segunda-feira, 15 de agosto de 2022

 

Campanha de Lula quer demonstrar força em comícios antes do 7 de Setembro bolsonarista

PT em campanha: 'A escolha nunca foi difícil (e agora muito menos)' | VEJA

Campanha de Lula está organizando três grandes eventos

Lauro Jardim
O Globo

A palavra de ordem da campanha de Lula para agosto é encher de apoiadores as praças e avenidas do Brasil antes do 7 de Setembro. O objetivo é mostrar que a candidatura é capaz de atrair multidões em comícios

Como forma de exibir força e união nas ruas antes do 7 de Setembro em que Jair Bolsonaro pretende fazer o mesmo (sem contar outros desejos inconfessos do capitão), os estrategistas do PT estão programando três comícios que aspiram que sejam arrasa-quarteirões.

O primeiro deles, em São Paulo, provavelmente no dia 18. Os demais serão no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte. Não por coincidência os três maiores colégios eleitorais do país. Somados, representam 41% do eleitorado.

MARQUETEIRO – O marqueteiro Marcos Carvalho está tocando a campanha digital de duas chapas majoritárias do PT nos estados: na Bahia e em Sergipe.

Carvalho foi o responsável pelo mesmo trabalho na campanha de Jair Bolsonaro em 2018 — numa inusitada divisão de tarefas, pois Carlos Bolsonaro comandava uma parte das redes da campanha do pai.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Já se foi o tempo em que as campanhas eram decididas em comícios de rua. Atualmente só servem para demonstração de força de caráter midiático. Estamos numa era em que as eleições serão decididas na internet e no celular, mas muitos candidatos ainda não perceberam essa realidade. (C.N.)

Morre o diretor que devolveu 100 milhões de dólares roubados da Petrobras na era PT

O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, ao prestar depoimento à Justiça do Paraná — Foto: Reprodução

Paulo Roberto Costa contou como funcionava o esquema

Por GloboNews e g1 Rio

O engenheiro Paulo Roberto Costa, primeiro delator da Lava Jato e ex-diretor da Petrobras, morreu neste sábado (13), aos 68 anos, vítima de um câncer. Paulo Roberto foi condenado a mais de 70 anos de prisão em processos sobre a Lava Jato, no Paraná. O engenheiro respondia o processo em liberdade por causa dos acordos de colaboração firmados com a Justiça.

Paulo Roberto Costa foi preso junto em março de 2014, quando a Operação Lava Jato foi deflagrada. Dias depois, conseguiu um habeas corpus da Justiça, mas voltou a ser preso.

ENTREGOU TUDO – Após dois meses na prisão, o engenheiro decidiu colaborar com as investigações e detalhou como funcionava o esquema. Foi a partir dos depoimentos dele que os policiais desvendaram como funcionava a distribuição de recursos desviados da Petrobras.

Empreiteiras que mantinham contratos com a estatal superfaturavam os valores dos serviços que prestavam, por meio de contratos aditivos às obras.

Parte dos valores do superfaturamento era usado para pagar propina a diretores da Petrobras e também para abastecer o caixa de partidos políticos, no caso o PT, PMDB e PP.

INDICAÇÃO POLÍTICA – Costa virou diretor da Petrobras em 2004, por indicação do ex-deputado federal José Janene, que morreu em 2010. Ele permaneceu no cargo até 2012, quando pediu demissão e abriu a empresa de consultoria.

Janene foi eleito pelo PP do Paraná e também esteve envolvido no escândalo do mensalão. Como revelaria mais tarde o doleiro Alberto Youssef, teria partido de Janene a ideia de usar a estrutura da Petrobras para arrecadar dinheiro para pagar a base aliada do governo na Câmara dos Deputados e no Senado, em troca da aprovação de projetos estratégicos para o governo federal.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Agora, a versão é outra… Dizem que não houve corrupção na Petrobras, Lula era um político honesto, foi tudo invenção da força-tarefa da Lava Jato, o diretor Paulo Roberto Costa devolveu os US$ 100 milhões de forma precipitada e equivocada, porque ele também era inocente, assim como Lula, Janene, Dirceu, Vaccari, Odebrecht e todos os demais. Ou seja, a desfaçatez dessa gente não tem mesmo limite e agora querem voltar ao poder(C.N.)

Era só que faltava! Arthur Lira impõe sigilo sobre as reuniões no gabinete na Câmara

Arthur Lira impõe sigilo sobre reuniões em seu gabinete na Câmara

Lira se comporta como se estivesse acima da lei e da ordem

Patrick Camporez e Natália Portinari
O Globo

Com um dos cargos mais importantes da República, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mantém em sigilo a informação de quem entra e quem sai de seu gabinete. Amparado por um parecer produzido pela própria advocacia da Casa no ano passado, já sob sua gestão, o deputado tem se recusado a divulgar os encontros que mantém no local de trabalho, o que contraria recomendação da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre a necessidade de transparência nos registros de visitas a prédios públicos.

Desde o mês passado, o Globo solicita, via Lei de Acesso à Informação (LAI), a relação de pessoas com quem Lira se reuniu em seu gabinete entre os dias 15 de junho e 15 de julho, período em que o Congresso votou uma série de medidas de interesse do governo de Jair Bolsonaro, entre elas a Proposta de Emenda à Constitucional que promoveu um drible na lei eleitoral para pagar benefícios às vésperas da campanha.

