quarta-feira, 31 de agosto de 2022

 

Novo golpe da polarização é inflar votos de Tebet, Soraya e d’Ávila, para dividir a terceira via

Internautas reagem a entrevista de Ciro Gomes no Jornal Nacional

Ciro Gomes mostrou ser o candidato com melhores propostas

Carlos Newton

Todos sabem que esta eleição é muito peculiar. Muitos eleitores se apressaram em declarar voto em Jair Bolsonaro apenas porque têm o objetivo de evitar a volta de Lula da Silva. Da mesma forma, outros eleitores estão apoiando o candidato do PT para impedir que Bolsonaro consiga se reeleger.

Todos sabem também que essa escolha antecipada se deve à grande mídia, que teve as verbas de publicidade cortadas pelo atual presidente e agora força a polarização para eleger novamente Lula, que no governos do PT abriu os cofres públicos para irrigar a mídia e os sites, blogs e youtuber petistas.

TUDO POR DINHEIRO – Para a mídia e os , sites amestrados, que sonham com a volta das verbas publicitárias cortadas por Bolsonaro, “é tudo por dinheiro”, como diria Silvio Santos, que em dezembro de 2009, finalzinho do governo, convenceu o então presidente Lula a mandar a Caixa Econômica comprar o falido Banco PanAmericano. 

Para a mídia e os sites amestrados, é importante estabelecer a polarização, porque esta é a única possibilidade de eleger Lula, de preferência no primeiro turno, através da soma dos votos do PT com os votos de quem se decepcionou com Bolsonaro e não aceita reelegê-lo.

Neste esquema da forçada polarização, tudo ia bem, com a generosa colaboração dos institutos de pesquisa, que desde o início minimizam os candidatos da terceira via e massificam a opinião pública com o antagonismo de Lula e Bolsonaro, fortalecido com a demolição da promissora candidatura do ex-ministro Sérgio Moro, que era o favorito da terceira via.

GUERRA SANTA – Agora, em meio à guerra santa entre os demônios das campanhas de Lula da Silva e Jair Bolsonaro, Deus pode estar escrevendo certo por linhas tortas, digamos assim, porque somente sobrou na campanha o candidato Ciro Gomes, que é muito mais preparado do que Sérgio Moro e do que os demais candidatos, conforme ficou comprovado nas entrevistas do JN e no debate da Band/Cultura.

Mas anotem aí: a próxima manobra do esquema da polarização é inflar Simone Tebet, Felipe d’Ávila e até Soraya Thronicke nas pesquisas, em detrimento de Ciro Gomes. Com essa divisão da terceira via, ficaria  garantida a ida de Lula e Bolsonaro ao segundo turno, o que representa um retrocesso brutal na política brasileira.

É preciso entender que somente há lugar para um candidato de terceira via. E todos sabem que Ciro Gomes é o mais capacitado. Se conquistar a maioria dos votos dos indecisos (são 27%, segundo pesquisa qualitativa do PT) e dos eleitores que não aceitam votar em Lula nem em Bolsonaro (cerca de 15%), fatalmente estará no segundo turno e será eleito, porque o presidenciável do PDT então herdará os votos de quem for derrotado no primeiro turno, seja Lula ou Bolsonaro, não interessa.

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P.S. –
 Quem prefere acreditar na “polarização” das pesquisas e da grande mídia, pode ficar à vontade, há espaço para todos. Mas vai ser difícil as pesquisas continuarem a esconder os votos de Ciro Gomes, que está destinado a herdar os 10% de Moro. Ou você acredita que os apoiadores de Moro vão preferir votar em Lula ou em Bolsonaro? Claro que não. Seria a Piada do Século. (C.N.) 

Veto à atuação de Dilma na campanha mostra que Lula não tem consideração por ninguém

Lula reconhece erros de Dilma com gasolina e desoneração

Dilma tenta agradar, mas Lula não quer assunto com ela

Álvaro Alves de Faria
Jovem Pan 

O jogo é cada vez mais duro. Sujo também. A hipocrisia e a mentira reinam. O PT e o Lula decidiram reduzir a quase nada a participação da ex-presidente (presidenta?) Dilma Rousseff na campanha petista. Dilma andou recebendo alguns afagos de Lula, inclusive no debate da Band. Até se sentiu prestigiada. Mas estava enganada.

Um agrado especial foi Lula ter convidado Dilma para o comício no Vale do Anhangabaú, no dia 20, em São Paulo. Foi recebida com aplauso pelo público que foi lá para ouvir mentiras.

FORA DA CAMPANHA – A ex-presidente, que sofreu impeachment, sentiu-se bem e acreditou que estava “reabilitada” no PT. Enganou-se. A nova ordem é deixá-la praticamente de fora da campanha. Pode aparecer, mas só uma pontinha, sem nenhum peso político. O espaço é mínimo.

