Observadores estrangeiros dizem que o sistema eleitoral brasileiro é muito seguro
Deu em O Tempo
O grupo de observadores estrangeiros que vieram ao Brasil em função das eleições de 2 de outubro elogiou o sistema brasleiro, em especial a eficácia e segurança, respaldando o resultado apresentado na apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A Missão de Observação Eleitoral (MOE) da Rede dos Órgãos Jurisdicionais e de Administração Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (ROJAE-CPLP) divulgou uma declaração preliminar na manhã desta segunda-feira (3), em Brasília.
PROCESSO SEGURO – Segundo o documento, apresentado pelo porta-voz da missão, João Almeida, o uso de meios eletrônicos de votação, nas condições observadas, e submetidos a um processo de validação publicamente conhecido, revelou-se “segura, confiável e expedita e não suscitou reclamações”.
O texto destaca que não foram observados procedimentos que pudessem questionar a transparência e a verdade da votação.
Na declaração, a missão destacou ainda a forma pacífica e ordeira como aconteceu a votação e a observância generalizada dos procedimentos legais, e devido a tal fato, parabenizou o povo brasileiro e, em especial, as autoridades, instituições e cidadãos com intervenção no processo.
JÁ ERA ESPERADO – “O povo brasileiro é pacífico e não esperávamos nada diferente disso”, ressaltou o porta-voz durante entrevista coletiva, da qual participou também o presidente da missão, João Damião, integrante da Comissão Nacional Eleitoral de Angola.
A missão destaca também a possibilidade dada aos eleitores com deficiência ou que apresentam dificuldades especiais para votarem em seções especiais, desde que solicitado anteriormente. O documento ressalta também a preferência dada na votação a esses eleitores e, sempre que solicitado, prestado o auxílio adequado.
Os representantes estrangeiros observaram cerca de 50 mesas receptoras de voto, nas quais estavam registrados aproximadamente 12.500 eleitores. O documento cita que, em algumas das seções eleitorais observadas, notou a presença de fiscais dos principais partidos no momento da emissão da zerésima e no encerramento da votação.
PARTICIPANTES – A missão era composta por 14 observadoras e observadores, presidentes, membros e técnicos dos órgãos de administração eleitoral dos seguintes países da CPLP: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e Timor-Leste.
Os trabalhos da MOE no Brasil foram iniciados formalmente em 28 de setembro, com a chegada da quase totalidade dos observadores, e concluídos neste domingo (2), com o término do primeiro turno.
Nesse período, os observadores da missão participaram do Programa de Recepção aos Convidados Internacionais, no qual tiveram oportunidade de ouvir e debater matérias essenciais ao desenvolvimento do processo eleitoral.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Esta missão é ridícula e seus resultados se mostram mais ridículos ainda. Foi uma péssima ideia do então presidente do TSE, Edson Fachin, que fez questão de patrocinar esse turismo cinco estrelas, com tudo grátis. É lamentável esse procedimento administrativo esbanjador de recursos públicos. (C.N.)
Bolsonaro chega forte ao segundo turno contra Lula, eis uma manchete que disse tudo
Vicente Limongi Netto
As urnas consagraram os eleitos. Falaram pelos brasileiros. Manchete do Correio Braziliense (03/10) é clara e perfeita: “Bolsonaro chega forte ao segundo turno contra Lula”. Segundo turno é outro jogo. Conversas serão aprofundadas. Todo voto passa a ser valioso. Lula ficou atordoado com a expressiva votação de Bolsonaro.
Oba-oba em política é para amadores. Lula dormiu triunfante e acordou consciente que é ” melhor cair das nuvens do que do décimo andar”, diria Machado de Assis.
CANDIDATO FORTE – Os resultados das urnas, parciais ou definitivos mostram que Bolsonaro, com todos os rompantes e grosserias, é adversário político que precisa ser respeitado. Por muitas eleições ainda veremos as digitais de Bolsonaro, que diminuiu e neutralizou o ódio de parte da mídia e dos institutos de pesquisas. Tirou da cartola e elegeu inacreditáveis monstros diluvianos para senadores e deputados federais.
No âmbito regional, por sua vez, o senador Renan Calheiros é o exemplo mais expressivo de político vitorioso. Mostrou ser forte em suas origens. Tirou 4 meses de licença no Senado e foi para Alagoas comandar a eleição do filho, para senador. Também elegerá o candidato Paulo Dantas para governador e contribuiu para a vitória de Lula no estado.
TUDO EM FAMÍLIA – Renildo e Remi, irmãos de Renan, foram eleitos para deputado federal – um em Pernambuco, o outro em Alagoas. O sobrinho Olavo Neto é prefeito de Murici e a bancada estadual do MDB agora terá 14 deputados.
