Zanin vira escada para Alcolumbre presidir Senado
O entorno de Davi Alcolumbre (União-AP) tem certeza de que a votação a jato de Cristiano Zanin, amigo e advogado pessoal de Lula (PT), para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) passa pelo plano do senador de voltar a comandar o Senado. A coluna ouviu dois parlamentares próximos a Alcolumbre que dizem que até a escolha de Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PA) tem motivo claro: prestigiar o vice-presidente do Senado e poder barganhar a disputa pelo comando da Casa.
Não esqueceu
Alcolumbre está de olho na Presidência do Senado desde a eleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), acabou levando a poderosa CCJ.
Fatura vem depois
A pressa para votar, sem constranger Zanin, como ocorreu com o agora ministro André Mendonça (STF), vale pontos (caros) com PT e governo.
Empenho
O senador trabalha ativamente por Zanin, já teve jantares com Pacheco, Gilmar Mendes (STF) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais).
Tentáculos
Alcolumbre também age na Câmara. O senador atua para esfriar a tensão entre Arthur Lira e Lula. A fatura da “ajuda” é dada como certa.
Aécio tenta retomar mandato majoritário em 2026
O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) tem feito movimentos discretos para viabilizar uma candidatura majoritária, em 2026, após ter ficado livre de acusações de corrupção. Planeja disputar o governo de Minas Gerais. Nenhuma decisão será tomada sem antes saber quem o bem avaliado governador mineiro Romeu Zema (Novo), reeleito em primeiro turno, vai apoiar. Há, inclusive, sonho tucano que seja Aécio. O plano B do neto de Tancredo Neves é disputar vaga no Senado.
Imbróglio
Eventual candidatura de Aécio precisa ainda esperar o desfecho definitivo sobre federação futura do PSDB, Podemos e Cidadania
Conterrâneo
Aécio não descarta nem o apoio de Rodrigo Pacheco (PSD), inclusive, soltou nota de apoio ao senador na disputa pela Presidência do Senado.
Vale tudo
O apoio de Aécio contrariou o próprio PSDB, liderado por Izalci Lucas (DF) no Senado, que preferiu apoiar Rogério Marinho (PL-RN).
Poder sem Pudor
Barão na CPI
Ao inquirir o empresário Antônio Velasco, na CPI dos Correios que investigava o escândalo de ladroagem do Mensalão, no primeiro governo Lula, o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) descontraiu o ambiente sisudo ao lembrar a célebre frase do Barão de Itararé: “Negociata é aquele bom negócio para o qual não fomos convidados.” Cardozo não foi convidado, mas a maioria dos seus correligionários...
Vergonha incorporada
A Assembleia Legislativa de Pernambuco não atualiza a transparência. Menos da metade dos 49 deputados têm dados disponíveis. Mesmo assim, dá para ter noção do quanto gastaram: R$2,8 milhões em “verba indenizatória”, vergonha criada na Câmara e incorporada pela Alepe.
Dados oficiais
O Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do INPE, aponta que o Pará, escolhido por Lula (PT) para sediar a COP30, conferência do clima da ONU, é o lar do maior número de avisos de desmatamentos neste momento, mais de um terço do total na Amazônia.
Montadoras faturam
Até o fim da semana, o programa de Lula para “carros populares” que custam de R$60 mil a R$120 mil, conseguiu gastar cerca de 35% dos R$500 milhões dedicados a quebrar o galho das montadoras amigas.
Vidas importam
Enquanto manchetes se dedicam a superfaturar os acontecimentos de 8 de janeiro, a polícia do Rio de Janeiro investiga as execuções de três pessoas, em menos de uma semana, na capital fluminense.
Frase do dia
“Não era exatamente uma pessoa que tivesse a dimensão política.”
Eduardo Paes avalia o desempenho de Dilma Rousseff nos protestos que terminaram no impeachment
Foi o BC, mané
Tem gente apontado sinais de redução de ritmo da inflação como “obra do governo”. Mas preciso reconhecer que o remédio amargo dos juros elevados do Banco Central é que derruba a inflação. Infelizmente.
Rápido no gatilho
Mal foi criada semana passada e a nova CPI das ONGs, no Senado, já tem requerimento para a convocação da ministra Marina Silva (Meio Ambiente) explicar a atuação dessas organizações na Amazônia.
Promessa é dívida
Será na quinta (22) reunião conjunta de três comissões do Senado para ouvir o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, sobre a nova política de preços de combustíveis, que ele insiste que “não terão volatilidade”.
Dragão
A inflação na Argentina bateu 114%/ano em maio. O país é governado por Alberto Fernández, amigão de Lula, que chega ao Brasil no fim do mês para o Foro de S.Paulo, de olho na grana do Banco dos BRICS.
Pensando bem...
...desmatar áreas recordes da Amazônia rende sede para conferência do clima.
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