domingo, 21 de dezembro de 2025

 

Sem carisma e sem Centrão: Flávio Bolsonaro não conseguirá empolgar a direita

Flávio não conseguiria transferência automática de votos

Deu na CNN

Uma pesquisa Genial/Quaest divulgada na última terça-feira (16) mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria o senador Flávio Bolsonaro (PL) e os governadores Ratinho Jr. (PSD), do Paraná, e Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, em ambos os turnos de uma eventual eleição presidencial em 2026.

Segundo o analista Pedro Venceslau, no CNN 360°, os resultados indicam que o filho do ex-presidente não conseguiria transferência automática de votos, por falta de carisma e de apoio do Centrão. O levantamento foi realizado entre 11 e 14 de dezembro, período que já captou o anúncio de Flávio Bolsonaro como possível representante do bolsonarismo na próxima corrida eleitoral.

REJEIÇÃO – “Provavelmente o Flávio Bolsonaro já começa batendo no teto e tem uma rejeição imensa, carrega toda a rejeição ao Bolsonaro, ao bolsonarismo, sem ter o carisma do pai para enfrentar uma candidatura presidencial”, avaliou Venceslau.

O analista comparou a situação com o que ocorreu em 2018, quando Lula estava preso e transferiu seus votos para Fernando Haddad. No entanto, ressaltou que as circunstâncias são diferentes, pois naquela época Lula tinha domínio completo sobre o campo da esquerda, sem adversários no horizonte, o que facilitou a transferência de votos.

DESVANTAGEM –  Além da falta de carisma, outro fator que prejudica as chances de Flávio Bolsonaro é a ausência de apoio do Centrão. “Não tem o carisma do pai e também não tem as conexões do pai e não tem o apoio do Centrão. Porque o Centrão sabe observar os ventos. O Centrão é muito sensível à chamada expectativa de poder”, explicou Venceslau.

De acordo com o analista, o governador Tarcísio de Freitas seria visto pelo Centrão como uma opção mais viável para representar a oposição em 2026. Com menor rejeição que qualquer membro da família Bolsonaro e sem casos de corrupção em seu histórico, Tarcísio poderia crescer nas pesquisas com tempo de exposição, estrutura eleitoral e tempo de TV proporcionados pelo Centrão.

“Na leitura do Centrão, apesar de todas as pesquisas, quem tem a expectativa de poder na oposição é o Tarcísio de Freitas”, afirmou o analista. Ele destacou que Tarcísio já contaria com o maior colégio eleitoral do país (São Paulo) e não possui “telhado de vidro” que possa ser usado como munição contra ele em uma campanha presidencial.

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