Renan é do ramo. Como senador, ex-ministro da Justiça e quatro vezes presidente do Senado e do Congresso Nacional, permanece vigilante aliado da governabilidade. Transita com competência em todas as esferas políticas.
New York Times destaca erro das pesquisas e reconhece que “Bolsonaro estava certo”
Deu na Gazeta do Povo
Os principais jornais do planeta deram bastante destaque para as eleições brasileiras realizadas neste domingo, dia 02. Foram manchete dos jornais argentinos Clarin e La Nacion e dos franceses Le Monde e Le Figaro. O americano New York Times e os argentinos La Nacion e Clarin apontaram os erros das pesquisas eleitorais em relação à votação, que levou Lula e Bolsonaro ao segundo turno.
O jornal americano chegou a afirmar que “ficou claro que ele estava certo”, se referindo às críticas que o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, fez aos institutos.
CONTRADIÇÃO – O jornal The New York Times disse que as pesquisas e os analistas indicavam que Bolsonaro estava acabado, mas surpreendeu no primeiro turno. Por isso, apesar do resultado numérico, foi ele quem teve uma noite melhor.
Para o jornal, em se tratando da insistência de Bolsonaro que as pesquisas estavam erradas ao mostrar Lula na dianteira, “ficou claro que ele estava certo”. Os analistas subestimaram “a força de candidatos conservadores em todo o país”. Enquanto isso, Lula está tentando realizar um “espantoso renascimento político que há poucos anos parecia impensável”.
Para o jornal The Washington Post, o segundo turno com Lula e Bolsonaro representa a oposição entre “populistas de polos opostos do espectro político”, dois gigantes políticos que compartilham uma profunda inimizade pessoal e prometem o apocalipse caso o outro ganhe. Lula se fia em uma campanha de nostalgia da classe trabalhadora, enquanto Bolsonaro “atacou as instituições cívicas do país” e fez uma campanha de “terra arrasada”.
LÍDER DA ESQUERDA – Wall Street Journal –O Wall Street Journal descreveu Lula como um “porta-bandeira da esquerda latino-americana que é muito popular entre os pobres apesar de ter sido preso após condenação por corrupção em 2018”, e também destacou que Bolsonaro se saiu bem melhor do que o previsto nas principais pesquisas.
A cobertura do USA Today caracterizou o governo Bolsonaro como marcado por “discurso incendiário”, pelo teste das instituições democráticas e pelo manejo da pandemia de Covid-19, alvo de muitas críticas, além do desmatamento na Amazônia.
Para o jornal, ele teve sucesso em construir uma base conservadora dedicada. Já Lula tem como desafio se afastar da memória de estar à frente de um governo “envolvido em vastos escândalos de corrupção em que políticos e empresários estiveram emaranhados”.
VIOLÊNCIA E MEDO – A CNN americana alegou que as eleições brasileiras foram marcadas por “violência e medo” mas há bons motivos para duvidar dessa caracterização.
Na Argentina, o Clarín, principal jornal do país vizinho, elegeu os institutos de pesquisa como os “principais derrotados” das eleições, por “seus erros”.
“Um desdobramento notável das eleições brasileiras é o notório fracasso dos principais institutos de pesquisas brasileiros que, de maneira homogênea, previam uma vitória certa e consistente do ex-presidente Lula da Silva” escreve o jornalista Marcelo Cantelmi, que acrescentou:
ERROS DAS PESQUISAS – “Horas antes da eleição, duas dessas empresas, o prestigiado Datafolha e seu concorrente IPEC, avaliaram que o líder petista praticamente venceria no primeiro turno, reunindo 50/51% das intenções de voto.” Ele ainda criticou: “O problema é que nenhuma dessas empresas esclareceu essas deficiências.”
La Nacion, concorrente do Clarin, também destacou a diferença entre a votação final e o que foi previsto pelos institutos de pesquisas: “Jair Bolsonaro chegou a 43,7%, bem acima do que as pesquisas antecipavam, e que chegará com aspirações renovadas para o segundo turno, em 30 de outubro.” Em outra reportagem sobre as falhas dos institutos de pesquisa, o jornal destacou: “(…) uma diferença de mais de quatro pontos, muito longe dos 14 projetados pelas últimas pesquisas”
EX-ENGRAXATE – O jornal The Guardian, do Reino Unido, que tem viés esquerdista, relembrou o passado de “engraxate” de Luiz Inácio Lula da Silva em reportagem com o título: “Luiz Inácio Lula da Silva: o ex-engraxate na esperança de reconquistar a presidência do Brasil”, sem deixar de destacar que o “o primeiro presidente da classe trabalhadora do país busca retornar ao poder após escândalos de corrupção e prisão”.
