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Sob o signo da Liberdade
Reaproximação entre Moro e Bolsonaro pode ser decisiva e provocar a derrota de Lula
Gustavo Zucchi
Metrópoles
O excelente repórter Gustavo Zucchi, do portal Metrópoles, divulga uma informação importante, aos noticiar que lideranças petistas avaliam, nos bastidores, que a reaproximação entre o ex-juiz Sergio Moro e o presidente Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições deste ano será benéfica para Lula da Silva. Na visão desses integrantes da cúpula do PT, o retorno da aliança Moro-Bolsonaro ajudará a campanha petista a reforçar o discurso de que Lula foi alvo de uma “perseguição política” durante a Lava Jato.
Diz o jornalista que a ideia é usar o fato para reafirmar que Moro, responsável por condenar o ex-presidente durante a operação, sempre foi “parcial” e atuou como juiz para tentar tirar Lula da disputa eleitoral com Bolsonaro.
REAPROXIMAÇÃO – Moro teve suas sentenças contra Lula anuladas pelo Supremo porque os julgamentos foram realizados em Curitiba e não em Brasília, que na época do escândalo da corrupção na Petrobras era o local da residência de Lula como presidente.
O ex-juiz e Bolsonaro estavam rompidos desde abril de 2020, quando Moro deixou o Ministério da Justiça acusando o presidente de interferir na Polícia Federal para tentar proteger os filhos.
A reaproximação entre o presidente e seu ex-ministro ocorreu pouco antes do debate da TV Band na noite de domingo quando o ex-juiz apareceu como integrante da comitiva de Bolsonaro, a convite do ministro das Comunicações, Fabio Faria, e do ex-secretário de Comunicação Social do Planalto, Fábio Wajngarten, que o convenceram a apoiar Bolsonaro para evitar a volta de Lula ao poder.
ANÁLISE ERRADÍSSIMA – Revelada pelo repórter Gustavo Zucchi, está completamente equivocada essa análise de lideranças petistas, que entendem como benéfica à eleição de Lula a reaproximação entre Moro e Bolsonaro.
Vai acontecer exatamente o contrário e ocorreu na hora certa, a duas semanas da eleição, na reta final. Os petistas já estão até atacando Moro desesperadamente, para prejudicar a imagem dele, mas não conseguirão atingi-lo. Moro teve quase dois milhões de votos, no Paraná, apoiado por 33,5% dos eleitores. Sua mulher, Rosângela, sem fazer campanha, conseguiu em São Paulo 217 mil votos.
O fato concreto é que Moro tem admiradores em todo o pais. Quando lançou-se candidato, apareceu logo com 10% dos votos, que na época equivaleriam a mais de 15% dos votos válidos, eliminando-se indecisos, brancos e nulos.
ELEITORES/SEGUIDORES – Esses milhões de eleitores de Moro fazem parte da maioria silenciosa que costumamos citar aqui na Tribuna, integrada por quem não aceita Lula nem Bolsonaro. Não são simplesmente eleitores do ex-juiz, podem até ser considerados seus seguidores, porque o consideram defensor do interesse público.
Esse apoio de Moro a Bolsonaro é o fato mais importante dessa campanha, desde que a candidatura do ex-juiz foi negada naquela armação feita por Luciano Bivar, presidente do União Brasil, para tirá-lo da disputa presidencial.
Anotem aí, posso estar errado, é claro, porque Lula ainda está no páreo e tem condições de vencer. Mas acredito que o apoio de Moro pode fazer Bolsonaro ultrapassar Lula nos momentos finais da carreira.
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P.S. – Anotem aí. O ex-juiz Sérgio Moro está aprendendo a fazer política e será candidato a presidente em 2026, quando Lula já estiver fora da disputa. E vai ser muito difícil que os petistas e bolsonaristas possam lançar algum candidato em condições de enfrentar Moro. (C.N.)
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