'A América deve sair': Erdogan exorta EUA a pararem de treinar curdos e a deixarem leste da Síria
© AP Photo / Presidência da Turquia / Handout
Após uma cúpula trilateral com os outros dois países do Formato Astana, o Irã e a Rússia, a Turquia exigiu que os EUA, seu aliado da OTAN, saíssem do leste da Síria e acabassem com o seu apoio aos grupos de milícias curdas neste país.
"América tem que sair agora do leste do Eufrates. Este é o resultado que saiu do processo de Astana”, disse Erdogan nesta quarta-feira (20) de acordo com a agência estatal Anadolu.
"A Turquia espera que isso [aconteça] porque é a América que alimenta os grupos terroristas lá", disse o líder turco referindo-se às Unidades de Proteção Popular (YPG) que constituem o núcleo das chamadas Forças Democráticas Sírias (FDS).
As FDS são apoiadas pelo Exército dos EUA no leste da Síria e constituem uma força proxy para impedir o controle da região, rica em petróleo, pelo governo sírio de Damasco.
No entanto, Washington afirma que presta assistência às FDS no âmbito da luta contra o Daesh (também conhecido como Estado Islâmico, organização proibida na Rússia e em vários outros países).
"Você vê que o pessoal americano que lá está treina membros da organização terrorista", afirmou Erdogan. "Durante esse treinamento eles agitam a bandeira do regime. Por quê? Seu trabalho é cometer um ato terrorista contra os soldados turcos lá. Eles pensam que estão enganando o Exército turco agitando a bandeira do regime lá. Não seremos enganados", concluiu.
Desde o início de 1980 que o governo turco vem combatendo o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), um grupo que Ancara classificou como organização terrorista. Por sua vez, o PKK luta pela criação de um Estado curdo independente.
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