Como diria o senador e filósofo Romário, o ministro Alexandre de Moraes, calado, é um poeta. Depois de ter sua reputação e sua dignidade destruídas pela ambição e a ganância, o severo relator do Inquérito do Fim do Mundo vê o chão desabar sob seus pés.
A “nota oficial” que soltou deve ser considerada a Piada do Século, porque não explica nem justifica nada, apenas depõe contra o ministrp
DIZ A NOTA – “O Ministro Alexandre de Moraes esclarece que, em virtude da aplicação da Lei Magnistiky, recebeu para reuniões o presidente do Banco Central, a presidente do Banco do Brasil, o Presidente e o vice-presidente Jurídico do Banco Itaú.
Além disso, participou de reunião conjunta com os Presidentes da Confederação Nacional das Instituições Financeira, da FEBRABAN, do BTG e os vice-presidentes do Santander e Itaú.
Em todas as reuniões, foram tratados exclusivamente assuntos específicos sobre as graves consequências da aplicação da referida lei, em especial a possibilidade de manutenção de movimentação bancária, contas correntes, cartões de crédito e débito.”
ACUSA GALÍPOLO – Em tradução simultânea, Moraes esquece que a acusação contra ele foi confirmada pelo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que não ficou só nisso, mas acrescentou que a instituição “documentou” tudo o que aconteceu em relação ao Banco Master.
Além dessa declaração, Galípolo se ofereceu para prestar maiores esclarecimentos às autoridades, e isso arrasará Moraes.
Na nota oficial, o ministro do batom criminoso disse que “recebeu para reuniões o presidente do Banco Central, a presidente do Banco do Brasil, o Presidente e o vice-presidente Jurídico do Banco Itaú”. Mas o presidente do BC disse o contrário, que Moraes o procurou quatro vezes – três por telefone e uma pessoalmente.
### P.S.– O velho ditado diz que é mais fácil apanhar um mentiroso do que um coxo. E Moraes não tem possibilidade de defesa. E a Piada do Dia é desejar um Feliz Natal para ele e sua esposa, dona Viviane, a advogada mais cara do país. (C.N.)
O acordo de cooperação em defesa apresentado há alguns dias pelos governos dos EUA e do Paraguai pode não apenas permitir que militares americanos operem "com imunidade" em território paraguaio, mas também aumentar a preocupação do governo brasileiro, alertaram especialistas consultados pela Sputnik.
O acordo, chamado SOFA (Acordo sobre o Estatuto das Forças, em tradução livre), foi apresentado em Washington pelo ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, e pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio.
Embora o governo paraguaio ainda não tenha divulgado o texto do acordo, o próprio Ramírez Lezcano confirmou em coletiva de imprensa que o documento assinado concede "imunidade" a militares e civis americanos que operam em território paraguaio.
"A proposta é que as operações conjuntas tenham um marco regulatório para a imunidade de militares e civis envolvidos nessas operações acordadas em conjunto", afirmou o ministro.
Na mesma aparição, porém, o Ministro da Defesa, Óscar González, esclareceu que o acordo não implica o estabelecimento de uma base militar nem a participação de militares americanos em operações militares específicas.
Um acordo inconstitucional?
Em entrevista à Sputnik, o advogado e especialista em segurança e direitos humanos Jorge Rolón apontou que, embora os detalhes do acordo assinado pelos países ainda não sejam conhecidos, as informações divulgadas indicam que ele é semelhante a acordos que Washington firmou com outros países, como o Equador.
Nesse sentido, ele considerou problemática a inclusão da "imunidade" que os americanos terão por possíveis crimes cometidos em território paraguaio, algo que, segundo o especialista, implica "uma violação do princípio da igualdade jurídica entre os Estados", visto que os americanos gozarão de "um regime excepcional" que não se estenderá aos seus homólogos paraguaios e impede o sistema judiciário paraguaio de investigar esses militares.
Rolón também destacou que a Constituição paraguaia distingue claramente entre controle civil e segurança interna e defesa nacional, não permitindo que as Forças Armadas fiquem encarregadas da segurança interna do país. Com este acordo, observou ele, chegar-se-ia ao "caso extremo" de delegar o controle da segurança interna do país "a forças militares estrangeiras" quando não há ameaças externas que o justifiquem.
Embora o governo paraguaio tenha negado enfaticamente a possibilidade de estabelecer uma base militar dos EUA no país, Rolón acredita que o acordo poderia servir para permitir a livre atuação de militares americanos sem a necessidade de estabelecer uma base física.
