quinta-feira, 25 de agosto de 2022

 

Entrevista de Ciro foi tão impressionante que conseguiu até reativar a terceira via

Leia a transcrição da entrevista de Ciro Gomes ao “JN”

Ciro deu um show de conhecimentos políticos e econômicos

Carlos Newton

A mais recente pesquisa qualitativa encomendada pelo PT indicava que os indecisos seriam 27% dos eleitores, um percentual muito expressivo e que pode decidir a eleição. O partido então resolveu direcionar a campanha para atrair esses votos, com vistas a garantir a vitória de Lula da Silva, caso haja segundo turno.

Essa iniciativa do PT está corretíssima, pois atende aos ensinamentos do político americano Richard Nixon, que classificou esta faixa do eleitorado como a “maioria silenciosa”.

MUDAR O VOTO – Na atual eleição brasileira, a maioria silenciosa é realmente muito expressiva, porque muitos eleitores que decidiram apoiar Lula ou Jair Bolsonaro poderiam mudar o voto, caso surgisse uma terceira via, o que acaba de acontecer com a impressionante entrevista de Ciro Gomes, do PDT, ao Jornal Nacional.

Esta eleição é muito peculiar. Grande parte dos eleitores só se decidiram por Bolsonaro porque têm o objetivo de evitar a volta de Lula. Da mesma forma, muitos apoiadores do candidato petista estão preferindo Lula apenas para impedir que o atual presidente consiga se reeleger. Se tivessem a opção de uma terceira via, poderiam mudar o voto.

Na eleição passada, Ciro teve quase 13% no primeiro turno, e a tendência agora era de que tivesse mais do que isso nas pesquisas. Sua campanha parece não decolar, nem mesmo com o abandono de Sérgio Moro, que tinha 10%, mas quem pode confiar nesses levantamentos, tão facilmente manipuláveis?   

FALSA POLARIZAÇÃO – A grande mídia é a principal aliada de Lula, devido ao corte das verbas publicitárias que Bolsonaro determinou. Esta é a realidade dos fatos. Desde o início, a imprensa e as redes sociais vêm fomentando a falsa polarização. É a única maneira de eleger Lula, que depende dos votos de Ciro Gomes para vencer. É também a única forma de reeleger Bolsonaro, que também precisa dos votos do candidato do PDT.

Assim, a polarização é mais falsa do que uma moeda de três dólares, e a imprensa finge que Lula já ganhou. Quer impor ao país a eleição do político que comandou o maior esquema de corrupção do mundo e que foi capaz de contratar a própria amante para trabalhar na Presidência da República, vejam a que ponto chegamos.

Mas o destino é caprichoso. Apesar do esforço de William Bonner e Renata Vasconcelos, tanto Bolsonaro quanto Ciro se saíram bem nas entrevistas. E vida que segue, diria João Saldanha.

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P.S. –
 Após as primeiras entrevistas de presidenciáveis, ficou claro que a polarização não se sustenta e os eleitores precisam escolher com mais critério, porque Ciro é incomparavelmente melhor do que Bolsonaro ou Lula, desculpem a franqueza. (C.N.)

TRE-RJ proíbe acesso de Daniel Silveira ao Fundo Eleitoral e libera a propaganda

Defesa pede ao STF arquivamento de ação penal contra Daniel Silveira |  Jovem Pan

Silveira tem de fazer campanha sem gastar um centavo…

Julia Noia
O Globo

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) acatou denúncia do Ministério Público Eleitoral e suspendeu nesta quarta-feira o acesso ao Fundo Eleitoral e ao fundo partidário ao deputado federal Daniel Silveira (PTB), que concorre para o Senado neste ano.

A liminar concedida pelo relator do caso, o desembargador Luiz Paulo da Silva Araujo Filho, restringiu o acesso à verba até a definição sobre a candidatura do parlamentar — ele foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a oito anos de prisão em julgamento de 2021.

CASO JEFFERSON – Na decisão, o desembargador se refere a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da semana passada, que suspendeu o acesso do Fundo Eleitoral e do fundo partidário ao postulante ao Palácio do Planalto Roberto Jefferson (PTB), que também foi condenado no âmbito de inquéritos que apuram a organização de atos antidemocráticos e de ataques às instituições. O mérito ainda deve ser avaliado pelo colegiado do TRE-RJ.

Além da suspensão do acesso a recursos para a campanha, Silveira também terá que devolver ao respectivo doador os recursos públicos que já foram empenhados em conta bancária para a campanha. E o PTB deverá pagar multa de 10% sobre os valores repassados a candidatura após a publicação da liminar, mesmo percentual que incidirá sobre a quantia empenhada por Daniel Silveira em custeio de material de campanha.

