Putin visita Teerã para negociar com presidentes da Turquia e Irã
© AP Photo / Aleksei Druzhinin
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Nesta terça-feira, 19 de julho, o presidente russo, Vladimir Putin, visita o Irã, devendo se reunir com seus homólogos turco e iraniano, bem como participar de negociações trilaterais.
Em Teerã será realizada a Cúpula Trilateral de Líderes dos Estados-Garantes do processo de resolução da crise síria, entre os presidentes da Rússia, Turquia e Irã.
Conforme revelou o assessor presidencial russo, Yuri Ushakov, Putin começará sua visita com o encontro com o mandatário iraniano, Ebrahim Raisi. Em seguida, está programada uma conversa com o líder supremo da República Islâmica Ali Khamenei.
O representante do Kremlin chamou o Irã de parceiro importante da Rússia, uma vez que as relações entre os dos países são amigáveis, têm uma longa história e estão se desenvolvendo de forma muito eficaz em uma ampla gama de áreas.
Ushakov notou que Moscou e Teerã planejam levar a cooperação bilateral para um novo nível, por isso está sendo elaborado um novo acordo interestatal de parceria estratégica.
A visita também acontece em meio à discussão da restauração do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês). Os EUA afirmaram que todas as propostas já estão "na mesa", e o Irã está disposto a aceitá-las. O assessor do presidente russo comunicou, por sua parte, que a Federação da Rússia apoia o acordo nuclear na variante aprovada em 2015.
Após reuniões com representantes do Irã, o líder russo terá um encontro com o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, durante o qual eles devem discutir a Ucrânia, em particular o assunto da retirada de grãos a partir dos portos ucranianos.
Em seguida, estão agendadas as negociações trilaterais Rússia-Irã-Turquia, onde os três líderes discutirão os passos posteriores a fim de estabelecer a paz e a estabilidade na Síria. Espera-se que seja discutido um conjunto de medidas destinadas a liquidar totalmente o foco de terrorismo internacional, promover o processo de paz síria e resolver as questões humanitárias, inclusive os problemas de recuperação pós-conflito.
Após as negociações, os líderes adotarão um comunicado conjunto.
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