quinta-feira, 28 de abril de 2022

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Bolsonaro se reúne com representantes do WhatsApp e plataforma diz que não atendeu pedido do TSE

Jair Bolsonaro na abertura da XXIII Marcha a Brasília em defesa dos Municípios, Brasília, 26 de abril de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 27.04.2022
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De acordo com ministro das comunicações, no encontro entre o chefe do Executivo e membros do aplicativo, WhatsApp teria "deixado claro" que novos recursos da plataforma não foram emplementados ainda no Brasil por decisão global, e não por acordo com TSE por conta das eleições.
Nesta quarta-feira (27), o presidente, Jair Bolsonaro (PL), se reuniu com representantes do WhatsApp (plataforma pertencente à empresa extremista Meta, banida no território da Rússia) no Palácio do Planalto. De acordo com o G1, a reunião não constava na agenda oficial do presidente.
Após o encontro, o ministro das Comunicações, Fabio Faria, deu uma entrevista coletiva.

"Tivemos reunião agora com o presidente da República e representantes do Whatsapp e da Meta [representante da empresa no Brasil] para esclarecimentos do que foi amplamente veiculado na imprensa, nas redes sociais. E o Whatsapp deixou claro, a Meta também, que em nenhum momento atendeu pedido do Tribunal Superior Eleitoral [TSE] para que fosse feitas essas mudanças em relação às comunidades apenas após as eleições. Isso não houve. Eles tomaram uma decisão global, olhando concorrentes, mercado mundial", explicou o ministro citado pela mídia.

Redes sociais e aplicativos de mensagens, como o citado, estão no centro da discussão sobre combate a informações falsas nas eleições. As principais plataformas fecharam acordo com a Justiça Eleitoral para adotar medidas contra a disseminação de conteúdo deturpado.
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Entretanto, o chefe do Executivo disse no dia 15 deste mês que os acordos entre o WhatsApp e a Justiça Eleitoral não seriam cumpridos, conforme noticiado.

Caso Daniel Silveira

Outra divergência entre o presidente da República e o Judiciário é a condenação do deputado, Daniel Silveira (PTB), por ameaças e incitação à violência contra ministros do Supremo Tribunal Eleitoral (STF).
Após ser condenado a oito anos e meio de prisão na última quinta-feira (21), o mandatário concedeu indulto (perdão) ao parlamentar para retirar sua pena. O STF deu ontem (26) dez dias para que a presidência explicasse o indulto concedido.
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No entanto, após o pedido do Supremo, o deputado estadual, Eduardo Bolsonaro (PL), provocou a Corte em discurso na Câmara dos Deputados perguntando o que aconteceria se o presidente não respondesse ao Supremo, de acordo com o UOL.
"Pergunto aqui o que vai acontecer se o presidente Bolsonaro não responder ao STF? Será que o STF vai ousar descumprir um indulto presidencial, coisa que nunca aconteceu neste país? [...] Nós vamos querer ver se o STF vai ter a coragem de tentar passar por cima de um indulto presidencial. E eu torço para que isso não ocorra, porque essa instabilidade não é boa para ninguém", declarou.
A presidência da República ainda não se pronunciou sobre o pedido do STF.

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