segunda-feira, 27 de junho de 2022

 

Chapa de Ciro e Simone poderá ter 20% nas pesquisas, assim que for anunciada

Datafolha mostra Ciro e Simone na contramão no páreo entre Lula e Bolsonaro  - Andrei Meireles - Os Divergentes

Ciro e Simone estão formando uma chapa muito competitiva

Carlos Newton

Será uma eleição verdadeiramente eletrizante, desde o primeiro turno. Todas as pesquisas indicam três realidades de intenção de voto que não podem ser desprezadas. A primeira é a formação da maioria silenciosa, devido ao grande número de eleitores que não aceitam votar em Jair Bolsonaro ou Lula da Silva. A segunda circunstância é a alta rejeição dos favoritos, com maior intensidade em relação a Bolsonaro. E a terceira realidade é o fato de que 30% dos eleitores que apoiam Lula ou Bolsonaro ainda admitem mudar o voto.

Caramba! Em tradução simultânea, pode-se dizer, sem medo de errar, que essa eleição continua absolutamente indefinida e o primeiro turno pode ser decidido no photochart (olho mecânico), como ocorre no turfe.

TERCEIRA VIA – Esses três fatores, sem a menor dúvida, indicam que a terceira via não pode ser descartada. Muito pelo contrário, mostram que está se formando uma conjuntura favorecendo a união dos candidatos Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), nem importa qual dos dois venha a liderar a chapa.

Nesse sentido, a escolha do senador Tasso Jereissati (PSDB) como vice de Simone Tebet é demonstração de congraçamento da terceira via, pois não existe político mais ligado a Ciro Gomes do que o ex-governador cearense.

Simone Tebet deve anunciar o nome de Jereissati nos próximos dias, só depende das negociações no Rio Grande do Sul entre MDB e PSDB na política gaúcha. Mas Ciro Gomes continuará sem vice até o Dia D e a Hora H.

DIRETO A 20% – Há outra perspectiva absolutamente real, no tocante às intenções de voto, que será registrada logo nas primeiras pesquisas, assim que for anunciada a chapa definitiva da terceira via. Não mais que de repente, diria Vinicius de Moraes, reaparecerão os 10% dos votos de Sérgio Moro, que sumiram misteriosamente e virão se somar aos de Ciro e Simone, alcançando no mínimo 20% do eleitorado.

Nada mal, especialmente quando se sabe que na pesquisa espontânea (“Em quem você vai votar”), sem exibir a lista de candidatos, Lula tem 37% e Bolsonaro 25%, segundo o último Datafolha.

Por tudo isso, a chamada maioria silenciosa deve lembrar Richard Nixon e ter consciência de que, na reta de chegada, são os seus votos que decidirão as eleições.

###
P.S. –
 Por enquanto, vamos deixar as coisas como estão e fingir que acreditamos na vitória de Lula no primeiro turno, façanha que jamais conseguiu, nem mesmo nos tempos em que se acreditava que ele era honesto e defendia os trabalhadores. (C.N.)

No caso de Milton Ribeiro, o presidente Bolsonaro foi apanhado com a boca na botija

Caso Milton Ribeiro repercute no Congresso; oposição aciona STF e tenta  convocar ministro da Justiça | Política | G1Merval Pereira
O Globo

A interferência do presidente Bolsonaro nos órgãos de fiscalização do governo fica cada vez mais clara à medida que os fatos vão se desenrolando. É provável que esta última, no caso da prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, passe em branco graças à extrema boa vontade com que o procurador-Geral da República Augusto Aras trata as questões ligadas ao presidente.

Mas está evidente que Bolsonaro teve informações privilegiadas através do ministro da Justiça Anderson Torres, a quem a Polícia Federal é subordinada funcionalmente mas, vê-se agora, não a controla.

MAIS UMA PROVA – Bolsonaro tentou várias vezes escolher os comandos da Polícia Federal, como o ex-ministro da Justiça Sergio Moro acusou, e essa é mais uma demonstração de que o presidente queria mesmo ter o controle das ações da PF para defender sua família e amigos.