HORÁRIO ELEITORAL – O desembargador Luiz Paulo da Silva Araujo Filho, no entanto, manteve o direito de Daniel Silveira participar ao horário eleitoral gratuito, nos limites da decisão do TSE, até que seja apresentado o contraditório. O horário eleitoral gratuito começa a ser exibido nesta sexta-feira, dia 28.

O magistrado do TRE fluminense também não avaliou o mérito de uma eventual cassação de candidatura, pois a elegibilidade do parlamentar vem sendo questionada por Silveira ter sido condenado e, portanto, poderia ser barrado pela Lei da Ficha Limpa.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Mais uma decisão judicial equivocada e contraditória. Se Daniel Silveira recebeu o decreto presidente da graça (perdão), concedido pelo presidente Bolsonaro, e o ato continua em vigor, pois não foi cancelado pelo Supremo, a condenação do deputado está suspensa. Mas o pior foi a contradição. O desembargador proibiu Silveira de receber recursos do Fundo Eleitoral, mas poderá participar do horário gratuito. Mas participar como, se suas contas pessoais estão bloqueadas e a propaganda eleitoral é financiada pelo Fundo Eleitoral? Em tradução simultânea, reina a esculhambação no justiça brasileira. (C.N.)

Orçamento secreto comprou a consciência e a alma de muitos parlamentares, diz Tebet

Pré-candidata à Presidência da República pelo MDB, Simone Tebet

MDB só liberou R$ 5 milhões para a campanha presidencial

Victor Fuzeira
Metrópoles

A candidata do MDB à Presidência da República, Simone Tebet, voltou a criticar, nesta quarta-feira (24/8), a execução das chamadas emendas de relator, conhecidas popularmente como “orçamento secreto“. Nas palavras da senadora, o orçamento secreto “comprou a consciência e a alma de muitos” parlamentares.

O esquema tem sido usado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) principalmente com o objetivo de negociar apoio de políticos do Centrão na aprovação de pautas de interesse do Executivo federal em tramitação no Congresso Nacional.

CAMPANHA EM SP – A fala ocorreu durante agenda de campanha da emedebista com cientistas, pesquisadores e acadêmicos de São Paulo. Na ocasião, Tebet estava acompanhada de Mara Gabrilli, que é candidata a vice-presidente na sua chapa.

O convite partiu da bióloga molecular e geneticista Mayana Zatz e tem por objetivo debater os desafios para ciência e tecnologia no próximo governo.

No encontro, Tebet defendeu que, caso eleita, tentará excluir investimentos na área de ciência e tecnologia do teto de gastos. “A educação está fora do teto de gastos. E estamos estudando a possibilidade de implantar, tirar do teto de gastos, os investimento com ciência, tecnologia e inovação. Com isso, a gente aumenta recurso no orçamento”, disse.

PRIORIDADES NA EDUCAÇÃO – A senadora também firmou o “compromisso de que nenhum centavo será contingenciado”, e indicou que terá como prioridade atender às universidades, instituições acadêmicas, com enfoque na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ).

Ainda no que diz respeito à execução orçamentária, a emedebista diz que está repensando o teto de gastos como âncora fiscal. “Estamos estudando fortemente essa possibilidade”, enfatizou.

“Quero dizer o seguinte: tenho analisado com economistas – sou liberal na economia, mas não sou fiscalista sem alma – e estamos estudando, tenho conversado muito com economistas que nos apoiam, precisamos repensar uma âncora fiscal para evitar orçamento secreto, desvio de dinheiro”, prosseguiu.

INCENTIVO ESTUDANTIL – Mais cedo, a candidata ao Palácio do Planalto cumpriu agenda da campanha na Fundação Abrinq, em São Paulo. Na oportunidade, ela defendeu como proposta de governo, a criação de uma espécie de poupança para estimular jovens a concluírem o ensino médio. Segundo a senadora, o projeto consiste em conceder ajuda financeira anual aos estudantes da faixa etária, que poderão sacar as quantias após a conclusão do período escolar.

Tebet defendeu a proposta como alternativa para reduzir a quantidade de “jovens nem, nem”, que são os adolescentes que não estudam e não trabalham.

“Ao final do curso, eles poderão fazer o que quiser com o dinheiro”, explicou a candidata. “Podem comprar um celular, fazer uma viagem, um curso ou dar de entrada em um carrinho usado”, prosseguiu, defendendo que o programa, caso eleita, se chamará “Poupança Jovem”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
 Com poucos recursos (o MDB só lhe repassou R$ 5 milhões), Simone Tebet continua lutando para tocar a campanha e conquistar eleitores. Não é nada fácil, porque a mídia insiste em manter a polarização, que é a única maneira de eleger o petista Lula. Vamos aguardar as próximas pesquisas. (C.N.)

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