quinta-feira, 27 de novembro de 2025

JCO

 

Moraes dá 24 horas a Nikolas que responde com desmoralizante ironia

O ministro Alexandre de Moraes, provocado pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), pediu que o deputado Nikolas Ferreira se explicasse quanto ao uso do celular durante uma visita ao ex-presidente Jair Bolsonaro, enquanto ele estava preso domiciliarmente — e proibido de ter contato virtual, mesmo por intermédio de outras pessoas.Keto Viva

A situação em que Nikolas apareceu usando um celular próximo a Bolsonaro foi filmada pela TV Globo por meio de um drone e exibida em uma reportagem.

O parlamentar reagiu com impecável r desmoralizante ironia:

“Criminosos usam celular na cadeia para comandar facções inteiras e ninguém da Suprema Corte dá 24h para explicar nada. Mas celular de visita agora vira caso de ‘gravidade institucional’. Não é justiça, é teatro para intimidar. Patético”, pontuou.Keto Viva

O deputado ainda esclareceu que ninguém o avisou sobre a ‘ilegalidade’ do uso do celular junto ao ex-presidente.

“A visita ocorreu dentro da normalidade da minha atividade parlamentar. Meu celular estava comigo para uso pessoal e não foi usado para comunicação externa. Não recebi orientação sobre proibição do aparelho”, disse.

A situação em que Nikolas apareceu usando um celular próximo a Bolsonaro foi filmada pela TV Globo por meio de um drone e exibida em uma reportagem. O deputado repudiou a situação, classificando-a como uma “violação grave de privacidade, totalmente incompatível com qualquer padrão mínimo de ética jornalística”.

Logo após a exibição da reportagem, a deputada Erika Hilton protocolou uma notícia-crime (solicitou a abertura de uma investigação) contra Nikolas, enviando o documento diretamente para Moraes. Ao ser provocado, o ministro deu 24 horas para Nikolas se explicar judicialmente sobre a situação.Keto Viva

Tudo indica que está plenamente explicado.

CNN

 

Japão pagará "preço doloroso" se agir sobre Taiwan, diz Exército da China

Declaração ocorre em resposta ao plano japonês de instalar mísseis em ilha perto da 

costa taiwanesa

Esta foto tirada em 1º de agosto de 2017 mostra o pessoal do Exército de Libertação do Povo Chinês participando da cerimônia de inauguração da nova base militar da China em Djibuti  • Stringer/AFP/Getty Images. O Ministério da Defesa da China afirmou nesta quinta-feira (27) que o Japão terá que pagar um "preço doloroso" se ultrapassar os limites em relação a Taiwan, em resposta aos planos japoneses de instalar mísseis em uma ilha localizada a cerca de 100 km da costa taiwanesa. As declarações ocorrem em meio à pior crise diplomática entre os dois países em anos, depois que a primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, afirmou neste mês que um hipotético ataque chinês a Taiwan poderia desencadear uma resposta militar de Tóquio. O ministro da Defesa do Japão, Shinjiro Koizumi, afirmou no domingo (23) que os planos para o destacamento de uma unidade de mísseis terra-ar de médio alcance em uma base militar em Yonaguni, uma ilha a cerca de 110 km da costa leste de Taiwan, estão "avançando firmemente".

Questionado sobre o destacamento, que já foi criticado pelo Ministério das Relações Exteriores da China, o Ministério da Defesa chinês declarou que a "solução da questão de Taiwan" é um assunto interno da China e não diz respeito ao Japão, que controlou Taiwan de 1895 até o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945.

"O Japão não só deixou de refletir profundamente sobre seus graves crimes de agressão e domínio colonial em Taiwan, como, ao contrário, desafiando a opinião mundial, alimentou a ilusão de uma intervenção militar no Estreito de Taiwan", declarou o porta-voz Jiang Bin em uma coletiva de imprensa regular.

Bin continuou acrescentando que, "o Exército de Libertação Popular possui capacidades poderosas e meios confiáveis ​​para derrotar qualquer inimigo invasor. Se o lado japonês ousar cruzar a linha, mesmo que minimamente, e atrair problemas para si, inevitavelmente pagará um preço doloroso".

O governo democraticamente eleito de Taiwan rejeita as reivindicações territoriais de Pequim, afirmando que somente o povo da ilha pode decidir seu futuro.

O presidente de Taiwan, Lai Ching-te, revelou esta semana planos para gastar US$ 40 bilhões adicionais em defesa nos próximos oito anos, o que a China criticou como um desperdício de dinheiro que só levaria Taipé ao desastre.

Questionado sobre essa crítica, o porta-voz do Conselho de Assuntos Continentais de Taiwan, Liang Wen-chieh, disse nesta quinta-feira (27) que os gastos com defesa da China são muito maiores do que os de Taiwan. 

"Se eles dessem importância à paz entre os dois lados do Estreito, esse dinheiro também poderia ser usado para melhorar a economia da China continental e a qualidade de vida da população", afirmou ele.

"Os dois lados do Estreito não estariam mais nessa situação de hostilidade; isso seria bom para todos."

As forças armadas chinesas operam quase diariamente nas águas e no espaço aéreo ao redor de Taiwan, em uma ação que o governo taiwanês considera parte da campanha de assédio e pressão de Pequim contra o país.