sábado, 17 de junho de 2023

 

Lavrov: se F-16 voarem sobre a Ucrânia e criarem ameaça à Rússia, haverá resposta técnico-militar

Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, durante uma coletiva de imprensa após as conversas em Nairóbi. - Sputnik Brasil, 1920, 16.06.2023
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Em entrevista à RT no Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPEIF, na sigla em inglês), o ministro das Relações Exteriores da Rússia comentou a situação relativamente à Ucrânia.
A Rússia, como parte integrante do Conselho de Segurança das Nações Unidas, cujos Estados-membros possuem armas nucleares, expressou um forte protesto aos EUA sobre os planos de fornecer à Ucrânia caças F-16, capazes de transportar cargas nucleares, disse na sexta-feira (16) Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia.

"Agora se fala em F-16, que podem de fato ser equipados para transportar armas nucleares, já dissemos isso publicamente. Além disso, dentro da estrutura dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, existe um tal 'quinteto nuclear', onde especialistas se reúnem periodicamente. Expressamos lá um protesto muito sério nesse sentido", contou Lavrov em uma entrevista à RT.

"Os norte-americanos tentaram negar e dizer 'vocês realmente acham que daremos à Ucrânia aviões que transportarão armas nucleares'. E nós lhes respondemos que nem sequer pensamos nisso. Nossos sistemas que monitorarão esses aviões não serão capazes de distinguir uma aeronave que não esteja equipada com armas nucleares de uma que carregue armas nucleares", advertiu Lavrov à margem do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPEIF, na sigla em inglês).
Segundo o chanceler russo, "a resposta depende dos militares, eles sabem o que fazer. O F-16 é um produto técnico-militar, portanto, se percebermos que esses aviões sobrevoaram a Ucrânia e representam uma ameaça para nós, é claro que também haverá uma resposta técnico-militar".
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Panorama internacional
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O ministro das Relações Exteriores da Rússia deixou claro que ela será obrigada a garantir sua própria segurança.
Ele disse que "a própria guerra desencadeada contra nós é uma guerra geopolítica". Para ele, "o desfecho dessa situação só pode ser em vista do fato de que se trata de um conflito geopolítico", então resolvê-lo significará, entre outras coisas, "a necessidade de resolver o problema das garantias de segurança".
"Não estaremos prontos para criar essas garantias com base em mais uma promessa ou mesmo em alguns documentos que o Ocidente possa oferecer. Nós mesmos devemos garantir nossa própria segurança", sublinhou Sergei Lavrov.
Ele também se pronunciou sobre a pressão dos países ocidentais contra os Estados do golfo Pérsico sobre a Rússia.
"Há pressão, mas o fato de que praticamente nenhum Estado da maioria mundial do Sul Global aderiu às sanções mostra que as tentativas de pressão não estão funcionando", respondeu Lavrov a uma pergunta se ele notava exemplos de pressão dos EUA e do Ocidente sobre os países do golfo Pérsico quanto à questão.
O SPEIF decorre de quarta-feira (14) a sábado (17).1

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