“Não vou deixar fuderem minha família toda e meus amigos”, disse Bolsonaro na famosa reunião ministerial em que exigiu fidelidade canina a seus auxiliares.

A interferência do presidente e do ministro da Justiça na PF, porém, é limitada a questões burocráticas, como impedir que o preso prestasse depoimento de corpo presente em Brasília. Ou a informações privilegiadas. Mas não há poder para parar uma investigação como essa, que foi para o Supremo Tribunal Federal (STF) justamente por envolver o presidente da República.

VERSÍCULOS – A proximidade de Bolsonaro com o pastor Milton Ribeiro deve-se à primeira-dama MichelLe, e, pelos diálogos gravados, Bolsonaro recebia versículos de seu ex-ministro.

A primeira tentativa de livrar-se do problema, dizendo que Milton Ribeiro deveria “responder por seus atos”, deve ter detonado uma reação forte, pois Bolsonaro logo recuou da frieza com que abandonara o antigo ministro para se envolver com ele pública e privadamente, a ponto de avisá-lo que estava com um “pressentimento” de que a Polícia Federal poderia fazer “busca e apreensão” na sua casa.

Se tivesse alguma coisa a esconder, o ex-ministro teve tempo suficiente para se livrar do que o incriminasse, graças ao vazamento seletivo do presidente, que deveria ser punido por crime de responsabilidade, um dos muitos que poderiam ser cobrados dele em um país normal. Um obstáculo a mais na sua campanha pela reeleição.

Pastores da quadrilha do MEC montaram seu quartel-general num hotel de Brasília

fachada do hotel, aparece parte da torre de apartamento. Na frente, há duas árvores e um carro está parado

No hotel, os prefeitos eram pressionado a pagar propinas

Paulo Saldaña e Fabio Serapião
Folha

A Polícia Federal confirmou 63 hospedagens do pastor Arilton Moura e uma do pastor Gilmar Santos em um hotel de Brasília usado por eles como QG para negociações de verbas federais com prefeitos. Em dez dessas vezes, Arilton se hospedou nas mesmas datas em que Luciano de Freitas Musse, ex-assessor do MEC (Ministério da Educação), também estava no local.

Como a Folha revelou em março, os pastores — próximos do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-ministro Milton Ribeiro — usavam o hotel Grand Bittar para receber prefeitos e assessores e negociar liberação de recursos do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). Eles nunca tiveram cargo no governo.

GRANDE FREQUÊNCIA – A reportagem indicou que funcionários do MEC também circulavam com grande frequência no local, no setor hoteleiro Sul da capital federal. O que também foi confirmado pela PF.

A presença mais recorrente no hotel era a de Arilton Moura. Ele se hospedou 10 vezes em 2020, outras 38 em 2021 e, neste ano, esteve em 10 oportunidades no local.

A última vez que Arilton fez chek-in hotel foi em 21 de março. É o mesmo dia em que a Folha revelou áudio em que o ex-ministro diz que priorizava pedidos do pastor Gilmar e que isso ocorria a partir de pedido de Bolsonaro. Ele falava ainda em um apoio que seria destinada a igrejas. Ele fez check-out no dia 23 de março e, segundo os registros colhidos pela PF, não voltou mais ao local.

BARRA DE OURO – Em março, dois funcionários relataram à reportagem que o pastor Arilton chegou a exibir uma barra de ouro no restaurante do hotel — isso teria ocorrido em meados de 2021.

Há registro de apenas uma estadia do pastor Gilmar, em 9 de setembro de 2021. Mas os relatos de prefeitos, assessores e funcionários do hotel indicam que ele circulava com assiduidade pelo lobby e restaurante do mezanino.

Já o ex-assessor do MEC Luciano Musse hospedou-se por 29 vezes no Grand Bittar. Foram 24 em 2021 e 5 neste ano. A PF ressalta as datas coincidentes em que Musse e Arilton hospedaram-se ao mesmo tempo. Das dez vezes que isso ocorreu entre 2021 e 2022, em sete delas Luciano Musse já estava no cargo de gerente de projetos da secretaria-executiva do MEC.

