quarta-feira, 17 de agosto de 2022

 

Gabinete do ódio ganha espaço na campanha de Bolsonaro e preocupa aliados do Centrão

Advogado de Carlos Bolsonaro afirma que ainda não teve acesso aos autos |  CNN Brasil

Carlos Bolsonaro comanda diretamente o Gabinete do Ódio

Igor Gadelha
Metrópoles

Assessores palacianos ligados ao vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) ganharam influência na campanha à reeleição de Jair Bolsonaro nas últimas semanas. O fato acendeu o alerta de caciques do Centrão, que temem um estímulo à radicação do discurso eleitoral do presidente.

Há cerca de um mês, o assessores Filipe Martins, Mateus Sales e Mateus Diniz passaram a participar das discussões e definições da estratégia de campanha de Bolsonaro. Os três dão expediente no Palácio do Planalto e são integrantes do chamado “gabinete do ódio” da Presidência.

PAUTAS RADICAIS – Segundo integrantes da campanha, Filipe Martins tem apresentado análises de cenários e levado propostas de estratégia eleitoral para Bolsonaro. Ele também vem defendendo o resgate das pautas ideológicas de 2018, muitas delas consideradas “radicais” pela ala política da campanha.

À dupla Martins e Diniz é atribuída a articulação para as recentes participações de Bolsonaro nos podcasts “Flow” (veja foto acima) e “Cara a Tapa”. A informação foi publicizada por Fabio Wajngarten, chefe da comunicação da campanha à reeleição do presidente e ex-chefe da Secom da Presidência.

Martins, Sales e Diniz são aliados de primeira hora de Carlos Bolsonaro, que tirou licença não-remunerada da Câmara Municipal do Rio para ajudar o pai na campanha. O vereador é apontado pelo presidente como o principal estrategista da campanha para as redes sociais.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Não é nenhuma novidade. Quem realiza a campanha nas redes sociais é mesmo o Gabinete do Ódio, comandado pelo próprio Carlos Bolsonaro e administrado pelo assessor Tércio Arnaud, especialista em informática. Além disso, Carluxo também dá pitacos no marketing da campanha como um todo. O filho Zero Dois realmente é o homem-forte do Quartel General da campanha de Bolsonaro. (C.N.)

Tentativa de massacrar Ciro Gomes no Roda Viva causa vergonha e indignação

Veja como foi a participação de Ciro Gomes no Roda Viva

Atacado impiedosamente, Ciro acabou se saindo muito bem

Duarte Bertolini

Vergonha, decepção, raiva incontida, indignação – estes foram alguns dos sentimentos que me assolaram ao assistir nesta segunda-feira ao tradicionalíssimo Roda Viva da TV Cultura, com entrevista do presidenciável Ciro Gomes, o PDT.

Se existia alguma dúvida em qual candidato não tem o rabo preso, não está aliado ao que existe de pior (quase tudo) na política e na imprensa brasileira e, principalmente, não é o queridinho da Imprensa, depois deste programa não pode mais existir a menor dúvida.

FOI UMA INQUISIÇÃO – Houve uma tentativa orquestrada, treinada em mínimos detalhes, para enquadrar, rotular, achincalhar e desmoralizar o candidato, praticada por absolutamente todos os “perguntadores (chamá-los de “jornalistas seria uma piada a e uma ofensa aos profissionais que engrandecem sua profissão).

A farsa estava bem ensaiada. As perguntas necessárias e fundamentais a um candidato a presidente foram formuladas com agressividade latente, ironia nada disfarçada, desdém repetitivo e movimentos a todo momento de picotar e confundir respostas;

O objetivo claro era fazer Ciro Gomes se confundir ou cair em contradições e certamente enervá-lo para que perdesse a paciência (como eu perdi, como telespectador) e marcar com ferro quente em sua testa a pecha de “destemperado”.

DESFAÇATEZ TOTAL – Só faltavam dizer: “Olha aí, como votar numa destemperado destes? Fiquemos com o paz e amor , nosso  ladravaz preferido,  é muito mais confiáveis ao sistema. Inclusive ao nosso secular sistema de castas, como esta que chamamos de “profissionais da imprensa”.

André Guilherme Vieira, do Valor Econômico, parecia espumar numa raiva incontida, mordendo entredentes perguntas em disparada, como se verdades incontestáveis fossem e sem dar a menor importância as respostas serenas e equilibradas do entrevistado.

O o jornalista e escritor Flavio Costa.apresentava-se com incontido riso de desdém e permanente ironia, fazendo de conta que as respostas de Ciro eram confusas ou contraditórias, insinuando que sua intervenção era fundamental para restabelecer a verdade.

FALTOU HUMILDADE – A representante do Globo, Malu Gaspar (que publicou um livro memorável sobre corrupção) também estava incomodada com a presença de Ciro. Tentou por repetidas vezes estabelecer verdades ditas por ela e contestadas firmemente por Ciro. Se não era intencional, deveria ser mais humilde e aprender como se comunicar como clareza, a exemplo de Ciro Gomes.

O representante da Folha, Vinicius Torres Freire, por talvez ser pessoa menos raivosa ou com valores morais de conduta mais serenos, até tentou um confronto. Mas foi rebatido firmemente por Ciro, recolheu-se.

Agora o papel principal mais lamentável, ficou por conta da condutora do programa. Com diálogos ásperos e agressivos com o entrevistado, a jornalista Vera Magalhães tentou de todas formas, como se diz no boxe, “colocar Ciro nas cordas”.  Embretá-lo, manietá-lo, como se fosse uma especialíssima concessão ele estar ali.

UM GRANDE POLÍTICO – Não interessava se estavam entrevistando um dos mais maiores políticos do Brasil, ex-prefeito, ex-deputado, e ex-governador e ex-ministro, sem processos conhecidos por corrupção ou mau uso de verbas e equipamentos públicos.

Fosse Ciro um político novato ou inexperiente ou mesmo menos preparado do que é, seria certamente triturado e achincalhado. Mas para a maioria dos brasileiros ainda sérios que assistiram ou venham a assistir ao programa, o candidato demonstrou que merece uma chance de administrar este caos chamado Brasil.

Convido a todos os amigos e leitores da Tribuna a  assistirem o programa desta segunda (se ainda não o viram) e juntos comigo assistirmos aos demais programas com Simone, Bolsonaro e Lula.

E OS DEMAIS? – Tenho imensa curiosidade em verificar o comportamento deste mesmos jornalistas e as respostas dos demais candidatos, caso sofram a mesma saraivada (o que não acredito que todos sofram) dada a Ciro.

Se tiver que engolir o que aqui escrevi em virtude do desempenho dos jornalistas, o farei com imenso prazer, mas não acredito que isso vá acontecer, especialmente no caso de Lula.

Mesmo incomodado com o péssimo jornalismo praticado, ao fim do programa eu estava aliviado. Ainda existe possibilidade de alguma luz no Brasil. Espero que os eleitores possam refletir e abandonar a briga de garotos de rua e levar Ciro Gomes ao segundo turno. Votar em Lula ou Bolsonaro significa levar nosso futuro ao abismo.

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