A GANGORRA DOS PRESIDENCIÁVEIS SEM VOTOS
HELIO FERNANDES -
Ia escrever dança, mas preferi gangorra, é mais compreensível. Sobe e desce de acordo com as circunstancias. Nada incisivo, elucidativo, conclusivo. Mas como será assim pelo menos até 7 de outubro, examinemos a gangorra até hoje.
Ciro Gomes e Dona Marina, subiram visivelmente.
Ele teve a coragem, o discernimento e a competência de tratar de um assunto considerado intocável: as dividas de 63 milhões de pessoas. Mas teve o bom senso de localizar: esta afirmação vale para as dividas existentes até hoje. Senão tem gente que vai começar a se "endividar". Isso não é generosidade e sim investimento. Impossível saber no momento, o total que o Ciro garante zerar.
Mas os que se julgam adversários, contestaram, perguntando logo, "de onde vem o dinheiro". É lógico que Ciro não respondeu. Mas será uma soma enorme de dinheiro, jogado na circulação. E 63 milhões de brasileiros devolvidos ao consumo obrigatório.
E o segundo fator que fez Ciro Gomes subir pessoal e eleitoralmente, e não ha dinheiro que compre ou pague. Uma foto ao lado de Caetano Veloso, e a afirmação do genial personagem: "Meu voto irá para o Ciro, que conheço desde 1988". Quem pode revelar um apoio com essa importância, gabarito, repercussão e independência?
Dona Marina também cresceu e igualmente por vários motivos. Pela seriedade, lealdade, credibilidade. O que produziu a solidariedade de 20 milhões de eleitores,que tudo indica, terão Dona Marina novamente como candidata levando-a para o segundo turno.
O outro fator, lamentável, mas ela foi provocada pelo tênue e melifluamente alfabetizado, Jair Bolsonaro. Provocada e insultada, respondeu com grandeza e bravura, humilhando-o como ninguém fez até agora, só ele mesmo, numa autodestruição. Acreditando, como dizem Acólitos, que vai certo para o segundo turno, ficou assustado, principalmente com o crescimento dela, resolveu combatê-la.
Um desastre, tripudiado, humilhado, execrado como merece. E a repercussão foi tremenda, até adversários, a favor dela, contra ele. Bolsonaro, aconselhado, tenta explicar o inexplicável, principalmente para ele.
PS- Os outros candidatos são os outros. Precisam crescer muito para alcançar os citados aqui.
PS2- Alguns podem perguntar: "E o Alckmin, que é considerado favorito?”Até pode ser, para os que levam em consideração os 5 minutos do horário eleitoral, e o apoio do centrão.
PS3- Já respondi ha tempos: 5 minutos para Lacerda e Brizola, quase a vitoria. Lembrar também os 4 segundos do Enéas, que com isso se tornou nome nacional.
PS4- E com o centrão, o "picolé de chuchu" recebeu 32 indiciados. Que ele tenta explicar, textualmente: "São 35 partidos, temos que negociar com todos, antes que os outros negociem".
HOJE, A SEGUNDA TURMA DO STF, DECIDIRÁ O DESTINO DE JOSÉ DIRCEU O FUTURO DE LULA JÁ ESTEVE EM COGITAÇÃO
No penúltimo dia antes do recesso, os 5 ministros resolveram examinar a constitucionalidade de condenações, começando por Dirceu e Lula. Ninguém estava interessado em Dirceu, condenado há 20 anos na primeira, instancia, e mais 10 na segunda. Absurdo completo, as acusações eram as mesmas. Libertaram Dirceu enquanto examinavam os processos.
Comentei no mesmo dia: "Dirceu voltará para a prisão, mas não para cumprir 30 anos".
Apesar do mês de recesso a questão já está na pauta, e deverá (ou poderá, no STJ tudo é condicional) ser julgada hoje. Se houver recurso para o plenário, Dirceu continuará em liberdade até a decisão final.
PS- A questão Lula foi soterrada, abandonada, desprezada. Um grupo de juristas e de ministros, movimentavam uma formula bastante razoável e rigorosamente constitucional.
PS2- O STF, dentro da sua competência, anularia a condenação de segunda instancia, mais carregada de irregularidades do que a primeira, assinada pelo juiz Moro.
PS3- Esse aumento da condenação foi apenas de 3 anos. Mas Lula só ficaria com uma condenação, em liberdade e candidato? Isso os poderosos que tramam a conspiração contra Lula não admitem.
PS4- Só existe uma possibilidade de Lula passar a ser elegível. Se na pesquisa que a Datafolha publicará hoje, o ex-presidente apareça com votação abaixo do quinto colocado.
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O presidente corrupto e usurpador, acompanha a movimentação da campanha eleitoral, com mais assiduidade do que muitos jornalistas. E cada vez mais angustiado, resolveu fazer cobranças dos candidatos que considerava que deveriam defendê-lo ou pelo menos citá-lo.
O primeiro a receber um telefonema: o ex-governador de SP. Surpreendido, Alckmin foi chamado, atendeu, foi cobrado. No seu estilo de anestesista de formação, não respondeu. Tergiversou, que palavra.
No mesmo dia, outro telefonema direto e cobrança quase irritada e sem devaneio: "Meirelles, vi tua longa entrevista, você falou nas tuas realizações, não disse uma vez que fosse, que o governo era meu". O ex-ministro, (irritado com os votos que o mercado garantiu e não (aparecem) fulminou: "O governo era teu, mas o candidato sou eu". E jogou o celular no chão, com violência.

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