segunda-feira, 19 de junho de 2023

JCO

 

Marcos do Val revela detalhes estranhos da ação da PF e choca a todos (veja o vídeo)

Após ser alvo de ação de busca e apreensão ordenada por determinação de Alexandre de Moraes, ministro do STF, o senador Marcos do Val se manifestou em uma transmissão ao vivo, quando se pronunciou sobre a operação, seus motivos e consequências. “Já vinha dizendo que isso ia acontecer, mas tem muito mais coisas por trás disso. O sistema é muito maior do que se imagina. Na última sessão da CPMI, quando a esquerda resolveu sair, mostrei o vídeo do Flávio Dino, em que ele inclusive ligou para o Lula. Na TV Senado, tem o registro da CPMI do 8 de Janeiro. 

Como o vídeo estava nas minhas redes, mas não tem o mesmo peso que apresentar em uma CPMI, é como ir de um carro 1.0 para um turbo. A proporção é muito maior. Já estudando a história do Flávio Dino, ele tem esse modus operandi há muito tempo, ele sempre usou a polícia para fazer política, para monitorar a oposição, passar informação de quem são os opositores, de quem fala mal dele”, disse.

O senador relatou que foi informado de que a operação foi marcada para seu aniversário, contra manifestação da Procuradoria-Geral da República. Ele disse:

“Depois de eu apresentar o vídeo na CPMI, ele mandou a Polícia Federal na minha casa. Aquele pedido já estava pronto desde abril, a PGR tinha negado, não tinha autorizado a fazer nenhuma operação a meu respeito, mas o ministro Alexandre de Moraes, não respeitando a PGR, esperando o momento certo, a informação, a fonte que me passou, é que de fato eles estavam esperando o dia do meu aniversário. Coincidiu de ser dias depois da CPMI. Hoje, estou enfrentando duas pessoas. 
O ministro Flávio Dino e o ministro Alexandre de Moraes. Ter entrado no meu gabinete foi a coisa mais grave na história. De forma monocrática, decisão apenas de Alexandre de Moraes, houve a busca no meu gabinete. O gabinete tem, dentro da Constituição, a sua função. É inviolável, tem todas as seguranças possíveis, muito difícil, durante 200 anos [de Senado Federal], ter acontecido isso. Teve um senador que foi pego com dinheiro na cueca e o gabinete dele nem sequer foi aberta a porta”.

Marcos do Val apontou peculiaridades da operação:

“O próprio delegado que fez a busca e apreensão estava no telefone com o ministro. Eles estavam em contato direto. Vocês já viram alguma operação da Polícia Federal à tarde? Sempre é às 6h da manhã. Decidiram fazer à tarde para chamar a atenção. Na reunião com Lula e outros ministros, ocorrida na quarta-feira, ele disse que teria uma operação da PF. Para os presentes, ele deixou claro que seria para mim, mas não citou meu nome”. 

O senador classificou como muito grave a violação do gabinete de um senador no exercício do mandato, e questionou o posicionamento dos parlamentares governistas:

“A gravidade de violar um gabinete, mesmo para a oposição, é como se a nossa casa fosse invadida e a oposição gostando. Hoje, foi no meu quarto. Amanhã, pode ser no quarto deles. É de uma gravidade enorme, mesmo para os advogados que assumiram. É tão grave que eles apreenderam de novo o celular do Senado, com chip do Senado. Agora, os senadores estão expostos”. 

O senador afirmou que os investigadores teriam extrapolado inclusive as próprias ordens recebidas:

“Como foi determinado, no documento, pelo delegado, que só entrariam nas conversas minhas com o ministro Alexandre de Moraes e com o Daniel, não fizeram isso, entraram em outras pastas, isso é uma ilegalidade (...). Vejam o nível a que eles chegaram de tentar assassinar a minha reputação. Peço a todos que a verdade prevaleça”. 

Confira:

Nenhum comentário:

Postar um comentário