terça-feira, 24 de maio de 2022

 

Bolsonaro não contém a índole golpista e repete suas ameaças antidemocráticas

O PREÇO DA RENDIÇÃO DO EXÉRCITO À ESTRATÉGIA GOLPISTA DE BOLSONARO – VISÃO PLURAL

Charge do Miguel Paiva (Brasil 247)

Vicente Limongi Netto

Sábado, em Curitiba, o presidente Jair Bolsonaro não se fez de rogado e novamente acenou para o golpe: “Só Deus me tira do cargo”, ameaçou solenemente. É o jogo eleitoral do mito de barro, que vive a difundir asneiras antidemocráticas para atrair mais irresponsáveis para o lado dele. Jogo sujo. A propósito, escrevi em abril, na Tribuna da Internet e redes:

“Fica cada vez mais claro, na medida em que as eleições de aproximam, que Bolsonaro pretende virar a mesa, ganhar no tapetão, caso venha a ser derrotado por Lula. Resta saber se as Forças Armadas julgam procedentes e democráticas as ameaças do atual presidente”.

BOLO DE NOIVA – Na outra ponta, a pantomima em torno do nome da senadora Simone Tebet (MDB-MS) como salvação da ansiada terceira vida é como bolo de noiva, bonito por fora, oco por dentro. A candidatura de Simone, valorizada por políticos acostumados a fracassos eleitorais, não comove nem dentro do próprio partido dela.

Pega mal para o MDB de lutas e conquistas gloriosas a existência de fortes indícios de que o nome da senadora foi ungido dentro do golpe que aparentemente tirou João Dória do jogo.

Pesquisas marotas e vídeos cor de rosa achocolatados não alavancarão a candidatura de Tebet, porque lorotas embrulhadas com clichês e argumentos rasos não atraem eleitores. Quem é realmente Simone Tebet?

TRÊS ASSUNTOS – Não brigo com fatos. Se deixarmos Simone Tebet por alguns momentos sozinha numa praça pública, não acontecerá nada. Não haverá assédio de eleitores em torno dela. Síntese da ópera bufa: Bolsonaro e Lula permanecem absolutos, na passarela eleitoral de outubro.

O segundo assunto mostra os eleitores cariocas numa enrascada dos diabos. Terão que escolher, para o senado, Romário ou Daniel Silveira. Opções medonhas. Entre o roto e o estragado. Se ficar o bicho come. Se correr o bicho pega. Resta a candidatura de Alessandro Molon, ex-petista, hoje no PSB.

Grupo de decaídos e políticos menores, do PL, de acordo com a colunista Denise Rothenburg (Correio Braziliense- 21/05) conseguiram arrancar o competente deputado Marcelo Ramos(PSD-AM), da vice-presidência da Câmara. O presidente Arthur Lira se curvou às pressões e destituiu também Marilia Arraes (Solidariedade-PE) da 2ª Secretaria, e Rose Modesto (União-MS) da 3ª Secretaria. É o jogo sujo do ano eleitoral, em que inveja e hipocrisia corroem a alma dos medíocres. 

Ciro sobe o tom contra Lula, mas o PDT mantém acordos estaduais com petistas

CIRO GOMES: “PERDI O RESPEITO POR LULA” - YouTube

Ciro faz sua campanha enquanto o PDT faz muitas outras

Natália Portinari
O Globo

A estratégia do pré-candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) de atacar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e demarcar distância do PT tem aumentado o isolamento entre ele e o restante do partido, que está aberto a alianças com petistas nos estados. A tendência é que o PDT mantenha Ciro no páreo, mas abra espaço para alianças com o partido de Lula no nível regional.

No Maranhão, por exemplo, o pré-candidato ao governo e senador Weverton Rocha (PDT) deve contar com o apoio de uma parte do PT, embora oficialmente o candidato do partido seja Carlos Brandão (PSB).

TIRANDO ESPAÇOS – Petistas estão mobilizados para formar alianças com o PDT e evitar que Ciro tenha espaço nos palanques. O presidente pedetista, Carlos Lupi, disse em entrevista ao Globo, há uma semana, que a candidatura do ex-governador e ex-ministro é irreversível, mas frisou que “cada estado tem a sua peculiaridade”.

O PDT deve ter candidatura própria em ao menos 11 estados, mas em alguns casos com nomes próximos aos petistas. Em Minas Gerais, por exemplo, o pedetista Miguel Corrêa tem um longo histórico no PT, com mais proximidade de Lula do que de Ciro.

No Rio, o partido quer lançar Rodrigo Neves, ex-prefeito de Niterói, para governador. Neves, porém, já foi do PT e, em entrevista ao Globo na semana passada, disse se incomodar com a postura de Ciro em relação ao ex-presidente.

CONTRA LULA – Os ataques do pré-candidato do PDT ao Planalto têm sido usados inclusive por aliados do presidente Jair Bolsonaro para criticar o petista.

No fim de semana, uma declaração de Ciro durante “live” com o humorista Gregório Duvivier, que é eleitor de Lula, ficou entre os assuntos mais comentados do fim de semana. A hashtag “OLulaNaoEinocenteBabaca” foi impulsionada, principalmente, por perfis bolsonaristas.

— O PDT já está rachado há algum tempo. O pessoal mais brizolista, histórico do PDT, sempre ficou mais próximo de nós. Em poucos estados o PDT tem força para lançar governador — diz o senador Paulo Rocha (PT-PA). 

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
 Sem novidades no front. Esta eleição vai ser dividida, tipo em separado, com eleitores votando no candidato a presidente de um partido e podendo escolher candidatos de outros partidos para governador, senador, deputado federal e estadual. É uma espécie de salada russa na política, com tudo misturado. (C.N.)

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