terça-feira, 14 de junho de 2022

 

Após reação do ministro da Defesa, Fachin se humilha e pede diálogo com os militares

Fachin envia ofício à Defesa após pressão por auditoria paral

Em três dias, Fachin distribuiu três notas oficiais diferentes

Luana Patriolino
Correio Braziliense

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, respondeu, nesta segunda-feira (13/6), à declaração do ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, de que as Forças Armadas se sentem “desprestigiadas” pela Corte por conta do processo eleitoral deste ano. O magistrado pediu “diálogo institucional” e disse ter “elevada consideração” pela FA.

“Renovo […] os nossos respeitosos cumprimentos a vossa excelência [ministro da Defesa], igualmente expressando nossa elevada consideração às Forças Armadas e a todas as instituições do Estado democrático de direito no Brasil”, disse Fachin no documento entregue à Nogueira.

AGRADECIMENTO – O ministro ainda agradeceu as contribuições apresentadas pelas Forças Armadas e disse que o processo eleitoral brasileiro tem contado com a participação de diversos setores da nas etapas de fiscalização do sistema eletrônico.

“Agradeço a apresentação de contribuições ao aprimoramento do processo eleitoral por parte desse Ministério da Defesa, aproveito o ensejo para revitalizar algumas informações sobre os atos de fiscalização e auditoria do sistema eletrônico de votação, reforçando, assim, o necessário diálogo interinstitucional em prol do fortalecimento da democracia brasileira”, afirmou Fachin.

Na última sexta-feira (10), o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, enviou ao TSE considerações sobre as respostas técnicas apresentadas pelo tribunal sobre as eleições de outubro. No ofício, ele diz que as Forças Armadas estavam sendo menosprezadas pela Corte.

DISSE O GENERAL – “Até o momento, reitero, as Forças Armadas não se sentem devidamente prestigiadas por atenderem ao honroso convite do TSE para integrar a CTE [Comissão de Transparência das Eleições]”, diz o ofício.

Em fevereiro, o TSE reafirmou às Forças Armadas que as urnas eletrônicas são seguras.

A Justiça então quebrou o sigilo dos trabalhos e divulgou as respostas às 80 perguntas com pedidos de informações para compreender o funcionamento das máquinas, provocando ironias sobre o desconhecimento técnico dos militares.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Em maio, abruptamente, Fachin informou à Defesa que não haveria mais exame das propostas militares. E a resposta do general Paulo Sérgio Nóbrega não deixou margem a dúvidas. “Por fim, encerro afirmando que a todos nós não interessa concluir o pleito eleitoral sob a sombra da desconfiança dos eleitores. Eleições transparentes são questões de soberania nacional e de respeito aos eleitores”, foi o recado final do ministro da Defesa.

Ainda cheio de si, no sábado Fachin tentou minimizar as duras palavras do general e distribuiu uma nota com autoelogio, como se fosse escrita por outra pessoa, dizendo que ia “analisar” as afirmações do ofício da Defesa. No domingo, começou a cair na real, e mandou distribuir uma segunda nota, reconhecendo que o TSE aprovara 10 das 15 propostas enviadas pelos militares, quatro delas ainda estavam sob análise e apenas uma fora rejeitada, por excessiva transparência, vejam a desfaçatez.

E na segunda-feira, enfim o presidente do TSE engoliu a ficha e fez essa declaração se humilhando perante o general Paulo Sérgio Nóbrega. E assim afasta-se a ameaça do golpe tipo Viúva Porcina, aquela que foi sem ter sido. E todos viveram felizes para sempre, exceto os fanáticos adoradores de Lula da Silva, que tentam acreditar que ele não cometeu crime algum, que passou 580 dias na cadeia lendo livros e aprimorando a cultura, e que Fachin não tinha alternativa a não ser cancelar as condenações dele… (C.N.)

“Lula não mudou nada, pelo contrário, está  seguro de que o crime compensa”, diz Ciro

Renata Lo Prete entrevista Ciro Gomes, pré-candidato do PDT | G1 / Podcast  / O Assunto | G1

Ciro exibiu coragem e competência na entrevista ao g1

Deu no g1

O pré-candidato à Presidência da República do PDT, Ciro Gomes, afirmou que Luiz Inácio Lula da Silva “não mudou nada” e “está seguro de que o crime compensa”. Ciro foi questionado se mudou de opinião desde a eleição de 2018, quando fazia críticas ao PT, mas preservava o ex-presidente (veja vídeo acima).

 “A minha crítica é, basicamente, o seguinte: o Lula, de um tempo para cá, se corrompeu organicamente. Não dá para fazer de conta que não se corrompeu organicamente […]. Lula não mudou nada, pelo contrário. Ele hoje está seguro de que o crime compensa”, afirmou.

O ASSUNTO – Ex-governador do Ceará, o pedetista deu a declaração nesta segunda-feira (13), na série de entrevistas comandada por Renata Lo Prete  com pré-candidatos à Presidência da República. A conversa foi transmitida ao vivo direto do estúdio do g1, em São Paulo, e no e no GloboPlay.

Apesar das acusações, Ciro ponderou que Lula foi um bom presidente. “Em 2018, eu estava dizendo com muita clareza que era isso mesmo, que ele estava mentindo. Agora, ele estava na cadeia […]. Ele foi um bom presidente, não dá pra desdizer. O Lula foi um bom presidente nas circunstâncias em que ele governou o Brasil”, declarou.

“Não tinha projeto de nada, não fez nenhuma reforma institucional pro país, não mudou absolutamente nada. Agora, não posso classificar o Lula, senão me alieno da realidade. Ele terminou o governo dele com 86% de aprovação”, completou.

TETO DE GASTOS – Presidenciável pelo PDT nas eleições de 2022, Ciro Gomes criticou o teto de gastos quando questionado sobre investimentos na área da ciência. Para ele, a falta de dinheiro injetado na área tem transformado o Brasil numa “ex-nação”.

Ele respondia à pergunta de um leitor de como recuperar o investimento em ciência. Ao citar o orçamento federal de R$ 4,8 trilhões, o pré-candidato destacou que apenas R$ 25 bilhões estão direcionados para investimentos como um todo, dentre os quais a ciência e a tecnologia.

“Qual é o teto de gastos? Eu gasto em ciência e tecnologia 0,75% do PIB, mal e porcamente, sem organicidade, sem um planejamento, sem interação com a comunidade técnico-científica que otimize os investimentos. Eu estou fazendo coisas terríveis.

FECHAR TUDO – “A única fábrica de microprocessador abaixo da linha do Equador chama Ceitec, fica lá no Rio Grande do Sul. O projeto dessa gente é fechar, numa hora em que tá faltando microprocessador. Tão transformando nosso país numa ex-nação. Não duvide disso. E é para atender interesses estrangeiros muito poderosos”, diz Ciro.

O Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec) foi criado em 2008, no segundo governo Lula, e está atualmente em liquidação após decreto do governo Bolsonaro determinar sua dissolução societária.

“Com o teto de gastos de 20 anos com status constitucional, eu vou pegar R$ 25 bilhões – que é o pior da história -, vou botar inflação de 10%, 12% ao ano em cima e isso vai me perenizar por 20 anos. Ou seja, matam o país, é isso que a gente precisa esclarecer”, afirmou Ciro.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Na entrevista a Renata Lo Prete, o candidato Ciro Gomes mostrou por que é considerado o presidenciável mais competente(C.N.)

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