COMITIVA RELIGIOSA – Musse só foi exonerado em 29 de março, um dia depois que Milton Ribeiro se desligou do cargo. Antes de entrar para o MEC, ele integrava a comitiva dos religiosos e esteve em ao menos três encontros oficiais com o ministro Milton Ribeiro.

“Luciano, no contexto investigativo até aqui delineado, atuando juntamente com os pastores Arilton e Gilmar, é personagem importante no suposto esquema de cooptação de prefeitos para angariar vantagens pessoais através do direcionamento ou desvio de recursos do FNDE/MEC a pretexto de atender políticos/prefeituras”, diz a PF no inquérito.

E continua: “Caracterizando, hipoteticamente, uma sofisticada captação ilegal de recursos públicos com a eventual ‘infiltração’ de operador financeiro na gestão da pasta”.

ALTA PROPINA – A pedido de Arilton, Musse recebeu R$ 20 mil nas tratativas para realizar um evento com Milton Ribeiro em uma cidade do interior de São Paulo.

Os investigadores confirmaram declaração do prefeito de Jaupaci (GO), Laerte Dourado (PP), de que Luciano Musse fez o convite para o encontro com os pastores no hotel Grand Bittar.

Relatos de reuniões com prefeitos no hotel, seguidas de encontros com Milton Ribeiro, coincidem com as estadias. Tanto Luciano quanto Arilton estavam hospedados em 5 de janeiro deste ano, quando o prefeito de Rosário (MA), Calvet Filho (PSC), gravou um vídeo com o agora ex-ministro direto do apartamento dele, na Asa Norte de Brasília. Calvet encontrou-se com os pastores no hotel, segundo relatos — o que ele negou à reportagem.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A Polícia Federal atuou com grande competência, mostrando que o presidente da República pode interferir junto à Diretoria da PT, mas não consegue frear a estrutura de investigação, o que é uma notícia altamente auspiciosa. (C.N.)

Ao alertar Ribeiro, o presidente estava com o ministro da Justiça, mas foi só coincidência…

Ministro da Justiça diz que não tratou de operações da PF com Bolsonaro  durante viagem aos EUA | Política | G1

Ministro da Justiça nega ter informado sobre a operação

Paulo Saldaña
Folha

Em meio a suspeitas de interferência do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas investigações que atingem o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, o ministro da Justiça, Anderson Torres, publicou neste domingo (26) mensagem em que nega ter tratado do caso com Bolsonaro. Torres estava nos Estados Unidos com o presidente quando, segundo Ribeiro, Bolsonaro telefonou para ele e avisou ter um “pressentimento” de que haveria uma operação da PF (Polícia Federal) contra o ex-ministro.

Como titular da Justiça, Torres tem sob a aba do seu ministério a Polícia Federal, responsável pela operação Acesso Pago, que prendeu e fez busca e apreensão em endereços de Ribeiro e pastores citados em irregularidades na liberação de verbas do MEC (Ministério da Educação).

DESMENTINDO – “Diante de tanta especulação sobre minha viagem com o Presidente Bolsonaro para os EUA, asseguro CATEGORICAMENTE que, em momento algum, tratamos de operações da PF”, escreveu neste domingo. “Absolutamente nada disso foi pauta de qualquer conversa nossa, na referida viagem.”

Em um telefonema interceptado pela Polícia, Milton Ribeiro diz que falou com Bolsonaro e este lhe adiantou que achava que haveria operação contra o ex-ministro. A defesa de Bolsonaro nega qualquer interferência.

A conversa, entre Ribeiro e a filha, ocorreu no dia 9 de junho. O ex-ministro diz ter falado com o presidente naquele dia, quando Bolsonaro e Torres estavam em viagem.

TUDO SE ENCAIXA – A cronologia dos atos dentro da investigação mostra que, em 9 de junho, o delegado Bruno Calandrini já havia solicitado as buscas e apreensões contra Ribeiro. O pedido foi feito em 4 de abril e autorizado pelo juiz Renato Borelli, da Justiça Federal do Distrito Federal, em 17 de maio.

