo lembrou que, assim que Augusto Aras foi escolhido para comandar procuradoria-geral da República por Bolsonaro, ignorando a lista tríplice da categoria, Deltan enviou um e-mail para a rede de membros do MP pedindo que “dessem um voto de confiança a Aras”.
Na época, apesar de ter provocado mal estar, a atitude foi vista como uma tentativa de composição com o PGR para tentar “salvar” a Lava Jato. No grupo, ontem, já estava sendo encarada de forma diferente.
Nas palavras de um procurador com quem conversei e que também se manifestou no grupo, “Deltan e Moro privatizaram os ganhos da Lava Jato e socializaram as perdas. Colocaram todo o Ministério Público na maior crise institucional de sua história. Eles estão fazendo com que fique fácil sustentar o desmonte da instituição”.
“PASSAR PANO” – As poucas tentativas de “passar pano” para os dois ex-Lava Jato no grupo foram prontamente rechaçadas. As trocas de mensagens continuavam intensas até a manhã desta sexta-feira , com vários membros aproveitando a ocasião para descarregar suas críticas.
O curioso é que, assim que foram eleitos, Moro, Deltan e Rosangela postaram mensagens nas redes sociais e deram declarações sugerindo um renascimento da Lava Jato, “como uma fênix”.
Pela reação dos ex-colegas, contudo, eles terão que buscar outra bandeira para transformar no mote de seus mandatos.
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NOTA DA REGIÃO DO BLOG – Com a máxima vênia, esse tipo de reportagem deixa O Globo em péssima situação. O único dado sólido é a nota da Transparência Internacional. O resto é um monte de declarações de procuradores e procuradoras, sem dar nome a nenhum “entrevistado”. Bem, se são mais de 200 procuradores contra Moro e Dallagnol, e todos se manifestaram “em off”, como a matéria pode ter sustentação? Conforme já expliquei aqui na Tribuna, eu respeito as opiniões sobre Lula e Bolsonaro, mas não apoiarei nenhum deles no segundo turno. Para mim, a matéria deixa transparecer que O Globo está apoiando Lula, mas de uma maneira claramente antiética. E isso não é jornalismo. (C.N.)
Charge do Duke ( O Tempo)
“Quem tiver uma gota de sangue nordestino não pode votar nesse monstro”, diz Lula sobre Bolsonaro
Giordanna Neves e Sofia Aguiar
Estadão
Em resposta à nova ofensiva do presidente Jair Bolsonaro (PL) para atrair votos nordestinos no segundo turno, o candidato à Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que “quem tiver uma gota de sangue nordestino não pode votar nesse negacionista, nesse monstro que governa esse País”. O petista diz que o chefe do Executivo deve buscar votos “de miliciano”.
“Ele tem que aprender uma lição. Ele que vá pegar voto de miliciano, daqueles que mataram Marielle (Franco, vereador do Rio). Ele que vá pegar voto daqueles que foram responsáveis pelas mortes na pandemia, vá pedir voto da quadrilha chefiada pelo (Fabrício) Queiroz, pedir voto pra quem tá organizando rachadinha dos filhos no Rio”, respondeu Lula após caminhada com apoiadores em São Bernardo do Campo, seu berço político. O petista pediu aos eleitores que “telefonem para os parentes no Nordeste”.
FALA DE BOLSONARO – O ex-presidente também reagiu à fala de Bolsonaro em que associou o analfabetismo no Nordeste à vitória de Lula na região. “Meu adversário disse que eu só ganhei as eleições dele porque o povo nordestino é analfabeto. As pessoas que são analfabetas não são analfabetas por sua responsabilidade. As pessoas que são analfabetas ficaram analfabetas porque esse País nunca teve um governo que se preocupasse com a educação”, respondeu o petista.
Na quarta-feira, Bolsonaro disse que Lula venceu em nove dos dez Estados com maior taxa de analfabetismo. “Você sabe quais são esses Estados? No nosso Nordeste. Não é só taxa de analfabetismo alta ou mais grave nesses Estados. Outros dados econômicos agora também são inferiores na região”, afirmou Bolsonaro.
ATRAIR VOTOS – Nos últimos dias, o presidente fortaleceu o discurso para atrair os votos de eleitores do Nordeste. Na última terça-feira, durante culto em São Paulo, Bolsonaro pediu aos fiéis para entrar em contato com “irmãos nordestinos” e falar para eles “onde nós podemos ir” caso o seu rival, Lula, vença.
“Tivemos uma derrota grande no Nordeste. A culpa não é do povo nordestino. Lá eles foram administrados por ao menos 20 anos por esse partido (PT)”, afirmou na ocasião.
No primeiro turno, Lula obteve 57,2 milhões de votos válidos, ou 48,43% do contabilizado pela Justiça Eleitoral. Bolsonaro, candidato à reeleição, recebeu 51 milhões de votos, ou 43,20% do total.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em matéria de dizer asneiras, Bolsonaro é imbatível e está sempre fornecendo munição ao adversário. (C.N.)
Quando Lula tenta apoio do PSD, Haddad decide comparar Kassab a Collor e Crivella….
Edoardo Ghirotto
Metrópoles
As campanhas do PT em nível nacional e estadual não andam em sintonia. Cortejado no segundo turno por Lula, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, foi comparado ao ex-presidente Fernando Collor e ao deputado eleito Marcelo Crivella em uma propaganda divulgada por Fernando Haddad nas redes sociais.
O PT espera que Kassab declare voto em Lula no segundo turno, mas o presidente do PSD não parece disposto a revelar sua preferência na eleição. O partido manteve a neutralidade na disputa presidencial e liberou os seus filiados para apoiarem qualquer candidato.
IRONIZANDO KASSAB – Haddad publicou no Instagram, na quarta-feira (5/10), uma imagem dizendo que o apoio de Kassab a Tarcísio de Freitas é um motivo para o eleitor de São Paulo não votar no ex-ministro bolsonarista.
No primeiro turno, a direção nacional do PT questionou a estratégia adotada pelos paulistas de atacar o governador Rodrigo Garcia para forçar um segundo turno com Tarcísio. O bolsonarista acabou com mais votos do que Haddad, contrariando todas as pesquisas de véspera. Tarcísio teve 42,32%, contra 35,70% do petista.
Lula também foi derrotado por Bolsonaro em São Paulo. O presidente recebeu o apoio de 47,71% dos paulistas, enquanto o petista somou 40,89% dos votos.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Haddad está desesperado, Kassab quer distância dele. Esta será a terceira derrota consecutiva do petista. Primeiro, perdeu a reeleição para prefeito de São Paulo para João Doria; depois, a presidência para Jair Bolsonaro; e agora, vai perder o governo paulista, Realmente, é uma sucessão de pancadas, capaz de desestruturar qualquer um. (C.N.)
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