China celebra autossuficiência de sua indústria militar, aponta relatório
19:19 08.10.2022 (atualizado: 19:20 08.10.2022)
© AP Photo / Andy Wong
A China produziu 92% das armas que adquiriu entre 2016 e 2020. Além disso, quatro empresas chinesas da indústria de armas foram classificadas entre as dez melhores do mundo.
A China tem o nível mais alto de autossuficiência na produção de armas na região do Indo-Pacífico. O Japão aparece em segundo lugar, mas distante do potencial chinês, conforme aponta um relatório divulgado pelo South China Morning Post.
A autossuficiência militar é a capacidade de um país de projetar e produzir os bens militares que suas forças armadas precisam sem entrada tecnológica estrangeira.
Conforme relatado por diversos especialistas à Sputnik Brasil em diferentes entrevistas, esse seria um dos maiores problemas da indústria de defesa brasileira.
O comentarista militar Song Zhongping, em comentário ao South China Morning Post, disse que o alto nível de autossuficiência militar da China na produção de armas foi resultado de lições históricas.
"Globalmente, além da China, existem apenas os EUA, a Rússia e a França se saindo bem em autossuficiência de armas", disse ele.
Em sua avaliação, "a China pode ter uma pontuação ainda maior do que os EUA, que dependem fortemente de seus aliados para fornecer algumas peças-chave de armas".
Em meio às crescentes tensões no Indo-Pacífico, o relatório avaliou 12 casos na região, excluindo os Estados Unidos, e concluiu que "a China domina o ranking", com uma pontuação mais de duas vezes e meia superior à do Japão.
A Coreia do Sul ficou em terceiro lugar, e a Índia, o segundo maior importador de armas do mundo, em quarto.
O relatório classificou os países em três sistemas de pontuação entre 2016 e 2020: a proporção de armamento importado, incluindo produção licenciada, em comparação com armas produzidas internamente; suas principais empresas de armas; e seu desenvolvimento de veículos marítimos não tripulados.
A China produziu 92% das armas que adquiriu durante o período (em comparação, o Japão produzia 74%), sendo que quatro empresas chinesas da indústria de armas estavam entre as dez maiores do mundo, e entre as sete maiores empresas desse tipo na região.
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