Na França, o Le Monde deu bastante destaque para as eleições brasileiras: a disputa entre Bolsonaro e Lula é a manchete da edição online do jornal com tendências à esquerda, que falou em “desinformação e ataques ao sistema eleitoral”.
O jornal também publicou um perfil sobre a primeira-dama Michelle Bolsonaro com o título: “da favela ao palácio presidencial”.
LE FIGARO – Também o francês Le Figaro colocou as eleições brasileiras como principal assunto de seu site, destacando apenas a virada de Lula durante a apuração. O jornal trouxe uma reportagem sobre a votação em Paris, onde Lula teve maioria.
Na Alemanha, o Deustche Welle, com edição em português do serviço de notícias alemão, também chamou atenção para a disparidade entre o resultado da votação e o previsto pelos institutos de pesquisa. “Pesquisas vinham apontando primeira posição do petista e possibilidade de vitória já na primeira rodada.”
Em artigo, destacou a vitória de Sergio Moro ao senado, que lhe garantiu “sobrevida política”.
Bolsonaro ootimista sobre o segundo turno: “Nunca perdi uma eleição e não será agora…”
Vinicius Prates
Estado de Minas
O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, foi às redes sociais comentar o resultado do primeiro turno. Em seu Twitter, Bolsonaro demonstrou confiança para o segundo turno, que disputa contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia 30 de outubro. O presidente disse que nunca perdeu uma eleição na sua trajetória política e acredita que não será agora que irá perder.
“Sabemos do tamanho da nossa responsabilidade e dos desafios que vamos enfrentar. Mas sabemos onde queremos chegar e como chegaremos lá. Pela graça de Deus, nunca perdi uma eleição e sei que não será agora, quando a liberdade do Brasil inteiro depende de nós, que iremos perder”, escreveu o presidente Jair Bolsonaro no Twitter.
MAIOR PRIORIDADE – Bolsonaro também comentou seu desempenho nas eleições e destacou o avanço das bancadas na Câmara e no Senado que, segundo o presidente, era a “maior prioridade” no momento.
O avanço se dá em meio a um projeto bolsonarista de construir uma base aliada mais forte no Senado, que barrou alguns dos principais projetos do Executivo nos últimos quatro anos.
“Elegemos governadores no primeiro turno em 8 estados e elegeremos nossos aliados em outros 8 estados neste segundo turno. Esta é a maior vitória dos patriotas na história do Brasil: 60% do território brasileiro será governado por quem defende nossos valores e luta por um país mais livre”, escreveu Jair Bolsonaro.
PESQUISAS FRAUDADAS – O presidente também voltou a atacar os institutos de pesquisas. “Muita gente se deixou levar pelas mentiras propagadas pelos institutos de pesquisas, que saíram do primeiro turno completamente desmoralizados. Erraram todas as previsões e já são os maiores derrotados desta eleição. Vencemos essa mentira e agora vamos vencer a eleição!”, pontuou.
“Esta disputa não decidirá apenas quem assumirá um cargo nos próximos quatro anos. Esta disputa decidirá nossa identidade, nossos valores e a forma como seremos vistos pelo mundo e pelo próprio Deus. Lutemos pela liberdade, pela honestidade, por nossos filhos e pelo Brasil”, pontuou o presidente.
Após ser eleita, Rosângela Moro devolve provocação de lulista que foi derrotado
Deu na Folha
Após conquistar uma vaga na Câmara dos Deputados, a advogada Rosângela Moro (União Brasil), mulher do ex-juiz federal Sergio Moro (União Brasil), devolveu uma provocação feita pelo advogado criminalista Augusto de Arruda Botelho, que não conseguiu se eleger deputado federal pelo PSB.
No dia 15 de setembro, Botelho afirmou, no Twitter, que havia convidado Rosângela para um debate sobre a Lava Jato em São Paulo.
RESPOSTA – “Estou esperando a resposta. Posso até marcar o debate num ponto turístico da cidade para ela encontrar fácil o endereço”, ironizou o advogado sobre o fato de Rosângela ter mudado o domicílio eleitoral do Paraná para São Paulo.
Rosângela Moro, que se elegeu para a Câmara dos Deputados, respondeu neste domingo (2), depois da apuração dos votos. “Oi, debate marcado. Estou à disposição de todos os cidadãos”, disse.
Em sua primeira disputa eleitoral, a advogada garantiu sua vaga na Câmara depois de receber 217.166 votos (0,91% do total). Botelho obteve 42.954 votos e será suplente de seu partido.
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