"Negou-se que isso implique uma base militar, mas também poderia ser uma forma de demonstrar a presença das Forças Armadas dos EUA sem a necessidade de uma base militar, algo que sempre tende a gerar rejeição", explicou o advogado.
Para Rolón, o acordo SOFA poderia permitir que militares dos EUA operassem a partir de instalações militares paraguaias, evitando "aquele aspecto simbolicamente pouco atraente" que a criação de uma base estrangeira no país geralmente acarreta.
Paraguai, um aliado militar crescente de Washington
A analista internacional Julieta Heduvan concordou que a falta de informações específicas sobre o acordo dificulta prever exatamente qual será seu alcance. Nesse sentido, ela admitiu que a amplitude da estrutura legal fornecida pelo acordo poderia levar à consideração de acordos mais abrangentes no futuro.
Além disso, ela observou que este não é o primeiro passo nessa direção dado nos últimos meses. "Meses atrás, foi anunciada a instalação de um Centro Antiterrorismo com apoio do FBI. Ele operará a partir de Assunção, com o objetivo de investigar e monitorar as atividades de grupos transnacionais", destacou.
"Todos esses acordos posicionam o Paraguai como um novo centro logístico para a segurança dos EUA no Cone Sul", afirmou Heduvan.
A analista reconheceu que, embora Washington tenha sido tradicionalmente um parceiro de Assunção em questões de segurança e defesa, essa relação parece ter se intensificado recentemente.
"Ultimamente, há um interesse maior dos EUA em trabalhar ativamente com o Paraguai, fortalecendo os mecanismos de colaboração e garantindo sua presença em território paraguaio", comentou.
Consultado também pela Sputnik, o cientista político Luis Fretes Carreras atribuiu essa aceleração da relação ao "alinhamento completo" entre o governo de Santiago Peña e a administração de Donald Trump, a ponto de, como enfatizou o analista, o atual presidente paraguaio "ter se declarado um fã absoluto de Trump e de todas as suas políticas".
Segundo o especialista, esse alinhamento levou Peña a modificar as posições históricas do Paraguai para garantir apoio a Washington em questões relacionadas a Israel e Taiwan, entre outras.
Heduvan e Fretes Carreras concordaram que a atividade dos EUA no Paraguai provavelmente se concentra na região da Tríplice Fronteira, que liga as cidades de Ciudad del Este, no Paraguai, a Foz do Iguaçu, no Brasil, e Puerto Iguazú, na Argentina, e que Washington tem associado a operações relacionadas ao terrorismo.
"Os EUA sempre concentraram sua vigilância na região da Tríplice Fronteira, mesmo antes dos ataques às Torres Gêmeas. O controle tem sido rigoroso devido ao significativo comércio internacional e à presença de grupos radicais que podem estar ligados ao terrorismo islâmico ou a grandes organizações criminosas", observou Fretes Carreras, professor e pesquisador da Universidade Jesuíta do Paraguai.
Embora essa operação melhore a segurança em uma área assolada pela criminalidade no país sul-americano, Fretes Carreras destacou outra possível consequência do acordo: o crescente descontentamento no Brasil.
O especialista lembrou que governos brasileiros já expressaram seu descontentamento no passado com a presença de militares americanos na região, mesmo que, nessas ocasiões, a permanência tenha sido por períodos limitados, conforme estipulado pela Constituição paraguaia. Portanto, o analista aventurou que "se isso gerou atrito com o Brasil no passado, agora aumentará".
Rolón, por sua vez, alertou que países com recursos militares e de defesa significativos tendem a encarar com suspeita a presença de militares estrangeiros em países vizinhos, sendo, portanto, esperado o descontentamento brasileiro.
"O Itamaraty não está satisfeito com a instalação de uma base militar americana próxima ao seu território. O Brasil não deseja uma presença militar americana em sua esfera de influência e, dessa perspectiva, é óbvio que veremos mais sinais de descontentamento", afirmou Rolón.
Em linha semelhante, Heduvan esclareceu que o Paraguai tem autoridade para assinar esse tipo de acordo com outros países sem precisar consultar seus vizinhos. Contudo, isso não significa que uma decisão como a adotada não terá repercussões na região.
"Uma presença mais forte dos EUA em território paraguaio coloca outros países em alerta, especialmente o Brasil, embora seja improvável que expresse abertamente seu descontentamento, dado o contexto atual, tanto nacional quanto regionalmente", afirmou.
Governo quer 200 cargos para entupir nova agência
Presidente Lula ao lado do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. - Foto: EBC..
