domingo, 17 de dezembro de 2017

Líder norte coreano, Kim Jong-un, observa treinamento militar (a foto sem data foi divulgada pela agência de notícias central da Coreia do Norte em 11 de dezembro de 2016)

Arma do regime: mais uma razão para temer a Coreia do Norte

© REUTERS/ KCNA
ÁSIA E OCEANIA
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No caso de uma confrontação militar entre os EUA e a Coreia do Norte, a capacidade de Pyongyang de se envolver em uma guerra cibernética pode virar uma das suas vantagens principais, afirma a autora de um artigo no jornal Ottawa Citizen.
O regime, que aproveita qualquer oportunidade para se gabar de capacidades militares das quais ainda não dispõe, conseguiu complementar as suas legiões leais ao líder com um exército de 6 mil hackers.
Shannon Gormley afirma no seu artigo no Ottawa Citizen que tudo começou com o pai de Kim Jong-un, Kim Jong-il, que foi primeiro a intuir que não é bastante ter armas nucleares para preservar o regime. Após isso, os melhores estudantes norte-coreanos começaram a passar cursos de formação em informática na China.
Inicialmente eles não preocupavam ninguém. Mas, já em 2014, de acordo com a autora, os hackers obtiveram uma grande quantidade de dados pessoais de empregados da Sony
Bitcoin
© REUTERS/ BENOIT TESSIER/FILE PHOTO
Mais recentemente, eles começaram a efetuar pequenos roubos, ameaçando apagar os dados pessoais de pessoas se estas não pagassem um determinado valor, por exemplo, $300 em Bitcoin, mas também organizaram um ataque à Reserva Federal dos EUA em 2016, segundo anunciou o The New York Times, tendo conseguido roubar 81 milhões de dólares. 
Estima-se que os hackers agora roubem milhões de dólares anualmente para o regime. Mas o problema não é o dinheiro.
De acordo com a autora, o regime pode desligar redes sociais, bem como infiltrar sistemas financeiros. Nesta primavera, a Grã-Bretanha entrou em pânico após os seus sistemas informáticos hospitalares terem sido desativados. O governo britânico acha que foram os hackers norte-coreanos que testaram as suas capacidades de paralisar elementos vitais da infraestrutura do país. 
Segundo Gormley parece que o regime está reforçando as suas capacidades cibernéticas paralelamente com o reforço nuclear, recebendo ajuda do estrangeiro, supostamente do Irã. 
O problema aqui é que os países ocidentais não podem monitorar os hackers norte-coreanos ou penetrar a rede norte-coreana, porque está praticamente desligada da rede global, o que protege o regime.  
Shannon Gormley chega à conclusão que a ameaça nuclear da Coreia do Norte pode ser algo terrível, mas que a ameaça cibernética não é menor. Os países ocidentais não podem conter nenhuma delas.

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