A sinalização, na verdade, foi dada por Lula na entrevista do Jornal Nacional, quando ele, com aquele discurso de sempre, separou o seu governo do governo de Dilma. E até criticou medidas da companheira. Como sempre covarde, não se responsabilizou por nada que Dilma fez no seu governo desastroso.

E será assim de agora em diante. Traiçoeiro como sempre, que abandonava e ainda abandona os companheiros que porventura caiam em desgraça, Lula não tem consideração por ninguém. Isso se estende à militância. Uma esquerda que aceita Lula como líder é uma esquerda vagabunda, que não vale nada.

DAQUI EM DIANTE – O que está valendo agora é o seguinte: se o nome de Dilma surgir em qualquer debate ou entrevista, Lula criticará seu governo. O convite a Dilma para participar do comício do Anhangabaú foi apenas uma tentativa de uma ala do PT para reabilitar a companheira abandonada especialmente por Luiz Inácio da Silva, com suas alucinações cada vez mais graves num país completamente perdido no tempo e no espaço.

Dilma foi convidada, mas não estava previsto que ela também discursaria. E ela fez um discurso de 5 minutos, mostrando muita emoção ao ver o público aplaudindo e gritando seu nome.

Dilma aproveitou a oportunidade inesperada e garantiu no comício que guarda na vida o orgulho de ter sido ministra da Casa Civil de Lula. Tudo em vão. Foi apenas um agrado que contrariou os que mandam no PT, incluindo aí especialmente o ex-presidente e ex-presidiário por corrupção, solto da prisão por uma manobra do Supremo Tribunal Federal e suas celebridades de toga.

IGUAL A TIRADENTES – Diante da emoção da companheira, lula agradeceu as palavras de Dilma e chegou a comparar o impeachment que a tirou do governo à perseguição a Tiradentes na Inconfidência Mineira. É demais! Mesmo durante o comício, alguns aliados de Luiz Inácio chegaram a criticá-lo por ir tão longe do seu agrado.

Aquilo era uma irresponsabilidade. Não se debocha assim da vida de ninguém, seja quem for. Mas para Lula vale tudo. Não respeita ninguém. A história termina aí. Não há mais nenhum plano para levar Dilma a qualquer comício. Se por um acaso isso acontecer, ela ficará no palco como um fantasma.

Também está acertado que nos discursos de campanha, o nome de Dilma não será lembrado nenhuma vez. É o que deseja a “alma mais honesta do Brasil”, no dizer de Lula, falando de si mesmo. A companheira Dilma se transformou num objeto descartável.

(Artigo enviado por Mário Assis Causanilhas)

“Qual é o problema?”, indaga Bolsonaro sobre comprar imóveis com dinheiro vivo

Bolsonaro comparece à manifestação em Brasília, mas não discursa

Família Bolsonaro comprou 51 imóveis com dinheiro vivo

Deu no UOL

Reportagem do portal UOL mostrou que pelo menos a metade do patrimônio imobiliário de familiares do presidente foi adquirida com dinheiro vivo. Questionado por jornalistas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) negou ter lido as reportagens sobre a aquisição dos imóveis por ele e seus familiares. Mesmo assim, questionou esse tipo de denúncia:

“Qual é o problema?”, perguntou após evento promovido nesta terça-feira, 30, pela União Nacional do Comércio e dos Serviços (Unecs), em Brasília.

DISSE BOLSONARO – “Qual é o problema de comprar com dinheiro vivo algum imóvel, eu não sei o que está escrito na matéria… Qual é o problema?”, disse o presidente e candidato à reeleição.

Ele também frisou que não se importaria com possíveis investigações. “Então tudo bem. Investiga, meu Deus do céu.”

Conforme reportagem do portal UOL, ao menos 51 dos imóveis foram comprados total ou parcialmente com uso de dinheiro vivo. As compras “em moeda corrente nacional” somam R$ 13,5 milhões.

HÁ INVESTIGAÇÕES – Pelo menos as compras de 25 dos imóveis ocorreram de forma a suscitar investigações do Ministério Público do Rio e do Distrito Federal, de acordo com o site. Esse grupo é composto por aquisições e vendas dos filhos e das ex-mulheres do presidente, mas não necessariamente com dinheiro vivo.