Cláudio Humberto
No último dia de efetivo funcionamento do Legislativo, o governo Lula mandou ao Congresso pedido para colocar na conta do pagador de impostos a criação de mais um cabidão com mais de duas centenas de cargos, com fartos postos em comissão e funções de confiança, claro. O pedido é assinado pelos ministros Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) e Esther Dweck (Gestão e Inovação). As boquinhas são para preencher a Agência Nacional de Proteção de Dados.
Peso de ouro
Só 26 comissionados e cargos de confiança terão impacto de R$2,13 milhões a contar deste ano e mais R$5,11 milhões dois anos seguintes.
Glow up
A novíssima agência era uma “autoridade nacional”, que vivia sob guarda-chuva do ministério de Ricardo Lewandowski.
Invenção de moda
Para bombar a agência, os ministros querem a criar a carreira de “Especialista em Regulação de Proteção de Dados”, com 200 cargos.
Eles juram
Apesar do exército de aspones, os ministros garantem que a criação das boquinhas, além de não aumentar os gastos, ainda gera economia...
Palácio do Itamaraty. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil).
Tragédia comove diplomatas e agita o Itamaraty
O caso de um jovem diplomata encontrado morto na quinta (18) comove o Ministério das Relações Exteriores. Colegas afirmam que o rapaz, um Terceiro Secretário, cargo inicial da carreira, não suportou o afastamento por 60 dias, pela corregedoria do Itamaraty, e a instauração de um temido Processo Administrativo-Disciplinar (PAD). No caso dele, ainda em estágio probatório, poderia significar o fim prematuro da carreira. A coluna optou por omitir o nome do falecido, em respeito à dor da família.
Vias de fato
O rapaz teria se sentido ofendido com palavras sugerindo injúria racial, durante a COP30, e foi às vias de fato contra um superior hierárquico.
‘Altercação física’
Em nota, o Itamaraty garante que os “relatos da altercação física” foram apurados “e tratados à luz do direito administrativo disciplinar.”
Outro motivo?
Sem se referir a autoextermínio, a nota do Itamaraty diz ainda que o PAD no qual o diplomata era acusado “não está relacionado a esses fatos.”
Poder sem Pudor
As belas da tarde
Debatia-se na Câmara os meandros do regimento interno sobre questões de quórum, sessão chatíssima, quando o então presidente da Câmara, Aldo Rebelo, interrompeu a ladainha para saudar um grupo de belas estudantes que se acomodavam nas galerias. “Sejam bem-vindas!”, disse Rebelo ao microfone, com simpatia. No microfone de apartes na meiúca do plenário, de costas para as galerias, Pauderney Avelino (PFL-AM) protestou: “Um monte de mulher bonita e eu tendo de olhar para o senhor, presidente!...”
Só piora
Repercutiu a revelação do Globo de que o ministro do STF Alexandre de Moraes procurou por quatro vezes o presidente do Banco Central em defesa do Banco Master, cliente da sua esposa. “E o Senado continuará sem fazer nada?”, cobrou o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).
Palanque
Lula não vai deixar de tentar faturar com a quebradeira do 8 de janeiro de 2023 no ano eleitoral, claro. O destacado para bater bumbo é Guilherme Boulos, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República.
Meio de campo
Quem está na luta para desanuviar a relação entre Lula e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), é o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP).
Lacra ou lucra
Após a propaganda lacradora das Havaianas ser veiculada, ofendendo metade da clientela, a empresa tem sido “cancelada” e viu suas ações despencarem mais de 2,5% na bolsa de valores, ontem (22).
Frase do dia“STF faria bem se prolongasse seu recesso”
Senador Eduardo Girão (Novo-CE) ao citar recentes decisões da suprema corte
Petrobras refém
Hoje é o 9º dia da greve dos petroleiros afeta 9 refinarias, 2 usinas de biodiesel, 28 plataformas offshore, 16 terminais operacionais, 2 bases administrativas, 4 termelétricas e 10 instalações terrestres operacionais.
Em casa
Foram quase 30 dias até que Alexandre de Moraes (STF) autorizasse prisão domiciliar para o general Augusto Heleno, com Alzheimer e idade avançada. O militar tem 78 anos.
Cargo pegou mal
O eleitorado traz mais uma resposta ruim para um ministro de Lula. Levantamento do Paraná Pesquisas mostra que, hoje, Silvio Costa Filho (Portos) não conseguiria se eleger senador por Pernambuco.
Não atoa
Corre no Planalto que Lula tem até uma data favorita para anunciar o veto ao projeto de dosimetria, que reduz a pena dos condenados pela quebradeira em Brasília. É justamente 8 de janeiro.