QUESTÃO DE SEGURANÇA – A Câmara, porém, tem negado os pedidos sob o argumento de que fornecer tais informações “compromete a segurança” da Casa.

“Havendo fundado receio de dano potencial à segurança das instalações, rotinas de segurança para acesso às autoridades, disposição dos policias no interior da edificação, como apontado pelo órgão responsável técnico, é prudente se recomendar, a não divulgação do referido banco de dados”, afirma o parecer citado para embasar a negativa.

O documento, de 14 páginas, foi assinado pelo advogado da Câmara, Jules Michelet Pereira Queiroz e Silva, em 9 de abril de 2021, apenas dois meses após Lira assumir o comando da Casa.

DADOS PESSOAIS? – Em outro trecho, o advogado utiliza como argumento restrições impostas pela Lei Geral da Proteção de Dados Pessoais (LGPD), sob o pretexto de que os dados poderiam municiar eventual envio de propaganda a quem visita a Câmara.

“Imagine-se uma determinada instituição enviando propaganda comercial ou política a todos aqueles que se dirigiram a um partido com tendências X ou Y. Isso é tudo o que a LGPD tenta evitar, ou pelo menos tenta que seja dado o consentimento para ser feito dessa maneira”, diz.

Questionado sobre a divulgação de quem recebe em seu gabinete, Lira afirmou, por meio de nota, não ter “ingerência sobre as decisões administrativas da Casa, que tem autonomia institucional”. E destaca: “Principalmente quando as mesmas são tomadas com previsão na lei”.

CGU CONTESTA – Responsável por implementar medidas de combate à corrupção e em favor da transparência no governo federal, a Controladoria-Geral da União (CGU) estabelece que os órgãos públicos devem dar publicidade aos registros de entrada e saída de pessoas de suas dependências.

O entendimento, firmado num parecer elaborado em maio de 2021, não atinge a Câmara, por envolver apenas o Poder Executivo, mas na avaliação de especialistas tem efeito pedagógico a outros Poderes.

Foi com base na resolução da CGU, por exemplo, que o Palácio do Planalto precisou divulgar em abril deste ano as visitas realizadas pelos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, pivôs de um escândalo no Ministério da Educação. Em um primeiro momento, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) chegou a impor sigilo sobre os registros, mas recuou diante da possibilidade de contrariar a norma.

TUDO ÀS ESCONDIDAS – Na gestão de Lira, a Câmara também promoveu uma reforma para mudar o gabinete da presidência de lugar.

Se antes o chefe da Casa legislativa e todos seus visitantes precisavam cruzar o Salão Verde — área próxima ao plenário e por onde passam jornalistas, deputados e demais servidores — para ter acesso à sala, agora podem percorrer um caminho alternativo, utilizando um elevador privativo para entrar e sair do prédio, longe dos olhares do público.

Apesar de não fornecer as informações, a Câmara registra nome, documentos e profissão de visitantes, além de para qual gabinete se dirigem. Quem acessa a sala de Lira também costuma ter os dados anotados.

UM EXEMPLO – No dia 29 de junho, por exemplo, o deputado Luis Miranda (Republicanos-DF) esteve no local. O Globo presenciou o momento em que a secretária do presidente da Casa anotou o nome e o assunto que ele iria tratar: o rol taxativo da Agência Nacional de Saúde (ANS).

O encontro é um dos que estão cobertos pelo sigilo imposto pela Câmara, sob alegação de segurança. A falta de transparência inclui ainda prefeitos e parlamentares que Lira recebe em seu gabinete para tratar de assuntos como a liberação de emendas.

Esse tipo de informação é diferente daquelas que constam da agenda oficial do presidente da Casa, pois tratam da identificação feita nas portarias do prédio e na entrada do gabinete.

SIGILO NA RESIDÊNCIA – Além de negar dados de quem esteve no local de trabalho, a Câmara também impôs sigilo aos encontros que Lira mantém na residência oficial, onde costuma promover reuniões políticas.

Neste caso, o argumento utilizado foi de que divulgar a relação de visitantes “tangencia a privacidade, a intimidade e a segurança (não só do presidente da Câmara como, no caso, de seus familiares)”.

Autor do livro “Lei de Acesso à Informação: Reforço ao Controle Democrático”, Fabiano Angélico afirma que a imposição de sigilo sobre encontros do presidente da Câmara é inconstitucional e fere o princípio da própria LAI, aprovada há mais de 10 anos pelo Congresso.

INCONSTITUCIONAL – “Essa argumentação de que vai afetar segurança não para de pé. De que maneira a informação sobre encontro com algum empresário vai colocar em risco a segurança do Lira? É uma justificativa risível — afirma Fabiano Angélico.

Já a gerente de projetos da Transparência Brasil, Marina Atoji, qualifica como “absurdo e inconstitucional” a imposição de sigilo sobre os encontros no gabinete, mas faz a ressalva que, no caso da residência oficial, o critério pode ser diferente.

— Quanto ao gabinete, é um completo absurdo. Não há nenhuma justificativa para negar. O gabinete é um espaço público, que abriga representantes da população. Com relação à residência oficial, até um certo ponto tem a questão da privacidade, pois é onde o presidente da Câmara mora. Mas não significa a negativa completa das informações — conclui Atoji.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
 Vejam a que ponto chega a desfaçatez dessa gente. Esse tipo de atitude é inaceit

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