Esse tipo de transação com imóveis foi alvo do Ministério Público do Rio nas investigações envolvendo o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente. Promotores suspeitavam que o parlamentar usava transações imobiliárias para lavar dinheiro ilegal repassado pelos funcionários “fantasmas” no esquema de “rachadinha” implantado em seu gabinete de deputado estadual.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O fato concreto é que havia rachadinhas nos gabinetes de Bolsonaro pai e dos filhos Flávio e Carlos. Até agora, só não houve denúncia de rachadinhas no gabinete do filho Eduardo, que é mais jovem e somente se elegeu em 2015. A rachadinha é como uma maldição, uma imagem fantasmagórica que está sempre assustando a família, que sem dúvida a menor dúvida enriqueceu ilicitamente. Como disse Ciro Gomes no debate, Bolsonaro roubou e ensinou os filhos a roubar.   (C.N.)

Aliados de Lula se frustram com a atuação do petista, que estava nervoso no debate

Lula lamenta ausência de outros candidatos em 1ª debate presidencial

Lula tem de atrair eleitor de centro e não está conseguindo

Eduardo Gayer e Beatriz Bulla
Estadão

A cúpula do Partido dos Trabalhadores ficou insatisfeita com o desempenho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro debate dos candidatos à Presidência, realizado na noite deste domingo, 28. Líder nas pesquisas de intenção de voto, Lula decidiu adotar a estratégia defendida por parte de seu entorno de não entrar em embates com o adversário, Jair Bolsonaro.

A ideia defendida por alguns aliados era de que Lula mostraria um estilo mais “presidenciável” do que Bolsonaro, ao preferir falar de assuntos nacionais a entrar nos ataques diretos.

RADICALISMO EXCESSIVO – O diagnóstico interno no PT é o de que a população está cansada da radicalização política e que a imagem pacificadora é uma forma de tentar aglutinar os votos anti-Bolsonaro ainda em disputa.

Na prática, no entanto, aliados do ex-presidente consideraram a estratégia mal sucedida, com Lula na retranca e a imagem de que o petista fugiu de perguntas do adversário como a primeira, sobre corrupção. Aliados reclamam que Lula deveria ter sido mais enfático ao ser confrontado sobre os escândalos de corrupção na era petista, assim como fez no Jornal Nacional.

A expectativa da campanha é de que o horário eleitoral gratuito ajude a dissipar essa impressão; a disputa presidencial volta ao rádio e à TV nesta terça-feira, 30.

PELA MADRUGADA – Caciques da campanha petista entraram a madrugada de segunda-feira avaliando o debate. Por um lado, entendem que o presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, acabou se prejudicando ao atacar a jornalista Vera Magalhães e ao adotar tom agressivo com a senadora e candidata pelo MDB, Simone Tebet.

Mas viram Lula excessivamente comedido nas intervenções – ainda que a estratégia do PT seja, realmente, não colocar o candidato líder nas pesquisas de intenção de voto em enfrentamentos duros, ao menos no primeiro turno.

Integrantes da campanha do PT afirmam que quem perdeu foi Bolsonaro, mas não graças a Lula e sim a Tebet. A avaliação interna é de que o desempenho de Lula não mexe na disposição de indecisos – de votarem ou não nele -, mas que Bolsonaro saiu perdendo ao atacar as mulheres.

LULA NERVOSO – Logo na abertura do debate, promovido pela Band em parceria com TV Cultura, Folha de S. Paulo e UOL, Bolsonaro citou a delação do ex-ministro Antônio Palocci para trazer à tona a corrupção na Petrobras.

Lula respondeu com conquistas de seu governo – mas de maneira “pouco emocionada”, na avaliação de um correligionário – e só tentou “enquadrar” o candidato à reeleição ao final do debate, ao destacar o sigilo de 100 anos aplicado pelo presidente em documentos de Estado.

Para outro aliado, Lula estava nervoso e passou a imagem de quem se esquivou dos questionamentos sobre corrupção, um ponto nevrálgico para o eleitor de centro de classe média, segmento importante para consolidar o favoritismo do ex-presidente nas eleições.

RACHADINHAS – Esse mesmo interlocutor avalia que o petista deveria ter citado o caso das rachadinhas, que pesa contra Flávio Bolsonaro e outros familiares.

Na tentativa de minimizar o desconforto de correligionários, um outro petista afirmou que o horário eleitoral será decisivo para garantir a Lula espaço para consolidar os acenos ao centro e à classe média, o que não teria conseguido ao longo do debate.

Ao fim do debate, um dos aliados de Lula admitiu nos bastidores, no entanto, receio de que além de arranhar o apoio de mulheres a Bolsonaro, Simone ainda atraia alguns votos femininos que poderiam ser destinados ao ex-presidente.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Lula e Bolsonaro foram patéticos, porque na verdade eles são assim mesmo. Sem preparo intelectual, são dois grandes embromadores, que vivem na enganação, mas tudo tem limites. Um dia, a máscara cai da face e aparece a figura caricata que se escondia por detrás. (C.N.)

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