sábado, 26 de maio de 2018

Do jeito que as coisas vão, é melhor Temer entregar logo o poder aos militares

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Charge do Sinovaldo (Jornal VS)
Carlos Newton
Michel Temer nunca foi um líder, sempre foi eleito na rabeira, como se dizia antigamente. Na última eleição que disputou, em 2006, ficou como primeiro suplente e deu a sorte de um dos deputados ser cassado logo na abertura do mandato. Depois, em 2010, virou vice-presidente de Dilma Rousseff, continuou no jogo com o repeteco de 2014 e acabou na Presidência. Fraco e corrupto, gastou todos os seus recursos para evitar a cassação e permanecer na ilusão de um poder efêmero. Dois anos depois de assumir, é hoje um morto-vivo que ronda os porões dos palácios do governo e se recusa a morar no Alvorada, porque à noite costuma fantasmas disputando espaço nos salões.
Na verdade, Temer jamais governou. Preferiu delegar poderes ao ex-tucano Henrique Meirelles e aos companheiros da cúpula do PMDB, que formavam uma quadrilha de alta periculosidade. Dois deles estão hoje na cadeia – Henrique Eduardo Alves e Geddel Vieira Filho – e os outros respondem a processos e inquéritos. Romero Jucá teve de se afastar do Ministério, Renan Calheiros virou oposicionista e só restaram Eliseu Padilha e Moreira Franco. O último a sair que apague a luz.  
PATO MANCO – Não há dúvida de que Temer está sofrendo a chamada Síndrome do Pato Manco (“Lame Duck”), uma expressão muito usada na política americana, para caracterizar o final de governo de presidentes que não podem ser candidatos à reeleição.  São governantes que ficam sem poder algum e se limitam a aguardar o final do mandato, que será uma tragédia no caso de Temer, porque significa cadeia na certa.
Temer enfrentou os patos gigantescos da Avenida Paulista e até tentou a reeleição, com apoio entusiasmado de Padilha, Moreira e demais membros da quadrilha, mas a sucessão dos fatos veio a demonstrar que é uma possibilidade zero, não adianta sonhar com o impossível, embora o último casamento de Temer até indique que ele é bom nisso. 
A VEZ DE MEIRELLES – Ninguém pode confiar no que Temer fala. Por isso, ainda não se tem certeza se ele realmente desistiu da candidatura e cedeu a vez a Henrique Meirelles, ou se é mais uma jogada para sair candidato e colocar Meirelles de vice, no desespero de reforçar a chapa.
O pior é que o pato manco deu uma tremenda mancada, ao desprezar a gravidade da greve dos caminhoneiros, deixando Padilha e Moreira se virando no Planalto na quinta-feira, enquanto ele passeava no interior do Estado do Rio.
Somente no dia seguinte é que a ficha caiu e Temer mais uma vez decidiu recorrer às Forças Armadas. Desse jeito, seria melhor que o pato manco entregasse logo o governo aos militares, colocando um general na Casa Civil, para segurar a onda até o final do mandato.
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P.S. – A partir de 1º de janeiro, sem a cobertura do foro privilegiado, o pato manco começará a se depenado pela força-tarefa da Lava Jato, que já montou um dossiê enorme sobre ele e só aguarda o momento certo para fritá-lo ao molho do tucupi, com sabor amazônico(C.N.)   

Prioridade de atuação dos militares são refinarias e aeroportos, diz o ministro

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Maior preocupação militar é garantir o abastecimento
Guilherme Mazui e Alessandra ModzeleskiG1, Brasília
O ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, afirmou nesta sexta-feira (25) que a prioridade das Forças Armadas nas ações relacionadas à greve dos caminhoneiros serão as refinarias e os aeroportos. Silva e Luna deu a informação após o presidente Michel Temer assinar um decreto em que autoriza o emprego de militares se houver perturbação da ordem pública, a chamada Garantia da Lei e da Ordem (GLO). A greve dos caminhoneiros chegou ao 5º dia nesta sexta-feira. A categoria protesta em todo o país contra o aumento no preço do diesel.
“Nós estabelecemos uma série de prioridades, e a principal preocupação tem a ver com as refinarias, para a partir de lá poder abastecer”, afirmou Silva e Luna. “São 11 aeroportos que estão nossa lista como prioritários, aí entra Recife, Salvador, Brasília”, acrescentou o ministro.
CONSEQUÊNCIAS – Com a paralisação dos caminhoneiros, tem faltado gasolina nos postos de todo o país, diversos produtos não estão chegando aos supermercados e acabou o querosene para aviões em vários aeroportos.
Mais cedo, nesta sexta-feira, o presidente Michel Temer acionou as Forças Armadas para desbloquear as vias interditadas pelos caminhoneiros. E o ministro Joaquim Silva e Luna, por sua vez, informou que a ação dos militares será “enérgica” e “rápida”.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, já autorizou o uso de forças de segurança pública para desobstruir as vias. Diante disso, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) divulgou um comunicado no qual pediu à categoria que desbloqueie as estradas interditadas.
PROPOSTA DE ACORDO – Após uma reunião de mais de sete horas no Palácio do Planalto, nesta quinta (25), governo e representantes dos caminhoneiros anunciaram uma proposta de acordo para suspender a paralisação da categoria por 15 dias.
O governo propôs, entre outros pontos, manter a redução de 10% do diesel nas refinaria e reajustar o preço do combustível com periodicidade mínima de 30 dias.
Essa operação, de acordo com o Ministério da Fazenda, custará à União R$ 4,9 bilhões até o fim deste ano. O valor deverá ser repassado à Petrobras a título de compensação.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Era só o que faltava, diria o Barão de Itararé. A Petrobras causa o problema e quem paga a conta é o cidadão-contribuinte-eleitor, como diz Helio Fernandes. (C.N.)  

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