CLÁUDIO HUMBERTO
PODER, POLÍTICA E BASTIDORES
Com Tiago Vasconcelos e André BritoAliança com Alckmin não afeta desempenho de Lula nas pesquisas
Pesquisas mais recentes têm efeito de balde de água fria no otimismo parcial do PT com a presença do ex-tucano Geraldo Alckmin como vice, na chapa liderada por Lula. Noves fora, nada: a pesquisa do Poderdata, realizada dois dias depois do factoide da reconfirmação de Alckmin como vice, acabou por registrar a menor diferença entre o ex-presidente a o atual: apenas 5 pontos percentuais. Nunca estiveram tão próximos.
Factoide falhou
Pouco adiantou a generosa transmissão dos discursos de Lula e Alckmin em redes de rádio e TV, no factoide da semana passada.
Anão político?
A eleição definirá o “tamanho” real de Alckmin, que nas presidenciais de 2018 teve só 4% e em 2010 foi menos votado no 2º turno do que no 1º.
Aproximação
De acordo com o Poderdata, que entrevistou 3 mil eleitores, em pesquisa registrada no TSE sob nº 0368/22, Lula tem 40% e Bolsonaro 35%.
Eleitor feito de bobo
Alckmin não consegue explicar ao eleitor por que agora se juntou àquele a quem se referia como um ladrão pretendendo voltar “à cena do crime”.
Pesquisa presencial ou por telefone, eis a questão
Pesquisas eleitorais com resultados muito diferentes provocam o debate sobre a confiança de entrevistas por telefone em comparação às presenciais. Ao telefone, uma voz gravada pergunta e o eleitor digita o número que corresponde à sua opção, o que torna tudo impessoal e sem interferências, dizem seus defensores. Já as pesquisas presenciais podem sofrer até distorções pelo eventual ativismo dos entrevistadores. Pesquisas face a face mostram diferença maior entre os dois candidatos.
Diferenças
Paraná Pesquisas presencial, fechado dia 5, aponta Lula com 7,3 pontos a mais que Bolsonaro. O Poderdata, por telefone, do dia 12, dá 5 pontos.
Convergência
Murilo Hidalgo, do Paraná Pesquisas, que faz entrevistas presenciais, confia nos dois sistemas e diz que os números acabarão convergindo.
Confiabilidade
Rodolfo Costa Pinto, diretor do Poderdata, acha que profissionais sérios e qualificados garantem a confiabilidade dos dois tipos de pesquisa.
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