O suposto vazamento da operação e a suspeita de interferência de Bolsonaro na investigação resultaram em pedido do MPF (Ministério Público Federal) para que o caso fosse enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal). A própria PF também investiga as acusações do delegado Bruno Calandrini, feitas no dia da prisão do ex-ministro, sobre uma suposta interferência indevida no caso.

A Folha apurou que a ida de Torres na comitiva com Bolsonaro foi decidida de última hora e que, a princípio, não havia previsão para o ministro acompanhá-lo na Cúpula das Américas. O atual diretor-geral da PF é Márcio Nunes, amigo de Torres — e era secretário-executivo da Justiça antes de ser nomeado como chefe do órgão.

NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É claro que todos vão negar, mas é muita coincidência o ministro da Justiça estar viajando com Bolsonaro justamente quando o presidente fez a revelação de que a Polícia Federal lançaria a operação contra o ex-ministro e os pastores. Do episódio, fica uma lição – Bolsonaro não tem compostura para ser presidente da República. (C.N.)

Virou bagunça! O Ministério da Defesa processa Ciro e o PDT processa o ministro

Nos '100' de Brizola, PDT enxerga traços em Ciro: 'Coragem e temperamento'  - Politica - Estado de Minas

Carlos Lupi, do PDT, reage processando o ministro da Defesa

Deu no Estado de Minas

O PDT apresentou na Procuradoria Geral da República uma notícia-crime contra o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, por denunciação caluniosa. Motivo:  o ministro acusou Ciro de crime devido à declaração feita em entrevista à rádio CBN, no último dia 21, em que aponta que há uma atuação de “um estado paralelo” na Amazônia, sendo impossível não imaginar que integrantes das forças de segurança possam estar sendo coniventes com o crime na região.

O PDT sustenta que a acusação feita contra Ciro é uma tentativa direta de interferência em sua pré-candidatura, além de atingir suas liberdades individual e de expressão.

DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA – O partido pede a investigação do cometimento de crime de denunciação caluniosa, tipificado no Artigo 339 do Código Penal.

O presidente do PDT, Carlos Lupi, revidou assim à notícia-crime apresentada na quinta, dia 23, à PGR, na qual o ministro da Defesa e os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica pediram a investigação contra Ciro.

A notícia-crime acusa o presidenciável de “incitar, publicamente, animosidade entre as Forças Armadas, ou delas contra os poderes constitucionais, as instituições civis ou a sociedade (artigo 286, parágrafo único, do Código Penal)”. Também acusa Ciro de “propalar fatos, que sabe inverídicos, capazes de ofender a dignidade ou abalar o crédito das Forças Armadas ou a confiança que estas merecem do público (artigo 219, do Código Penal Militar)”.

Já o PDT declarou que a acusação contra Ciro é uma tentativa de silenciar a reflexão necessária sobre a atuação do Estado – principalmente do atual Governo brasileiro – na região amazônica.

RESPONDE O PDT – “O Senhor Ciro Gomes fala, na entrevista, sobre o abandono administrativo do país e as estruturas precárias de controle e fiscalização na Amazônia, destacando que a omissão estatal transformou a região em uma “holding do crime”.

Ao responder pergunta específica direcionada por uma das jornalistas, o pré-candidato exerceu seu direito de expressão e não provocou quaisquer ataques à democracia, ao revés do noticiado pela Nota Oficial veiculada pelo Ministério da Defesa”, afirma a ação.

“Na hipótese vertente, a nota oficial propagada e a notícia-crime apresentada são revestidos de acusações de cunho político e acintes diretos à democracia e às liberdades individuais constitucionais do Senhor Ciro Gomes, no que é evidenciado o dolo específico do Representado em atingir de forma assaz intensa a pretensa candidatura do Senhor Ciro Gomes”, alerta a notícia-crime do PDT.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Essa mania de colocar tudo na Justiça está ficando ridícula. O Poder Judiciário, que já é uma bagunça, fica ainda mais esculhambado, e hoje o Supremo tem cerca de 20 mil processos esperando julgamento. Uma vergonha nacional e internacional. (C.N.)

