sábado, 20 de abril de 2024

G- 1

 

Por Artur Alvarez, Kayan Albertin, Bárbara Miranda, Luisa Rivas, Guilherme Luiz Pinheiro, Wagner Magalhães, Ana Moscatelli, Dhara Assis, Bianca Batista, Juan Silva, g1

 

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Entenda a linha do tempo da escalada de tensões entre Irã e Israel

O ataque, atribuído a Israel por um oficial americano ouvido pelo "New York Times", atingiu uma base militar na cidade de Isfahan, que tem instalações nucleares, porém não causou grandes estragos.

Os dois países vivem em uma escalada de tensões sem precedentes desde que o consulado iraniano na Síria foi atacado, em 1 de abril, matando o chefe da Guarda Revolucionária, braço mais poderoso do Exército e após a Revolução de Islâmica de 1979 no Irã. Veja aqui a cronologia da crise.

Como Israel e Irã não dividem fronteira, um eventual conflito aberto entre os países poderia acontecer pelo ar, com o uso de jatos, caças e outras aeronaves e o lançamento de mísseis. O bombardeio realizado pelo Irã no sábado (13) é um exemplo.

g1 preparou um infográfico que descreve e detalha os principais mísseis e caças que Israel e Irã possuem, além de outros números militares dos dois países, segundo levantamento feito pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês) em fevereiro de 2024.

O professor de Relações Internacionais e pesquisador Vitelio Brustolin também deu detalhes sobre os arsenais dos dois países (Veja mais abaixo)

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Foto: Arte g1

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Foto: Arte g1

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Foto: Arte g1

As diferenças entre os arsenais

O professor de Relações Internacionais da UFF e pesquisador de Harvard Vitelio Brustolin disse ao g1 que os arsenais aéreos de Israel e Irã tem algumas diferenças: enquanto Israel possui mais tecnologia, Irã tem uma quantidade maior de equipamentos.

Segundo Brustolin, os caças de Israel são melhores e mais novos que os do Irã. O país governado por Benjamin Netanyahu tem aeronaves de última geração importadas dos Estados Unidos, seu maior aliado. Em contrapartida, o Irã é o segundo país mais sancionado do mundo, atrás apenas da Rússia --que invadiu a Ucrânia em 2022 e está em guerra desde então.

Enquanto Israel tem caças de última geração, como o F-35, a frota do Irã é composta por jatos mais antigos ou obsoletos, de modelos F mais antigos e caças da União Soviética, nos modelos SU-22 e SU-24. A Força Aérea israelense tem 39 caças F-35 e foi o primeiro país do mundo a operar esse modelo, fabricado pelos EUA.

"Israel controla os céus do Oriente Médio desde a Guerra dos Seis Dias [conflito entre Israel e países árabes em 1967]. O país não tem profundidade territorial, então precisa ter uma estratégia em caso de ataque iminente, e a aviação é muito importante para isso", afirmou Brustolin.

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Entretanto, o Irã é uma potência militar no Oriente Médio: tem o segundo maior efetivo militar da região, com 610 mil militares na ativa, orçamento militar anual de US$ 44 bilhões (R$ 232,6 bilhões) em 2022, mísseis poderosos -- como o Sejil e o Kheibar -- e 13 vezes mais veículos de artilharia e lançadores de mísseis que Israel, segundo o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês).

Veículos de artilharia, lançadores de mísseis, navios e jatos podem carregar e lançar os mísseis de que Israel e Irã dispõem, aumentando o alcance.

Ainda segundo o IISS, Israel tem um orçamento militar anual de US$ 19,4 bilhões (R$ 102,5 bilhões) em 2022 e efetivo de 169,5 mil militares na ativa e 465 mil reservistas. O Irã tem 350 mil reservistas.

Ainda segundo Vitelio Brustolin, "não há nem comparação" entre os sistemas de defesa aéreo de Israel e Irã. As defesas israelenses são mais avançadas, com os sistemas Seta, Domo de Ferro e Viga de Ferro. Já as iranianas são compostas principalmente de sistemas S300, de médio e curto alcance.

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