Putin avança com anexação de territórios ocupados na Ucrânia
Zonas ocupadas de Luhansk, Donetsk, Kherson e Zaporíjia realizam referendos este fim de semana.Ricardo Ramos01:30
PutinFOTO: reuters
Quatro regiões ucranianas sob ocupação russa vão realizar no final da semana referendos sobre a anexação daqueles territórios por Moscovo, numa escalada grave do conflito que pode aumentar substancialmente o risco de um confronto direto entre a Rússia e a NATO.
Num movimento coordenado, os dirigentes instalados pelos russos nas regiões de Luhansk, Donetsk, Kherson e Zaporíjia anunciaram que os referendos sobre a junção daqueles territórios à Rússia se vão realizar entre os dias 23 e 27 deste mês. As votações, que vão decorrer sem qualquer tipo de supervisão independente, serão seguidas por um pedido formal de junção à Rússia, fazendo daquelas regiões parte integrante do território russo.
Vários países ocidentais, incluindo os EUA, a França e a Alemanha, garantiram esta terça-feira que nunca reconhecerão a anexação daqueles territórios pela Rússia. O Presidente francês, Emmanuel Macron, disse mesmo que a notícia “teria graça se não fosse tão trágica” e acusou Moscovo de orquestrar uma “paródia cínica”.
Já o Governo ucraniano avisou que a medida “destrói qualquer possibilidade de negociação”. “Os russos podem fazer o que quiserem. Isso não muda nada”, afirmou o MNE, Dmytro Kuleba, enquanto o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky diz que a medida reflete o “pânico” do Kremlin com os recentes avanços militares ucranianos no terreno.
Num movimento coordenado, os dirigentes instalados pelos russos nas regiões de Luhansk, Donetsk, Kherson e Zaporíjia anunciaram que os referendos sobre a junção daqueles territórios à Rússia se vão realizar entre os dias 23 e 27 deste mês. As votações, que vão decorrer sem qualquer tipo de supervisão independente, serão seguidas por um pedido formal de junção à Rússia, fazendo daquelas regiões parte integrante do território russo.
O vice-presidente do Conselho de Segurança russo, Dmitry Medvedev, avisou que isto permitirá à Rússia “usar todas as suas forças de autodefesa” - incluindo nucleares - para defender os novos territórios russos. Trata-se de uma escalada significativa, uma vez que qualquer ataque com armas ocidentais àquelas regiões seria considerado por Moscovo como um ataque direto à Rússia, aumentando o risco de um confronto com a NATO. Ou seja, com esta cartada, Putin tenta colocar o Ocidente entre a espada e a parede: ou aceita a anexação de 15% do território ucraniano ou mantém o apoio a Kiev e arrisca a Terceira Guerra Mundial.
Vários países ocidentais, incluindo os EUA, a França e a Alemanha, garantiram esta terça-feira que nunca reconhecerão a anexação daqueles territórios pela Rússia. O Presidente francês, Emmanuel Macron, disse mesmo que a notícia “teria graça se não fosse tão trágica” e acusou Moscovo de orquestrar uma “paródia cínica”.
Já o Governo ucraniano avisou que a medida “destrói qualquer possibilidade de negociação”. “Os russos podem fazer o que quiserem. Isso não muda nada”, afirmou o MNE, Dmytro Kuleba, enquanto o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky diz que a medida reflete o “pânico” do Kremlin com os recentes avanços militares ucranianos no terreno.
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