Escândalo do MEC: comprovantes mostram depósitos na conta de parentes de pastores

Escândalo do MEC: comprovantes mostram depósitos na conta de parentes de  pastores | Política | G1

Reprodução do Jornal Nacional

Delis Ortiz
Jornal Nacional

O empresário José Edvaldo Brito enviou à Controladoria-Geral da União (CGU) comprovantes de depósitos realizados nas contas de parentes dos pastores suspeitos de desviar recursos da educação. Segundo o jornal “Folha de S.Paulo”, Wesley Costa de Jesus, genro do pastor Gilmar Santos, recebeu R$ 17 mil em negociação de evento com a presença do então ministro da educação Milton Ribeiro, no interior de São Paulo.

A TV Globo teve acesso ao comprovante de pagamento que data do dia 05 de agosto de 2021. O depositante é a Sime Prag do Brasil LTDA ME (uma empresa de dedetização).

Gilmar dos Santos é um dos pastores que foram alvo da operação da PF nesta quarta (22). O outro é Arilton Moura. Os dois são investigados por suposto envolvimento em um esquema para liberação de verbas do Ministério da Educação (MEC).

VÁRIOS DEPÓSITOS – Segundo o empresário Brito, o depósito foi feito pelo empresário Danilo Felipe Franco. No mesmo dia, Danilo fez, em seu próprio nome, outros dois pagamentos: R$ 20 mil para Luciano de Freitas Musse, ex-assessor do MEC; e R$ 30 mil para Helder Diego da Silva Bartolomeu, genro do outro pastor, Arilton Moura. Brito disse à CGU que pediu a Danilo para fazer os depósitos.

O parecer do Ministério Público que serviu de base da operação contra os pastores e o ex-ministro menciona um relatório da CGU e cita que “Danilo Felipe Franco realizou três transferências bancárias a pessoas ligadas ao pastor Arilton Moura, totalizando R$ 67 mil. Os três depósitos, para Wesley, Musse e Helder, somam R$ 67 mil”. Segundo as investigações, o dinheiro fazia parte das tratativas.

PÓS-PAGAMENTOS – O evento do ministro Milton Ribeiro com prefeitos da região de Nova Odessa, aconteceu em 21 de agosto, 16 dias depois dos pagamentos. O evento foi organizado pelos pastores que estão sob investigação.

Segundo as investigações da Polícia Federal, o pastor Arilton Moura pediu R$ 100 mil ao empresário José Edvaldo Brito, em troca da realização do evento em Odessa. O empresário disse que fez os depósitos a pedido do pastor Arilton Moura. Segundo ele, os recursos seriam para ações filantrópicas.

Em 9 de abril de 2021, a influência dos pastores no MEC ficou explícita em uma entrevista concedida à TV Gazeta. Na ocasião, o então ministro Milton Ribeiro foi a Goiânia exclusivamente para a entrevista com o pastor Gilmar Santos.

DISSE O PASTOR – “Conforme nós anunciamos, está aqui conosco o ministro da educação Milton Ribeiro, a quem de antemão eu quero reconhecer a nossa dívida de gratidão pelo esforço e empenho que ele fez pra atender o nosso convite para este bate-papo e para fazer uma exposição aqui das atuações de toda sua pasta”, disse Gilmar.

O pastor também agradeceu ao colega Arilton Moura, que estava nos bastidores do estúdio, por coordenar a entrevista.

Em seguida, Gilmar destacou sua atuação para estreitar o relacionamento de prefeitos e secretários de educação com o ministro. “A nossa pequeníssima cooperação, em aproximá-los do ministro e da sua equipe técnica me deixou realizado por ver que eles saíram de lá com brilhos nos olhos, entendendo que há recursos à disposição para seus municípios na área da educação e eles dependiam só de orientações de como ter acesso”, disse Gilmar.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Com brilho nos olhos ficaram os próprios pastores, que agiram com uma ousadia jamais vista, inclusive cobrando a um prefeito garimpeiro que fizesse pagamento da propina em barras de ouro. A que ponto chegamos. (C.N.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário