terça-feira, 20 de setembro de 2022

 

Ciro segue na cruzada contra o voto útil, que força adesão a um inútil como Lula

SEM ACORDO - Ciro Gomes: campanha do pedetista não tem poupado o ex-presidente Lula de críticas pesadas -

Mensagem do PDT é de que Ciro é o verdadeiro voto úitl

Lucas Vettorazzo
Veja

Ciro Gomes (PDT) completou nesta segunda-feira seis dias de sua cruzada contra o voto útil na corrida ao Planalto neste ano. No início da semana passada, a campanha de Lula (PT) lançou um movimento que prega o voto dos eleitores da terceira via no petista já no primeiro turno contra Jair Bolsonaro (PL).

Na própria terça, Ciro soltou nas redes um vídeo em que diz que os petistas, ao propagarem o voto útil, estariam tornando em “inúteis” os votos dos cidadão que não estão satisfeitos nem com a possibilidade da volta do petista e nem com a reeleição de Bolsonaro.

O VERDADEIRO ÚTIL – Nesta segunda-feira, a campanha do presidenciável pedetista divulgou mais uma mensagem, pedindo aos eleitores para não embarcarem no projeto petista.

“Voto útil é votar no candidato que vai gerar 5 milhões de empregos”, diz a peça elaborada pelo marqueteiro João Santana. O vídeo encerra com a mensagem de que Ciro “é o verdadeiro útil”.

Pesquisa da FSB sobre a corrida eleitoral à presidência divulgada nesta segunda indica que a duas semanas das eleições, a terceira via, que crescia há três semanas consecutivas, caiu em intenções de voto, de 19% na pesquisa anterior para 14% no levantamento mais recente. Lula cresceu no mesmo período, de 41% para 44%, enquanto Bolsonaro se manteve estável com 35% dos eleitores.

NOVA OFENSIVA – A duas semanas da eleição, a chamada terceira via, que crescia há três semanas consecutivas, encolheu de 13% para 9% no cenário espontâneo e de 19% para 14% no cenário estimulado.

O ex-presidente Lula abriu a semana com mais uma ofensiva pelo voto útil, na esperança de, quem sabe, resolver a corrida ao Palácio do Planalto já na primeira etapa de votação.

Lula realizou nesta segunda-feira um evento com oito ex-presidenciáveis, para uma declaração conjunta de apoio. Além, é claro, do petista Fernando Haddad, do vice Geraldo Alckmin e da ex-senadora Marina Silva, estavam no encontro nomes como Guilherme Boulos e Luciana Genro, ambos do PSOL; Cristovam Buarque, do Cidadania; João Goulart Filho, do PCdoB; e Henrique Meirelles, do União Brasil.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O voto útil, celebrado por formadores de opinião como Caetano Veloso e Aloysio Nunes Ferreira, é um retrocesso, um passo antidemocrático. O segundo turno foi criado justamente para haver coalizões e garantir governabilidade. O voto útil – que deveria ser considerado “voto burro” – tem exatamente efeito contrário, porque deixa sequelas e dificulta negociações. Resultado: mais quatro anos de sofrimento político. É realmente lamentável. (C.N.)

Simone Tebet diz que Lula, se eleito, governará para se perpetuar no poder: “Vai ser um Perón”

A senadora e candidata à Presidência Simone Tebet (MDB) participa de sabatina realizada no auditório da Faap

Senadora diz que Lula e Bolsonaro são “o pior dos mundos”

Adriana Fernandes e William Castanho
Estadão

A candidata à Presidência pelo MDB, senadora Simone Tebet, disse que não acredita num governo Lula. Para ela, o petista, se eleito, fará um governo populista para garantir uma perpetuação no poder do Partido dos Trabalhadores (PT) nos próximos anos.

A crítica foi feita logo após sabatina organizada pelo Estadão em parceria com a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP).

MUITA PRESSÃO – Foi uma resposta à pressão que a sua candidatura vem sofrendo da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para atrair votos dos eleitores da emedebista, e tentar vencer já no primeiro turno das eleições, marcado para o próximo dia 02 de outubro.

“Eu não acredito no governo Lula. Por isso, eu sou candidata. Eu não consigo visualizar (apoio), a não ser o papel que nós temos de fortalecimento de um pacto a favor do Brasil que começa e não termina agora”, disse a presidenciável.

Segundo Simone Tebet, um eventual governo Lula seria mais do mesmo. “Vai ser um Perón”, disse num referência a Juan Domingo Perón, presidente da Argentina por três mandatos nas décadas de 40, 50 e 70.

SEM NEGOCIAÇÃO – Na sabatina, Tebet manifestou desconforto com a campanha pelo voto útil e disse que vai lutar “até o fim”. Ele se recusou a falar em negociações futuras e quais compromissos da pauta econômica poderiam entrar num acordo com a campanha do PT.

A presidenciável negou que já esteja em negociação com Lula de apoio num eventual segundo turno com o presidente Jair Bolsonaro. Tebet disse que nunca se reuniu com o Lula.

“Eu não converso com Lula. Sabe quando eu conversei com Lula, e até ele foi gentil em me cumprimentar e fazer uma brincadeira comigo, foi no dia do debate (da Band). Eu não tenho o celular dele e não sei com quem ele fala”, disse Tebet.

SEGUNDO TURNO – Especulações em torno do nome da candidata para comandar um ministério, entre eles Justiça e Agricultura, como parte de uma negociação política, no segundo turno, têm surgido em Brasília.

Na semana passada, a candidata do MDB alertou a campanha do PT de que a estratégia pelo voto útil é desrespeitosa e pode afugentar apoios de Lula no segundo turno.

Caciques do MDB, que apoiam Lula e tentaram inviabilizar a candidatura de Simone Tebet, jogam pressão adicional pelo voto útil. O comando do partido, no entanto, deve acabar liberando voto em caso de segundo turno.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Embora seja muito mais qualificada do que Lula ou Bolsonaro, Simone Tebet já deveria ter abandonado a candidatura e passado a apoiar Ciro Gomes, unindo a terceira via. Com a insistência em disputar, está colaborando para a eleição de Lula ou a reeleição de Bolsonaro, duas alternativas que é ela mesmo diz que significam “o pior dos mundos para o Brasil, porque não vai haver paz”. O resultado é que Simone Tebet passará quatro anos fora da política, despropositadamente, quando o país mais precisa de parlamentares combativos como ela. É uma pena(C.N.)   

Na última cena, o suicídio de Godard reacende debate sobre a morte assistida

Aos 91 anos, Godard simplesmente cansou de viver

Hélio Schwartsman
Folha

O diretor Jean-Luc Godard é mais um que optou pela morte assistida na Suíça. Godard estava com 91 anos e, segundo um amigo ouvido pelo jornal Libération, não estava doente, apenas exausto de viver, e decidiu partir em seus próprios termos. Também do mundo das telas, o ator Alain Delon pretende seguir o mesmo roteiro, mas ainda não consumou o ato.

Delon está com 86 anos, mas sofreu um AVC, que lhe roubou muito da qualidade de vida. As pessoas devem ser livres para dispor de suas próprias vidas?

EXPANSÃO DOS DIREITOS – Eu não vejo como responder negativamente a essa pergunta. Pelo menos no Ocidente, estamos, desde o século 17, num movimento de ampliação do conceito de indivíduo.

Essa ideia fincou raízes na modernidade e vem sendo expandida. No que diz respeito a direitos, a coisa surgiu até de forma discreta, com a caracterização de algumas garantias básicas, como a liberdade de expressão e o devido processo legal, mas o processo de expansão nunca cessou.

A maioria dos países desenvolvidos já assegura à mulher o direito de abortar uma gravidez a pedido. Vai crescendo rapidamente o número de nações que está descriminalizando ou legalizando o uso de drogas.

Alain Delon aparece pela primeira vez após decidir por eutanásia | Exame

Aos 86 anos, Alain Delon já quer sair de cena

ÚLTIMA FRONTEIRA – Curiosamente, a morte é a última fronteira. Embora o direito de interromper a própria vida, via eutanásia ou morte assistida, esteja entre os mais intuitivos e tenha muito menos impacto sobre terceiros do que os anteriores, contam-se nos dedos os países que os autorizam. Não há razão, porém, para acreditar que a lista não irá crescer, como ocorreu com o aborto e as drogas.

A ideia de indivíduo não tem seu alcance restrito a direitos. A ela podemos ligar pelo menos parcialmente várias “invenções” da modernidade, como a livre iniciativa na economia e a autonomia, incluindo a percepção de que cada qual é livre para escolher o tipo de vida que quer levar e o responsável por dar sentido para ela. Isso é ao mesmo tempo libertador e assustador.

Moraes pede investigação de “voluntários armados” criados por Eduardo Bolsonaro 

PGR se diz contra investigação de Eduardo por post sobre 'voluntários'  armados de Bolsonaro - CartaCapital

Eduardo conclama bolsonaristas armados a resistirem…

Fernanda Vivas e Márcio Falcão
TV Globo Brasília

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes enviou ao gabinete do ministro Luiz Fux um pedido de investigação da fala do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sobre brasileiros armados se tornarem “voluntários” do presidente Jair Bolsonaro.

Moraes apontou, no despacho, que Fux já é relator de outra notícia-crime sobre o mesmo tema no STF. A decisão de Moraes foi tomada após a Procuradoria-Geral da República pedir o arquivamento do caso.

DOIS PEDIDOS – O pedido que estava no gabinete de Moraes foi apresentado pelo Partido dos Trabalhadores, e o que já tinha sido enviado ao gabinete de Fux, pelo deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG).

“A Procuradoria-Geral da República ressaltou a existência [da petição] Pet 10.575/DF, de relatoria do Min. Luiz Fux, consistente em representação de Deputado Federal do Partido dos Trabalhadores com referência ao mesmo tweet do Deputado Federal Eduardo Bolsonaro, razão pela qual os fatos aqui noticiados devem ser remetidos para o referido processo, em razão da identidade de objetos, para análise conjunta”, escreveu.

O pedido de investigação tinha sido feito pelo PT no âmbito do inquérito que investiga a organização e o financiamento das milícias digitais, que tem Moraes como relator.

DIZ A PROCURADORIA – Ao se manifestar sobre o caso, a PGR afirmou que não houve crime na atitude do parlamentar e argumentou que o partido desvirtuou a postagem.

A PGR também citou a existência do outro pedido de apuração sob a relatoria do ministro Luiz Fux para defender a necessidade do encerramento do caso que estava com Moraes, sob pena de “persecuções penais múltiplas”.

Em post no Twitter, o deputado Eduardo Bolsonaro afirmou que brasileiros que obtiveram arma legal no governo do presidente Bolsonaro deveriam se voluntariar e buscar material de campanha, como santinhos e adesivos, para divulgar a candidatura de Bolsonaro. Eduardo é filho do presidente.

“Você comprou arma legal? Tem clube de tiro ou frequenta algum? Então você tem que se transformar num voluntário de Bolsonaro”, escreveu o deputado na rede social.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – 
É mais fácil acertar na Mega-Sena do que encontrar os dois neurônios que se julga (?) existirem na cabeça do deputado. É uma espécie de xerox mental do presidente, numa versão com barba e sem cabelos. Sua capacidade de dizer asneiras é sesquipedal, como diria o general João Figueiredo. (C.N.)

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