Em nome do irmão
Como pode Ronaldinho Gaúcho acabar preso com Assis depois de entrar no Paraguai portando passaporte e identidade paraguaios falsos?
Em busca da resposta para essa e outras perguntas que apaixonados do futebol no mundo inteiro fazem desde o último dia 6, a reportagem do UOL passou nove dias em Assunção. Entrevistou promotores, um juiz, advogados dos brasileiros, membros do governo local, quatro defensores de outros envolvidos no processo, administrador da cadeia e membros do estafe de Ronaldinho e Assis.
As autoridades preferem esperar pelas perícias nos celulares dos irmãos para tentar fechar o quebra-cabeça. A defesa afirma que ambos agiram de boa-fé, pensando que os documentos eram verdadeiros.
Mas Ronaldinho não desconfiou de papéis que o apontavam com nacionalidade paraguaia sem nunca ter morado no país (estrangeiros só podem obter passaporte local se morarem ao menos três anos do Paraguai)? A resposta dos defensores dos brasileiros direciona o protagonismo do episódio para Assis.
Os advogados dos irmãos afirmam que o mais velho deles foi fisgado pela ideia de ter documento paraguaio para poder abrir empresa no país (só a cédula da identidade do Paraguai é necessária) e pagar menos impostos. O argumento é de que a sugestão foi apresentada pelo empresário brasileiro Wilmondes Sousa Lira, também preso, e pela empresária paraguaia Dalia López, procurada pela polícia. Por essa versão, Assis acreditava que a documentação seria a legítima.

Nenhum comentário:
Postar um comentário