terça-feira, 21 de novembro de 2017

Líder norte-coreano Kim Jong-un perto do míssil balístico Hwasong-14

'Chamar Coreia do Norte de patrocinadora do terrorismo é porta para ações militares'

© REUTERS/ KCNA
ÁSIA E OCEANIA
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Designando Pyongyang patrocinadora do terrorismo, o presidente norte-americano Donald Trump, abriu uma porta para potenciais ações militares que visam desnuclearizar a península coreana sob o pretexto de "não falar com os terroristas", disseram os especialistas ao canal RT.
Na segunda-feira (20), Donald Trump sublinhou que a sua designação "vai impor novas sanções e medidas punitivas contra Coreia do Norte e as pessoas envolvidas, e apoia uma campanha de pressão máxima para isolar o regime sangrento".
Contudo, os analistas não acham que mais medidas punitivas contra Pyongyang ajudem a melhorar as relações entre os EUA e Coreia do Norte, levando em conta que a Coreia do Norte foi expulsa da lista dos países patrocinadores do terrorismo em 2008, como parte da política da administração de George W. Bush para atingir progresso nas negociações para desnuclearização.
Sourabh Gupta, cientista político Ásia-Pacífico, na entrevista ao RT disse que "é somente mais um passo na direção de ações militares".
Eric Sirotkin, advogado de direitos humanos, opina que, "os EUA estão frustrados por não poderem mudar o que se passa na Coreia do Norte sem ação militar".
Quanto à designação do país patrocinador do terrorismo, a declaração é quase infundada. O único caso que pode apoiar a declaração é o assassinato do meio-irmão de Kim Jong-un, que foi morto em 13 de fevereiro, enquanto Sirotkin está seguro que não há evidências para incluir o regime na lista de patrocinadores do terrorismo. "Podemos discordar com os seus direitos humanos; podemos crer na não proliferação de armas nucleares, mas na verdade isto não corresponde à definição", concluiu ele.
Ele acrescentou que para os EUA, "é uma porta para evitar diálogo e diplomacia e manter instabilidade no país. […] É uma tentativa de humilhar e isolar, e, talvez, não dialogar com Pyongyang porque 'não negociamos com terroristas'".

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