sexta-feira, 20 de julho de 2018

Sem defender ideologia alguma, os partidos revelam ser balcões de negócio

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Charge do Jorge Braga (Charge Online)
Pedro do Coutto
Reportagem de Cristiane Jungblut, edição de ontem de O Globo, destaca a movimentação desenvolvida por diversos partidos políticos em torno de alianças vinculadas às eleições de outubro. Incrível, as direções partidárias agem como se estivessem disputando leilões comerciais. O mentor do PR, por exemplo, Valdemar da Costa Neto, depois de receber apelos de Jais Bolsonaro e de Geraldo Alckmin, disse que a legenda prefere alinhar-se com o chamado Blocão integrado pelo DEM, PP, SD e PRB, porque assim o candidato escolhido possuirá maior tempo de acesso ao programa gratuito que a lei condiciona às representações das coligações na televisão e no rádio.
Esse bloco de partido encontrava-se dividido, com uma corrente defendendo aliança com Ciro Gomes, outra corrente com o apoio a Geraldo Ackmin.
APOIO DO PTB – Por falar em Geraldo Alckmin, recebeu ele o apoio do PTB de Roberto Jeferson, que tantos problemas criou no Ministério do Trabalho. Neste caso surge a indagação se as letras do PTB, em vez de somar, diminuem os votos do ex-governador de São Paulo. O PTB, aliás, de trabalhista não tem nada. Dedica-se integralmente ao fisiologismo e seu êxito depende do acesso às verbas do governo.
No meio da confusão, o blocão decidiu apoiar Alckmin, embora o deputado Rodrigo Maia considerasse melhor não se envolver na campanha do PSDB. Maia já é ex-candidato a Presidência da República, vai optar pela disputa à Câmara Federal, não tentando assim uma reeleição ao Senado, que ficar com seu pai, Cesar Maia.
Enquanto isso verifica-se no PSB um movimento voltado para o apoio à Ciro Gomes.
MUITA CONFUSÃO – A situação do PSB está confusa, depois que Joaquim Barbosa desistiu de candidatar-se. Em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, o PSB oscila entre a defesa da candidatura Marcio França ao governo estadual e o apoio eventual a um candidato à presidência, principalmente Alckmin.
Porém, o mais importante de toda essa confusão, na qual acentua-se um vai e vem de promessas de apoio, é que legenda alguma condiciona sua participação eleitoral dentro de um critério de princípio e programa. Princípios e programas para quê?
QUEM DÁ MAIS – Nada mais interessa, a prioridade é para o quem dá mais aqui ou ali. Tal processo absolutamente negativo predomina cada vez mais no cenário político brasileiro. Na verdade a honestidade, que era uma qualidade, passou a ser defeito. Pois os desonestos flutuam ao sabor das ondas, dirigidas para o lucro pessoal e que consagram o império atual do fisiologismo na política brasileira.
Já vai longe o tempo em que os candidatos à presidência da República condicionavam a realização de alianças na base de programas comuns de governo. Isso ficou no passado.
No presente não existe nenhuma preocupação com o povo do país, tampouco com a vida dos cidadãos e cidadãs. Todos querem saber de si. O poder transformou-se numa grande empresa nacional. Isso é um desastre.

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