quarta-feira, 6 de julho de 2022

 

Vem aí o Sete de Setembro com superdesfile militar, no limite máximo da tensão política

Bolsonaro mandou fazer o maior desfile de todos os tempos

Carlos Newton

Depois da manifestação do ano passado, quando o presidente Jair Bolsonaro conseguiu colocar um número enorme de militantes na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e na Avenida Paulista, em São Paulo, este ano chegaremos ao Sete de Setembro em clima de tensão política no limite máximo, com aumento da radicalização partidária.

Na última sexta-feira, dia 1º, o ex-presidente Lula da Silva elevou espantosamente o tom, ao atacar os banqueiros e empresários milionários, inclusive os que chegam a pagar até R$ 20 mil para participar de jantares organizados pela campanha petista.

DISSE LULA – “Esses dias fiz uma reunião com alguns banqueiros importantes. Falei: ‘Porra, vocês não pensam no povo? Não pensam na pobreza? Não pensam no povo que está nas ruas? Não pensam no povo que está sem comer? Só querem ganhar dinheiro?”, revelou Lula.

O petista disse ter certeza que os banqueiros não votam nele. E então listou ações que, em seu governo, teriam deixado lideranças do setor financeiro descontentes, citando “pobres viajarem de avião, comprarem carro e usarem perfume importado”. E depois seguiu atacando até mesmo os empresários que jantam com ele e financiam o PT, pagando até 20 mil por uma refeição.

Com Lula radicalizando a campanha, o que se pode esperar de Bolsonaro, que já é extremista pela própria natureza?  

MUITA PREOCUPAÇÃO – Nesse clima, a próxima  comemoração dos 200 anos da Independência, que deveria ser uma festa cívica, passa a ser uma preocupação tenebrosa. A pedido do presidente Jair Bolsonaro, será realizado um megadesfile em Brasília, a pretexto de realizar uma comemoração especial em razão do bicentenário da Independência. O plano é mobilizar número recorde de tropas, veículos e aeronaves militares na capital. E logo depois, a haverá a manifestação organizada para Bolsonaro falar às massas.

Como dizia Helio Fernandes, deve-se até recomendar que os cidadãos-contribuintes-eleitores não se arrisquem a levar as famílias para festejar a data. É mais prudente ficar em casa e aproveitar o feriado.

Quanto a Bolsonaro, tudo vai depender dele. A tom que ele der a seus discursos vai influenciar o comportamento das massas. Espera-se que o presidente da República tenha um mínimo de bom-senso e não contribua para provocar o caos. Mas quem pode confiar no discernimento de um homem como Bolsonaro?

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Sinceramente, a pandemia está de volta, na quarta onda, e isso deveria ser uma justificativa para não realizar o desfile. Mas os comandantes militares  preferem atender aos propósitos de Bolsonaro, que nada têm de republicanos nem de democráticos. É lamentável. Mas ainda há tempo para cancelar. (C.N.)

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