O ministro Alexandre de Moraes, provocado pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), pediu que o deputado Nikolas Ferreira se explicasse quanto ao uso do celular durante uma visita ao ex-presidente Jair Bolsonaro, enquanto ele estava preso domiciliarmente — e proibido de ter contato virtual, mesmo por intermédio de outras pessoas.
A situação em que Nikolas apareceu usando um celular próximo a Bolsonaro foi filmada pela TV Globo por meio de um drone e exibida em uma reportagem.
O parlamentar reagiu com impecável r desmoralizante ironia:
“Criminosos usam celular na cadeia para comandar facções inteiras e ninguém da Suprema Corte dá 24h para explicar nada. Mas celular de visita agora vira caso de ‘gravidade institucional’. Não é justiça, é teatro para intimidar. Patético”, pontuou.
O deputado ainda esclareceu que ninguém o avisou sobre a ‘ilegalidade’ do uso do celular junto ao ex-presidente.
“A visita ocorreu dentro da normalidade da minha atividade parlamentar. Meu celular estava comigo para uso pessoal e não foi usado para comunicação externa. Não recebi orientação sobre proibição do aparelho”, disse.
A situação em que Nikolas apareceu usando um celular próximo a Bolsonaro foi filmada pela TV Globo por meio de um drone e exibida em uma reportagem. O deputado repudiou a situação, classificando-a como uma “violação grave de privacidade, totalmente incompatível com qualquer padrão mínimo de ética jornalística”.
Logo após a exibição da reportagem, a deputada Erika Hilton protocolou uma notícia-crime (solicitou a abertura de uma investigação) contra Nikolas, enviando o documento diretamente para Moraes. Ao ser provocado, o ministro deu 24 horas para Nikolas se explicar judicialmente sobre a situação.
Tudo indica que está plenamente explicado.




